"A" noite.

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Era fim de tarde, 17:30 para ser exato. Estava parado na porta do laboratório esperando meu Uber. O dia estava quente, mas não muito. Uma brisa leve remanescente do verão me soprava ao rosto e refrescava. Estava um tanto quanto agradável e eu me sentia bem comigo mesmo, porém cansado.
Cansado pois tinha ficado a tarde toda catalogando exames e verificando amostras. Estava exausto e não aguentava mais esperar ali parado. Queria chegar em casa, deitar no sofá, comer um lanche e esperar meu dengo para assistirmos a final de Rupaul's Drag Race, que aconteceria aquela noite e seria transmitido pela VH1. Mas meu Uber estava preso no transito na esquina de cima. Todo dia, todo dia isso. Não aguento mais andar de um lado para o outro de Uber, acho que vou voltar a usar meu antigo carro para trabalhar. Apesar das memórias dolorosas que ele me traz do meu falecido amor Pedro, ele ainda me servia muito bem. Acho que está na hora de superar isso tudo. Enfim, eu resolvo isso segunda.
Meu Uber chegou e logo me via no caminho de sempre, em direção de casa, em direção ao tão ansiado conforto que me esperava nos braços de Anselmo.
Anselmo, na verdade Giovanna. Minha esposa linda e maravilhosa que carinhosamente apelidei de Anselmo (piada interna nossa!), era a minha luz, a minha vida. Não sei quem eu seria hoje sem essa criaturinha. Ela quem me ajudou durante os momentos mais difíceis que passei após a morte de Pedro, durante todas as noites que passei chorando em claro. Sem ela eu não seria quem eu sou hoje. Um homem formado, com casa própria, subindo na hierarquia do laboratório onde eu comecei como estagiário e agora sou analista sênior. Bem, eu devo tudo a ela. E ela nunca cobrou nada além de amor. E isso eu pago com quase todo meu coração, a única parte que não é dela pertence aos nossos gatos e as memórias de Pedro, essas eu nunca poderei abrir mão. Nunca.
Chegando em casa percebi que como de costume Anselmo ainda não tinha chegado do seu turno extendido no hospital. Giovanna trabalhava como gerente geral do Hospital Garfunkel e era muito bem vista na área de saúde na cidade toda. Que mulher incrível eu encontrei pra me casar. Perfeição não existe, eles disseram. Bem, isso é porque não conheceram meu dengo ainda. Há de existir alguém tão competente e esforçada como ela.
Não deveria demorar mais que 20 minutos para ela chegar em casa. Então entrei rapidinho, tomei um banho de gato só para tirar o suor do corpo, peguei um pacote de huffles e uma lata de coca e deitei no sofá para esperar Anselmo chegar.
Dito e feito, as 19:20 em ponto ouço seu molho de chaves e chaveiros balançando e ecoando pelo corredor do prédio em direção de nossa porta. Ela abre a porta de casa e solta um "Moshi moshi!" com animação mas cansaço de fundo. Da pra ver claramente na sua expressão corporal que o dia foi puxado pra ela também.
Giovanna entra, coloca suas chaves na bacia de mármore que compramos num leilão em Milão ano retrasado e que agora além de decoração serve também como um porta chaves. Se vira em minha direção, atravessa a anti sala, adentra a sala de estar e se debruça sobre meu corpo. Ela encaixa sua cabeça no meu pescoço, passa seus braços finos, porém malhados por baixo de mim e resmunga alguma coisa.
Eu - o que?
Ela - eu perguntei se você já comeu? Estou faminta e pedi 40 peças de sushi no iFood vindo pra casa. Se você não quiser eu devoro tudo mesmo - e ela finalizou rindo como se aquilo fosse moleza.
Eu - comi sim, mas tenho espaço pra sushi e outras coisas também, se é que você me entende?
Eu não sabia de onde tinha vindo aquela fala e esse fogo que senti tão repentinamente, mas estava lá. Não levou nem meio segundo após concluir a frase e ela já havia começado a beijar o meu pescoço e subia vagarosamente procurando minha boca.
Eu - mas e o sushi?
Ela - pedi pra entregarem pro porteiro, Jaques sobe com eles depois que chegar.
Eu - você já estava preparada pra isso, né? - perguntei dando uma risada baixa. Era óbvio que ela estava preparada pra isso, nada apaga o fogo que essa garota tem e a única coisa que eu consigo fazer e tentar acompanhar o seu fogo.
