#Essa noite sou sua...
Começo esse conto imaginando como seria se toda mulher realizasse suas mais picantes fantasias. Como seria se para cada mulher houvesse um homem delicioso e sexy. Um policial capaz de invadir seus sonhos, tornando-os possíveis e carnais?
Meus dias sempre foram entediantes.
Casa.
Trabalho.
Filhos.
Um marido frio e distante.
Nunca houve um momento dedicado ao meu bel prazer, a me tocar, a me sentir mulher, a me mostrar que a mulher quente e sexy ainda estava escondida dentro do meu corpo.
E há algum tempo, decidi que esta situação se acabaria. E creio que toda mulher no mundo deveria fazer o mesmo.
Ser sexy.
Quente.
Tentar abalar suas próprias estruturas.
Então, decidi pegar o carro e sair sem rumo.
Deixei as crianças com a babá.
Me produzi.
E fui ao encastro do meu prazer. Rodei por alguns minutos e já passavam da meia noite. Notei que faltava luz na cidade, estacionei e desci do carro, vi tudo escuro. Desisti de realizar minha proeza, e morrendo de medo, pois estava tudo deserto, andei muito rápido de volta ao veículo e então, notei um carro de policia me seguindo. Parou do meu lado e uma voz quente e rouca me disse:
_É perigoso ficar andando essa hora moça.
Olhei pra ele:
_Notei, mas já estou voltando para meu carro.
_Porque não liga para seu marido vir busca-la?
_Ele está em outro estado.
_Nenhum pai ou irmãos? Uma mulher assim não pode andar sozinha no escuro, é perigoso.
_Não preciso de homem pra me defender! – acabei notando a arrogância em minha voz – Me desculpe!
_Entendi, quer que eu te leve em casa então?
_Não precisa, meu carro está logo ali.
E fui andando.
_Moça, não pode virar as costas pra autoridade, sabia?
Notei um cinismo em sua voz e fui o mais doce possível.
_Desculpe, não foi minha intenção.
Ele foi me seguindo com o carro até o meu.
_Meu carro é este, muito obrigada?
_Imagina moça. Mais você esta muito suspeita, heim!
_Eu? Mais por quê?
_Posso ver sua identidade?
_Claro, está dentro do carro.
_Pegue.
Abri a porta do carro e peguei a bolsa. Fui à frente do meu carro e a coloquei sob o capô e comecei a procurar minha identificação pra ele, que não parava de me olhar. Assim que encontrei, entreguei.
_ Humm..., Priscila Nogueira Albuquerque. Bonito nome pra uma linda mulher.
_Sim, e o que tenho de suspeito?
_Aparentemente nada mais esta com uma cara de desconfiada.
Ele abriu a porta do meu carro, olhou e nesse momento a luz da rua acendeu, ele me olhou de cima a baixo e disse com cara de safado: