Por ironia do destino Jeon JungKook enxergou a ingenuidade e pureza nos seres humanos pela primeira vez após muitos traumas psicológicos.Mal sabes ele que o garoto por quem nutria o sentimento de afeto e paixão era o próprio pecado.
O Anjo Negro env...
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Anos antes...
Dezembro de 2014
Eu estava pronto para assumir minha sexualidade aos meus genitores quais eram rígidos e homofobicos,só não queria ser uma marionete dos mais velhos,eu era controlado para manter uma aparência agradável e dentro dos padrões coreanos.
-Mãe!-Acabará de chegar do colegial onde estudava,a escola era repleta de normas.-Podemos conversar?
-O que foi desta vez,garoto?-Era visível a indiferença no olhar da mulher.
Sentia-me intimidado,o que meus pais poderiam fazer?Talvez um castigo severo ou até alguma surra com objetos duros.
-E-eu só...eu sou gay!desculpe,vocês podem me odiar,podem me deixar de castigo,me bater ou fazer o que quiserem,eu não ligo desde que me deixem ser eu mesmo,eu só queria que vocês fossem como os pais do Mark,eles são tão legais mas vocês não se importam comigo,não é?- Vomitei as palavras que antes eram um peso tremendo,as palavras que me causavam sensações horrorosas.
Não houve tempo para que eu pudesse reagir a mulher já havia proferido um tapa em meu rosto fazendo com que meu corpo estremecesse.
-Já para seu quarto moleque,e reze Ave Maria cinquenta vezes seguidas!Quando seu pai chegar vamos resolver isso da melhor forma.
A mais velha proferiu as palavras com ódio.Sentia meu coração palpitar mais que o normal,meus olhos marejavam e meu rosto ardia em chamas. Dizem que os pais são os melhores amigos que alguém pode ter,mas por quê comigo não era assim?Por quê meus pais nunca disseram um "eu te amo" ou sequer compareceram em minhas apresentações no primário?Será que eu sou um erro? Não sabia,ajoelhei e cumpri o que a mãe disserá.
Eu estava na sala,meu pai berrava algo que eu não dei a mínima importância,o mais velho me empurrou contra a parede,o impacto foi tanto que eu gemi de dor.Ele puxou o cinturão e foi a primeira de muitas vezes que aquela dor não me afetava,a dor psicológica era muito mais forte que a física. Não me importei quando caí de joelhos no chão ou quando meu pai gritou coisas horríveis como "Seu viadinho de merda." "Não criei filho meu para dar o cu." "Tomara que queimei na porra do inferno.". Tão pouco me importei quando jogaram uma pequena mala azul para fora ou quando me jogaram no chão da varanda. A partir daí foi eu e eu,um garoto de dezessete anos e suas decepções. Já não bastava meus pais e no outro dia na aula Mark espalhou tudo para meus colegas,ouvia-se conversinha como "Cuidado para não pegar o vírus da homossexualidade haha" argh,isso é tão anos noventa. Depois desse dia eu passei a ficar quieto e sozinho,aluguei um apartamento com o pouco dinheiro da mesada,consegui um emprego como garçom em uma cafeteria e me virei como pude. Meus dias eram decepções e constantemente me questionava sobre minha existência. Meus pulsos carregavam cicatrizes de sofrimento,meu coração estava quebrado e tudo o que me falavam era como se estivesse sendo obrigado a engolir cacos cortantes de vidro. Todos que estavam em minha volta me faziam mal de alguma forma. Eu entrei para a faculdade a alguns anos e estou indo para o último ano da faculdade de direito.
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Pequena introdução para entenderem a Fanfic,espero que gostem ^-^
