Carpe Diem

Parte 7: Vila sem luz

Eu morava em uma vila onde só poderia ser iluminada pela lua.

Estávamos todos em perfeita harmonia. Músicas eram cantadas a luz da lua, poemas eram recitados, pessoas eram tocadas, sentidas, ouvidas.

Com 13 anos vi a lampada se acender pela primeira vez, foi uma sensação única de medo do novo e curiosidade do mesmo, no fundo havia uma pequena euforia .
Após um mês a cidade inteira havia sido tomada pelas 2 coisas mais inexplicadas para nós, a Luz e o silêncio, mesmo que a luz facilitasse tocar instrumentos, não havia para quem tocar.
Os poemas poderiam ser escritos por mais tempo, mas sem inspiração que fim eles poderiam ter?
As pessoas estavam distantes, preocupadas consigo mesmas, com a surdez que o ego traz como elas poderiam ser tocadas pelas belas palavras?
Sentir a sensação de estar em casa se elas não conseguiam enchergar-las pois a luz as cegavam?
Ou escutadas se as mesmas não estavam preparadas para falar?

Apaguem as luzes Oh vila!
Acendam as luzes dos seus corações
E deixem a lua trazer-lhes a nostalgia que foi retirada.

_ para Henry, Aly, Adrien, Mari, Lara, Jin e outros personagens esquecidos por mim.