Surprise

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Pelo amor de Deus, não aparece aqui. Você é meu álibi, liga e desmarca com minhas irmãs e diz que vou dormir na sua casa, por favor. Ah, e sem perguntas.

Reni:
Até parece, desembucha, senão vou dizer para elas que você fugiu de casa!!!

Tô na cama da sua irmã!


Reni:
AI MEU DEUS
AI MEU DEUS
AI MEU DEUS

Surta depois, amiga, tô ocupada!


Reni:
Sonhos se realizam!

Sua brega!


Reni:
Sua SAFADA!


- Resolveu? - perguntou Sofia, agarrando minha cintura.

- Ela vai me dar cobertura - respondi, subindo no colo dela e olhando-a nos olhos.

- Você falou a verdade para ela? - perguntou surpresa, deslizando as mãos pelas minhas costas.

- Sim.

- Por quê? - perguntou curiosa.

Cala a boca e me beija, pode ser?

- Porque diferente das minhas irmãs, ela ficou feliz e não está vindo nos matar.

Ela riu e me jogou novamente na cama.

- Mata, mata, MATA! - berrou Alondra, nos fazendo levar um susto. - Ele está atrás de você, sua anta!

- Eu estou vendo - respondeu Wendii. - Me deixa jogar em paz.

- Ah, eu também quero jogar - reclamou Ari.

- Desisto - eu disse por fim, irritada.

- Está tudo bem - tranquilizou-me Sofia, ao me puxar para junto de seu peito. - Eu não quero que nossa primeira noite seja ouvindo aquelas três berrarem na sala umas com as outras, ou com medo de alguém aparecer, eu quero que você se sinta especial, desejada, am... - Ela não terminou a frase, apenas sorriu. - Dorme comigo hoje?

- Eu pensei que você não perguntaria.

- Por que não? - Sua expressão era confusa.

- Reni disse que você não deixa mulher nenhuma dormir aqui - contei, jogando minha perna sobre seu corpo.

- Renata fala demais, e você é diferente.

Aninhei-me em seu corpo ainda vestida de calça jeans, e embora tivesse pensado que demoraria décadas para pegar no sono, ele veio rápido e novamente dormi sentindo as mãos de Sofia me acariciando.

Então era assim. Eu finalmente descobri como era estar apaixonada de verdade por uma pessoa de carne e osso.

A primeira coisa na qual pensei quando acordei foi nela e parecia que Sofia não havia saído da minha cabeça nem durante meus sonhos. Seu sorriso surgiu na minha mente antes que eu estivesse desperta. Estiquei meu braço e encontrei Sofia ainda na cama, comigo. Ela se mexeu e jogou os braços ao meu redor, me puxando para junto de seu corpo e me apertando como se jamais fosse soltar. Eu queria que ela realmente nunca mais me soltasse, mas a porta foi aberta devagar e eu fui obrigada a abrir os olhos.

- Lau, levanta - disse Renata baixinho, fechando a porta atrás de si. - Daqui a pouco todas vão acordar e perceber que você nem chegou a sair de casa e que dormiu na cama da minha irmã.

The Girl With Red HairOnde histórias criam vida. Descubra agora