O banco debaixo do sol

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Depois de um dia longo de trabalho em um escritório de quinta categoria, Caterine Almeida decide ir por um caminho diferente, ao invés de pegar um atalho para sua casa ela vai pelo caminho mais longo, se perguntando o por que estava fazendo aquilo.

Apesar de perecer uma mulher normal dentro de seu terninho alinhado, por favor não se engane, Caterine é uma mulher de pensamentos aleatórios e loucos, com mente conturbada e coração calmo. "Quantos casais estão abraçados agora?" ela se pergunta "E quantas pessoas pensam o mesmo que eu no mesmo tempo que eu?" enquanto ela anda com coisas em sua cabeça que ninguém responderia.

Ela para. Por que? Talvez você se pergunte.

Ela avista um banco sozinho debaixo do sol, isso faz com que Caterine se aproxime vendo o banco mais de perto. Algumas formigas passam por ele que brilha refletindo o calor do sol.

-Algum problema moça?- um homem branco e baixinho para ao seu lado.

Ele tem roupas rasgadas e um saco cheio de coisas pendurado nas costas. Seu rosto esta sujo e sua barba grisalha esta bagunçada.

-Ele deve se sentir sozinho não é?- Caterine pergunta como se fosse uma pergunta muito seria.

- Talvez sim, ou talvez não. Nunca saberemos- O homem responde como se fosse uma resposta seria- Ele tem as formigas para lhe fazer companhia, e também tem os casais a noite.

-Então ele é como um bordel?- Caterine cruza seus braços se virando um pouco para o homem ao seu lado.

-Não sei. Nunca fui em um, você já foi?

-Sim, quando eu estava solitária- Ela responde encarando cada formiga que passa pelo banco se perguntando "o que elas estão falando?".

-E você ainda esta solitária?- Ele pergunta também olhando para o banco.

-Não, agora eu tenho a mim mesma, e você?- Ela descruza o braço.

-Talvez as vezes, mas quem nunca não é- ele responde pegando o seu saco das costas e o abrindo.

Caterine da uma leve curvada para ver o que tem no saco, "O que um mendigo guardaria em seu saco?". O homem ao seu lado tira uma flor que Caterine desconhece o nome e coloca em cima do banco.

-Ao menos, na vida, ele ganhou um presente não é- Caterine fala com um sorriso no rosto.

-Acho que é a minha hora de ir senhorita- O Homem fala e sai andando na direção que Caterine tinha vindo.

-Au revoir- O homem fala para Caterine acenando sua mão no alto da cabeça de costas.

Caterine segue para casa com mil pensamentos loucos em sua cabeça,"Será que ele era um rico francês?", mas a mais importante deles é "Finalmente eu encontrei uma pessoa que pensa que nem eu".

Contos interessantes de vidas ordinárias     {([Em andamento)]}Onde histórias criam vida. Descubra agora