In the beginning there was nothing

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O mundo se tornou grande novamente, o número de pessoas foi reduzido a quase nulo, o poder não é mais centralizado em grandes empresas ou governos, agora estão em tribos separadas e isoladas uma das outras com pouco conhecimento sendo compartilhados entre si. existem aqueles escolhidos ou ate se voluntariam para sair e explorar com o intuito de trazer novidades do mundo exterior para sua casa. A tecnologia prossegue em domínio de mãos humanas tendo um avanço fenomenal em algumas nações enquanto em outras se mostra muito precária.

No meio destas tentativas de organização semelhante a "facções" estão os mercenários apelidados de perdidos ou exilados que sobrevivem pelo garimpo e saqueio de materiais ou antiguidades as quais vendem para os comerciantes das tribos que pagarem mais alto.

A maioria das cidades antigas estão em ruínas e é nos escombros delas que se alojam estas pessoas, nunca juntas até porque na superfície não existem leis ou regras, nela é cada um por si. Com criaturas mitológicas incrivelmente mortais e inteligente, nesta terra tudo evoluiu para estar a cima do ser humano na cadeia alimentar.

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Em alguma região desta terra destruída, em algum prédio destroçado, acorda lentamente um rapaz que dormia no chão de um quarto estranhamente arrumado, diferenciando-se de todo o cenário desolador que pairava ao se olhar pela janela. Ao sair do comodo ele caminha por toda a casa que igualmente ao quarto está arrumada mostrando o empenho que quem o fez teve ao restaura-la. Ao chegar na cozinha é revelado um homem já idoso acorrentado a cadeira, muito machucado com foco em seus pulsos os quais contem ferimentos na parte superior, antecedendo as costas da mão, devido as inúmeras tentativas de se livrar daquelas correntes. 

- Como passou a noite meu velho?- Pergunta com ironia o jovem enquanto senta-se a mesa na frente do senhor.

- V-vai se fuder...- Responde rapidamente o idoso com cansaço e pesar na voz.

- Olha só?! Me surpreende você conseguir falar depois daquela surra...E do atropelamento... E do tiro... Pela sua já deveria estar morto a muito tempo...

Após o silêncio continuo do senhor o jovem perde uma pouca parte de sua paciência, puxa a sua cadeira para mais perto da mesa e tira de sua mochila, apoiada no pé da cadeira, um pacote de alumínio tipicamente usado na conserva de alimentos. na lateral do pacote está um pequeno adereço semelhante a uma chave, o qual ele pluga em uma parte do pacote e a gira abrindo automaticamente a tampa que se retrai para o lado esquerdo. em meio as mastigadas ele fala calmamente com seu "companheiro".

- É uma linda casa que você fez aqui... terminou a pouco tempo?

-...

- Olha Jefh, nós já trabalhamos juntos varias vezes, você salvou meu pescoço da ultima e eu te devo uma por isso cara! Porém negócios são negócios né meu amigo... humm essa merda é muito boa meu deus... Vamos fazer assim, me diz aonde ta  CPU que eu preciso, eu levo ela e te deixo aqui, digo pra eles que fugiu por descuido meu, terei meu prejuízo claro... Mas é uma forma de te agradecer e tals...

-...tcs... Eu perdi a merda de um braço por você, isso não pagaria metade do que eu dei por ti...

- Eu sei, Eu sei...Porém será a unica forma que eu vou poder te pagar agora meu bem, vamos lá!- O rapaz da uma olhada em volta- É uma casa muito bonita pra se perder agora...

O senhor para um pouco e parece ficar compreensivo em relação as palavras do rapaz e este, vendo a oportunidade, se apoia na mesa o encarando com um pequeno sorriso.

- Qual a senha do cofre jefh...

- N-não ta no cofre... Ta embaixo dele... Num chão falso...

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