Capítulo Vinte e Um

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Aaron, digamos que ele é um nerd, chato, mas gostoso.
Ele tinha um corpo de dar inveja, e adorava exibi-lo.
Porém era o comportamento incrivelmente chato daqueles nerds.
- Quer carona? - Ele perguntou me alcançando.
- Não, obrigada. Vou caminhando.
- Caminhar é bom né? Vou com você.
- Mas seu carro tá ali.
- Depois eu volto e pego ele.
Puta que pariu.
- Você está linda hoje.
- Obrigada.
- Você é linda até suada.
Sou linda matando você, também.
- Obrigada. - eu disse guardando meus pensamentos.
- Já disse que você luta muito bem?
- Já, Aaron.
- Conversa comigo!
- Meu QI não permite.
- Aposto que o meu é mais avançado.
- Se fosse avançado você não estaria aqui me enchendo o saco.
- É isso que me faz te amar, você me da fora sem pena.
- Qualquer pessoa que passar cinco minutos com você vai ficar assim.
Cheguei em casa e ele se ofereceu para entrar, e eu, disse um sincero "não".
Aaron era a prova de que o ser humano pode ser idiota.
Como ele pode ser tão bobo por mim se eu nunca fiz um esforço para ser legal com ele?
Deixei esses pensamentos para lá, meus pais chegariam bem a noite. Então tomei um banho e pus um short de dormir e fiquei de sutiã.
Fui até a cozinha e comecei a preparar nhoque, minha comida favorita.
Enquanto cozinhava comecei a pensar no quão estranho foi a morte de Bruno.
Ele estava louco, porém ele sempre teve isso na vida dele, de conviver com a culpa de ter matado um irmão.
Acho que ele ter me contado não é motivo suficiente para ele dar fim na vida dele, tudo isso era bem estranho.
Liguei para minha mãe:
- Mãe?
- Oi.
- Qual o primeiro passo para começar uma investigação?
- Escreva tudo, os fatos de um lado e suas suposições de outro.
E assim fiz, deixei a comida no fogo, peguei uma folha e anotei tudo.
Mas eu não tinha muita coisa, por isso tomei uma decisão: visitaria a casa de Bruno hoje, a cena do crime.

A Garota da FacaOnde histórias criam vida. Descubra agora