Ela - Lúcio, você realmente tá me perguntando isso? É claro que eu planejei isso. Eu saí do trabalho com um fogo na xota que nem o reservatório de água da cidade inteira pra apagar. Que bom que você é melhor que o reservatório, não é mesmo? - Ela disse as últimas palavras de maneira tão íntima e safada que eu já começava a sentir o movimento dentro da minha cueca, eu sabia o que estava por vir.
Enquanto me beijava, Anselmo passeava com sua mão por toda a extensão do meu peito desnudo e depilado. Com suas unhas pontiagudas que eu tanto amava e achava sexy. Logo estava eu desabotoando sua camisa social e tirando o cinto da calça de tweed estilo senhor dos anos 70 que ela tanto amava e eu amava tirar dela.
E não demorou muito, estávamos cada vez mais próximos de transar ali mesmo no sofá, com a previsão do sushi pra ser entregue em 27 minutos. Será que seria suficiente? Eu estava cansado, mas ansiava por esse momento mágico do nosso dia, onde todas as nossas preocupações e sentimentos ficavam de lado por 1 hora seguida de sexo selvagem e explícito. Totalmente impróprio para cristãos e mães solteiras dos anos 80. Sempre excedíamos os nossos limites.
Quando terminei de tirar seus sapatos, ela levantou rapidamente, tirou suas meias ficando apenas sutiã e calcinha. Então, me pegou pelo braço e levou até o quarto. Adentrando o espaço escuro, porém conhecido o suficiente para que não tropecemos em nenhum móvel, ela me guia pra cama e eu pingando de tesão e euforia só consigo sussurrar seu nome "Anselmo...".
Anselmo me empurra na cama, me deixando totalmente impotente e desarmado.
Ela - agora você não foge, você é minha e de mais ninguém. MINHA, PU-TI-NHA!
Eu - só sua e de mais ninguém. Faça o que você quiser, eu sou seu e você é minh...
Não precisei terminar a sentença, Giovanna já havia se jogado em cima de mim, tirava minha cueca, me deixando só de meia e cueca. Enquanto isso eu arrancava sua calcinha deixando ela apenas de sutiã e cintaralha. Aquela que ela sempre usava por baixo da calcinha as sextas e terças (nossos dias especiais).
Anselmo pegou seu pinto de borracha embutido no cintaralho e enfiou em mim com todas as suas forças, sem nem lubrificar, sem nem cuspir. Apesar de estar acostumado com a selvageria, doeu. Doeu muito, mas eu amava a dor, a dor do nosso amor. Nossa dança da dor, nosso sexo. Íntimo e selvagem.
Logo puxei-a pelo pescoço e forcei a me beijar. Lento, mas quente, molhado, sexy. Beijávamos enquanto ela me penetrava e eu puxava seus sutiã, tocando cada centímetro do meu peito durinho e gostoso. Cada peito gostoso com 150ml de silicone implantados no ano anterior. Durinhos e gostosos, como eu amo.
Então tomei controle da situação e virei o jogo. Joguei Anselmo na cama e usei seus peitos para fazer uma espanhola em mim. Meu pau grosso e gostoso de 19 centímetros passando pela fissura entre as mamas. Molhado e torado de tesão. Eu não me aguentava. Queria comer ela de qualquer jeito. Então, cheguei pertinho do seu ouvido e sussurrei "Meu turno...". Já levantei de cima dela e fiquei preparado pra realizar meu fetiche favorito.
E então, mirei bem e com meu pau mais duro que mármore e mijei nela toda. Em cada centímetro do seu corpo deslumbrante e perfeito. Marquei meu território, MEU e de mais ninguém.
Após mijar em minha amada, continuamos cada vez mais forte e ardentemente no nosso sexo, no nosso amor desenfreado. Revezando em penetrar e ser penetrado, em beijar e se chupar. De um lado para o outro de cima a baixo. Sem parar, sem respirar. Só nosso sexo e mais ninguém.
Anselmo me enforcava e eu a penetrava, agora no cu, cada vez mais fundo, cada vez mais forte. A cama balançava, tremia e gemia com a gente. No nosso ápice, antes de gozarmos Anselmo olha nos meus olhos e diz que quer sentir leite escorrendo na cara hoje. Logo, não poderia deixar de receber o mesmo. Nos preparamos numa posição de 69 e continuamos com todas as nossas forças.... e... e... e... gozamos. Gozamos muito, por todo lado. Foi bom, foi ótimo e eu estava morto. Foi só me deitar ao seu lado que o gongo soou. O interfone tocou. A comida chegou. E junto com a comida o fim da nossa transa, nossa melhor transa, pelo menos por enquanto.

- FIM...?

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⏰ Última atualização: Apr 20, 2020 ⏰

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