Você Matou Ela

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PVO Min Yoongi...













O som alto da festa fazia meus ouvidos doerem como se os machucassem por dentro, as pessoas estavam todas bebendo e andando pro lado e pro outro conversando entre si até algumas pessoas se beijando nos cantos, eu não sabia o que estava fazendo ali. Andava pelo jardim tentando achar alguém conhecido mas eram todos estranhos para mim, suspiro vendo os jogadores de futebol jogando um garoto no chão, eu olhava aquela cena com um olhar de desprezo mas eles não me viram ali, ninguém me via... Como sempre era invisível para a maioria das pessoas, ninguém me via como queria... Eu não sou um herói... Sou um puta vilão que ninguém da a mínima se estou bem ou não...

De longe vejo um garoto... O garoto da biblioteca que falou comigo hoje na escola, tento me aproximar mas ele desaparece da minha vista e olho pros lados tentando achar ele sem sucesso. Só queria saber se ele sabe de quem é a casa ou porque estávamos ali? Comemorando...

Dou alguns passos pelo jardim indo em direção a piscinas sendo ignorado pelas pessoas em volta que não me olhavam, suspiro pesado e escuto uma vo, familiar de longe sabendo quem era... Me a próximo vendo o homem que me deu a vida estava falando com alguns adolescentes reclamando de alguma coisa que não escutava pela música alta que fazia meus ouvidos ficarem aguniados. Vejo meu pai virando a garrafa de bebida e me achando poucos metros dele perto de uma barra de concreto, ele me olha de forma fria.

"Acabei de vim de um enterro aonde as pessoas usam preto". Ele falava e um garoto se afastou irritado.

"Cara relaxa". O garoto diz sumindo dentro da casa, meu pai agora não estava mas bebendo mas me olhando com mais desprezo.

"Olha ele ali". Diz alto e percebo que a música tinha acabado. "É sempre você". Apontou pra mim.

O que estava acontecendo? Porque ele estava daquela forma... Como vim parar nessa festa vendo meu pai totalmente alcoolizado... O que aconteceu aqui? Comigo?

"Todos os dias quando eu via ela no hospital morrendo lentamente, eu pensava 'como vou criar esse moleque idiota sozinho, esse pirralho imperativo que só acaba com a minha vida". As palavras do meu pai atingiam meu coração fazendo uma lágrima cair em meu rosto apertando meus olhos mas abri de novo quase chorando. "Foi você existi, é você Yoongi. Você matou a sua mãe, escutou? Você matou ela... É agora está me matando". Ele joga a bebida em cima de mim.

A bebida não me atinge apenas some no ar assim como meu pai que não estava mas no lugar e as pessoas voltaram a agir como se nada tivesse acontecido, sinto as lágrimas saírem do meu rosto e começo a chorar.

"Você matou ela". A voz do meu pai dizendo isso estava na minha cabeça. "É agora está me matando... Você matou ela". Não aguentava mais aquilo...

Mamãe!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Me ajoelho no chão colocando a mão na cabeça batendo na mesma tentando fazer parar mas nada adiantava, minha garganta ardia como se estivesse pegando fogo e me arrasto para piscina, alguém me jogo nela e fecho meus olhos com força tentando respirar...

Abri meus olhos sentindo minha respiração pesada e coloco a mão no meu pescoço tentando respirar mas estava completamente difícil fazer isso, me sento na cama segurando meu pescoço tentando respirar. Fui pegar o celular mas ele não estava lá derrubo o abajur no chão sentindo que estava morrendo pouco a pouco me jogo na cama agonizando. Meu corpo suava na cama e apertava a mesma encarando o teto arrancando o lençol pedindo ajuda mentalmente... Alguém me ajuda!!!!!

"Filho?!". Escuto a voz do meu pai que arromba a porta e o olho vendo ele me segurar.

"Filho, calma". Meu pai me segura em seus braços e começo a chorar apertando o mais velho com todas as minhas forças.

