NEIGHBOR

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   Era tarde da noite e eu estava cochilando no sofá e então acordo com uma barulheira vindo do apartamento ao lado, logo estranhei, ninguém morava lá á algum tempo. Olhei pelo olho mágico e vi um rapaz com cabelos escuros, segurava uma caixa em sua mão. Ele fazia bastante barulho, mas deixei isso de lado e tentei cochilar de novo.

   Após uns 30 minutos de cochilo, acordo novamente, dessa vez com uma música alta, ela vinha do mesmo apartamento, era meia noite, ele acha que só existe ele no prédio? Fui até a porta dele e toquei a campainha.

   -Posso ajudar? Ele diz abrindo a porta e secando seu cabelo com uma toalha.
  
   -Então moço, está meio tarde e sua música está meio alta, será que você pode ter um pouco de respeito pelas pessoas que trabalham amanhã de manhã? Eu disse com a expressão séria.

   -Vixe, to vendo quem é a dona problema do prédio. Vou desligar. Ele respondeu irônico, achei um absurdo.

  -Obrigada, passar bem. Eu disse e voltei para meu apartamento e assim dormi.

   Acordei bem cedo para eu trabalhar, mas antes resolvi buscar uma bebida na cafeteria ao lado do prédio. Assim que saí do meu apartamento dou de cara com o rapaz de ontem, não pude conter e revirei os olhos.

    Pegamos o mesmo elevador e descemos em silêncio.

   Cheguei na cafeteria e pedi um Frappuccino de morango.

   -Ficou $7,00. O atendente disse.
  
   -Um momento, minha carteira está por aqui. Eu respondi procurando a mesma. De fato eu havia esquecido. -Vou ao prédio aqui ao lado buscar a minha... Eu falo e antes de terminar a frase, sou interrompida.

   -Deixa que eu pago, dona encrenca. Disse um moço atrás de mim.

   -Está me seguindo? Respondi assim que reconheci o rosto.

   -Só nos seus sonhos. Ele disse estendendo o cartão para o atendente. -O meu e o dela.

   Pegamos nossas bebidas e voltamos juntos novamente. O clima estava meio estranho dentro do elevador.

   -Obrigada por pagar pelo Frappuccino, antes de você ir para o seu apartamento espere eu pegar a minha carteira para lhe pagar. Eu falei.

   -Não precisa pagar, é só da próxima vez você ser mais educada comigo. Ele disse e eu fiquei indignada.

    -Oi? Eu fui mal educada? Ou você foi ligando som alto de madrugada? Assim que eu disse isso as portas do elevador se abriram. -Absurdo. Retruquei saindo e voltando para meu apartamento.
    -Falei que era encrenca. Hahahaha. Ouço ele rindo e então bato minha porta na cara dele.

   Peguei $10 na minha carteira, escrevi um bilhete "Aqui está seu dinheiro, assim posso continuar sendo mal educada." Escrevi e passei o bilhete e o dinheiro por baixo da porta dele.
   Voltei para meu apartamento e começo a trabalhar, sou escritora, então posso ter o conforto de trabalhar em casa.

(JUNGKOOK P.O.V)

   Ouço um barulho perto da minha porta e vejo um papel no chão. É um bilhete e também tem uma nota de $10.

   
"Aqui está seu dinheiro, assim posso continuar sendo mal educada."

    -Hahahahaha, ela é uma figura, vou me divertir muito por aqui, que tal eu brincar também? Tive uma ideia.

   Escrevi em outro pedaço de papel. "Não precisava encrenquinha." Passei por baixo da porta dela e voltei para o meu ap.

  Consigo ouvir ela destrancando a porta do seu apartamento e vindo até o meu, com passos pesados, ela deve estar nervosa. Ouço uma batida na porta e adivinha só? Era ela.

   -Garoto, você acha que eu to de brincadeira? Ela disse apontando o dedo no meu rosto. -Você tem quantos anos 10?

   -Calma encrenquinha, você tá muito nervosa, entra aqui, vou te fazer um chá de camomila. Eu disse todo calmo, só para deixá-la mais irritada. Pelo visto deu certo, ela estava vermelha de raiva.

   
    -Para de me chamar assim. Ela respondeu.

    -De que? Encrenquinha? Me abaixei para ficar na altura dela, rosto com rosto.

    Em um momento de raiva ela me empurra, mas eu seguro o braço dela, fazendo-a cair por cima de mim e colando nossos corpos.

    -Opa dona encrenca, era só pedir, não precisava fazer uma cena toda. Eu disse brincando.

    -Se manca garoto. Ela levanta e volta para seu apartamento.

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