Ele é uma caixa de pássaros. Uma gaiola que apriosiona toda a luz do sol, tudo o que é bom dentro. Ele é um sangue suga de felicidade. A minha redoma de vidro me prende com esse ar comprimido, eu sou como aquele bebê morto prisioneiro de um sonho ruim.
O pior é perceber que essa caixa é um labirinto de espelhos distorcidos, que mostram somente podridão, não é que seja mentira, mas uma verdade distorcida ainda pode ser verdade?
Sabrina, presa em um labirinto, não sabe dizer se perder-se é pior do que se encontrar, quando tudo que se ver é feio, sujo.
E ela observa um simples pardal, as vezes tudo que se precisa é uma distração, tirar os olhos de si, perceber que o labirinto sem fim, sem destino além do autodestrutivo.
Perceber que a redoma de vidro pode ser estilhaçada antes q fassa isso com a gente.
Mas as vezes quebrar por dentro é tão difícil quando se está paralisado por uma dor abstrata.
As vezes um simples toque exterior causa o estilhaço. Mas a redoma sempre se forma novamente, sair dela é um trabalho terrivel, constante.
Enclausurada na prisão dessa membrana, assim como aquele feto que ao mal sua unica resposta era o prostesto, que estava aprisionado amando uma mulher horrivel, sua própria mãe. Seu protesto era inaudível pra ela.
Seu amor era como ácido, como aquele ácido que digeria a comida acima dele. Tbm era dissolvido por seus pensamentos, por sua impotência.Sabrina podia sentir em seus pulsos um formigamento, era sempre assim, um clamor da mente maldita pra sentir outra coisa menos...menos tudo isso de sempre, que sempre volta. Paralisada na redoma de vidro tão rotineira, com amarras invisíveis que a prendiam a cama, Sabrina olhava pro teto enquanto toda sua energia se esgotava com os demônio.
"Isso é a Porra de um oceano de ácido sulfúrico e eu tô sendo dissolvida e tô paralizada eu não consigo ou posso fazer nada e essa merda tá me matando"
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Uma Brisa Minha (Titulo Provisório)
Short StoryContos de uma divagação existencial ou apenas, o terror da realidade.