"Me desculpa". Falei desesperado com a respiração com dificuldade ele segura meu rosto tentando me fazer acorda.

"Para com isso! Se acalma, respira filho". Pedia e eu tentava me acalmar, ele me puxa para mais um abraço e me seguro no mesmo. "Eu não te culpo, você sabe disso estou cansado de dizer todos os dias que eu te amo filho. Por favor, para". Pedia e minha garganta ardia como se o diabo estivesse nela.

"Pai... Sinto muito". Implorava em seus braços mas ele nada disso me apertando. "Eu me odeio tanto". Aperto sua camisa.

Aos poucos me a calmo minha respiração normaliza e meu peito desce e sobe devagar como deveria ser desde que nasci, meu pai percebi isso e me afasta do seu corpo me deitando de costas na cama cansado daquele ataque de pânico... Respiro devagar com os olhos pesados olhava meu pai que abre um pouco minha blusa pegando um creme começando a passar em meu peitoral como uma massagem para facilitar minha respiração e me acalmar, meu pai massageava meu ombro e um pouco do pescoço para me acalmar, isso estava dando certo e fecho meus olhos mas não tinha dormido apenas deixei meus pensamentos em total escuridão, suspiro aliviado.

"Está melhor?". Concordo com a cabeça escutando meu pai deixar o creme na mesinha. "Eu vou ligar pra psicóloga, ok?". Nego abrindo meus olhos.

"Deixa... Foi só um sonho ruim". Olhei pra ele que nega.

"Eu sei que não foi apenas um sonho, você não conseguia respirar". Olho pra ele culpado.

"Mas pai". Tentei argumentar.

"Não, faz uma semana que você não tem esses pesadelos. Antes que piore vamos resolver isso juntos, tá?". Ele beija minha testa se levantando da cama. "Eu volto logo". Se afasta e olho a porta quebrada por qual ele passou...

Eu não sabia o que fazer naquela situação mas só sei que estava perdendo a cabeça de tanto pensar nas coisas, quando tinha 15 anos que descobri que minha mãe morreu em meu parto enquanto eu nascia não em um acidente de carro como meu pai sempre me dizia. Desdo dia que descobri começou o meu inferno interno...

Todas as noites eu chorava até me cansar dai vinha os pesadelos mas até ai estava tudo bem, era uma luta comigo mesmo e meus pensamentos. Quando se passou umas semanas eu não aguentava mas a noite, toda vez que o sol ia embora a tristeza acabava comigo e a escuridão me deixava sem fim. Os pesadelos eu aguentava mas o que vinha a seguir era muito pior, eu não conseguia mas respirar e quase morri se não fosse meu pai aparecer para me ajudar estaria morto, foi dai que ele me levou pro hospital é descobrimos que eu estava com ansiedade e depressão a mesma doença que minha mãe tinha antes de falecer, o médico disse que isso foi passado de mãe pra filho o que me deixou mais triste do que imaginava. Eu não queria ir a nenhum lugar nem ser internado por nenhum hospital pata dizer o que eu sabia...

Quando soube tentei me matar, pra poupar meu pai com um tiro na cabeça mas não deu muito certo, eu não sabia usar uma arma antes de atingir minha cabeça não sabia destravar ela. Foi ai que quis me enforca mas a empregada viu aquela cena e cortou a corda me deixando cair no chão e meu corpo quase morto, a ambulância chegou a tempo de salvar o que sobrou, pro desespero do meu irmão mais velho que até mesmo ficou comigo no hospital e me convenceu a fazer terapia... Isso... Não era o que eu queria pra mim... Eu queria estar morto, mas preciso líder com o fato de que está na cara que não conseguiria, decidi lidar com isso sozinho até que Deus me tire da terra, ai sim meu inferno interno vai acabar... Espero que não piore...

Me mudei de escola faz um mês porque na outra as pessoas não falavam comigo por saberem o que eu fazia, meus amigos não existiam... Eu estava sozinho para sempre...












Silence [Myg+pjm+Yoonmin]Onde histórias criam vida. Descubra agora