Doutora

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-- não ela não pode ir agora, é muito cedo! -- disse com lágrimas caindo sob meu rosto
-- desculpa mas eu não mando no destino, chegou a hora dela..
Eu só queria ir junto com ela não posso abandonar ela agora, nós ainda tinhamos muitas coisas pra viver juntas.. eu não posso acreditar que isso aconteceu...
Fui embora do hospital.. pegando uma estrada longa e vazia até minha casa...
No meio do caminho, meu carro parou e não queria mais ligar, agora mais isso!
-- o que aconteceu?
Desci do carro e fui olhar..... todos os pneus do meu carro tinham sido furados. Como? Como isso acontece só comigo? Porque, eu só quero ir pra minha casa!
Entrei no meu carro e liguei pra minha mãe
-- oi mãe, preciso que você venha me buscar no caminho do hospital
-- *respiração forte*
-- mãe, você tá bem?
-- *respiração forte*
-- mãe o que está acontecendo? Me responde, MÃE ME RESPONDE!
Meu celular desliga e eu o deixo cair no chão.
-- porra e agora? Eu já perdi minha namorada e agora eu vou ter que ficar aqui nessa estrada de merda!
Vejo um carro se aproximando e decido pedir ajuda.
-- EEEI EEEI, POR FAVOR ME AJUDA!
o carro passa direto, e eu fico lá naquele lugar frio, sozinha..
Entro no meu carro de novo e tento dormir por lá mesmo.
Consegui descansar por alguns minutos, mas logo depois acordei por causa de um pesadelo..
-- eu preciso sair daqui!
Tentei de qualquer jeito ligar meu carro e sair daquele lugar, mas não conseguia..
Eu não conseguia mais sair de lá
Entrei em desespero e comecei a gritar pedindo socorro
-- SOCORRO POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDA, SOCORROOOO EU ESTOU PRESA AQUI, ESTOU SEM CONTATOS, MEU CELULAR ESTRAGOU NÃO CONSIGO MAIS FALAR COM NINGUÉM, ME AJUDEEEM
Percebo que não havia nem uma alma viva lá, e comecei a correr pela estrada, tentando achar algum lugar pra ficar, eu estava correndo muito, o suor estava correndo pelo meu rosto, e as lágrimas frias e cheia de tristeza, descendo pelo meu rosto. Me destrai um pouco com uma sombra que vi enquanto corria e escorreguei, eu so me lembro de ter caído e batido a cabeça muito forte de um jeito que eu senti o sangue escorrendo pela minha pele..
Depois de um tempo desacordada, levantei em um lugar totalmente desconhecido, tinha as paredes pintadas de branco, móveis de mármore, o chão era preto como carvão.
-- olá, até que enfim você acordou! Está se sentindo melhor?
-- quem é você, e sim eu to um pouco melhor..
-- ah, eu sou a doutora Eva McFly
-- ah.. como você me achou naquele lugar?
-- hmm, é.. eu gosto de dirigir a noite e te achei lá, e como eu trabalho em um hospital te trouxe pra cá!
-- ah ok, vocês tem algo pra comer aqui?
-- temos sim! Barrinhas nutritivas, cenouras, sopa de tomate, cenoura, batata, e outras coisas
-- ah, depois eu como alguma coisa
*sorrio pra doutora*
-- posso ficar um tempo sozinha?
-- claro eu já estava saindo.
Depois da doutura sair da sala finalmente pude ter um tempo pra pensar nas coisas com calma..
Depois de um tempo cochilando, escutei um barulho vindo do corredor de fora da sala... fui ver o que era
-- oi, tem alguém aí? Doutora?
Um silêncio profundo se estabelece no local... continuo andando pelo corredor escuro e vazio
Passo pelas salas onde tem várias pessoas internadas, aquilo me dava muito medo.
Chagando ao fim do corredor decido voltar pro meu quarto
-- acho melhor eu não ficar aqui, a doutora já deve ter ido embora..
Vejo uma senhora me olhando de dentro de um dos quartos e me assusto um pouco com o olhar dela, ela parceria estar assustada e com raiva.
-- ei garota o que você está fazendo no meio dos corredores a essas horas? A doutora vai fazer coisas horríveis com você se descobrir..
-- o que você está falando a doutora é bem tranquila, e a propósito eu só tava andando porque tive um sonho estranho.
-- Por favor vá pro seu quarto, esse sonho pode ser o primeiro sinal!
-- que sinal? do que você está falando?
-- a doutora ela...
-- ela o que?
Vejo que a senhora está vidrada com uma coisa atrás de mim. Olho pra trás e vejo a doutora Eva..
-- Por que você não está no seu quarto?
-- eu.. eu tive um sonho muito ruim precisava sair um pouco do meu quarto, é so isso
-- você é muito má, eu falei pra você não sair do seu quarto, não disse?
-- desculpa, eu já estou indo pra lá!
-- Não, não você vai vir pra minha sala!
-- sala? Que sala? Pra onde você está me levando? Para de me puxar!
-- fique quieta!
Chegando na "sala" da doutora, vejo vários aparelhos estranhos, objetos de tortura e outras coisas estranhas..
-- sente-se nessa cadeira AGORA!
Eu me sento na cadeira bem rápido pois estava com medo dela fazer algo de ruim comigo..
Ela prende minhas mãos e pernas com cintos com as fivelas quase inteiramentes enferrujadas..
-- O QUE VOCÊ VAI FAZER COMIGO SUA MALUCA!
-- FICA QUIETA PORRA!
Ela pega um pano e coloca na minha boca pra eu parar de gritar.
-- agora sim, você já está bem quieta pra nós podermos começar minhas torturas...
Ela joga uma água muito fria em mim, e grita comigo, depois pega uma faca e passa pelo meus braços e coxas fazendo cortes muito fundos na minha pele... ela joga álcool nos meus ferimentos abertos, eu começo a sentir uma ardência muito forte correndo pelo meu corpo, sinto que vou morrer a qualquer momento. A doutora sai da sala e me deixa sozinha no escuro...
Logo depois entra um homem alto com cabelos longos e castanhos. Ele pegou uma das seringas que estavam em cima da mesa e aplicou em mim.. adormeci uns minutos depois eu acordei na estrada outra vez... sem machucados, sem marcas de seringas, sem notícias da minha namorada sem nada..

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