Maldição da proposta

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faz um tempinho já que eu comecei a escrever essa fanfic, ia esperar até postar o restinho das outras, mas sou uma pessoa ansiosa, rs. espero que vocês gostem. boa leitura!!!

-×-

~Toni's pov

-Você só pode estar de brincadeira com a minha cara, Ronnie.

Veronica continuava a me fitar com aquele olhar de gato de botas que tanto odeio, ela conseguia tudo de mim quando fazia essa merda.

-Por favorzinho, Toni. Serão só quinze dias, você nem vai vê-los passar!

-Rá, até parece. Você esqueceu que deu luz à três pestes que nem você? -Foi só eu falar para que três crianças de cabelos negros e olhos verdes passassem correndo por nós duas, derrubando meu jarro favorito no chão, que se espatifa em mil pedacinhos sob meus olhos. Mordo a carne de dentro da bochecha para evitar soltar mil e um palavrões com aqueles três pirralhos -Nem pensar, ouviu? Nem pensar!

-Faz isso por mim, maninha, lembra que está me devendo uma?

-Não.

Sim, eu lembrava.

-Duvido que acerte aquela trave bem ali -Ela aponta com o dedo para a trave ao lado da janela de vidro do nosso jardim, eu fito o obstáculo com um olhar perspicaz e a língua entre os lábios.

-O que eu ganho quando conseguir?

-Primeiro, se conseguir, e segundo, você pode ficar com a beliche de cima no nosso quarto -Solto um risinho convencido, fingindo que estava fazendo cálculos de ângulos que a bola faria até acertar meu alvo desejado.

-Eu aceito.

Preparo-me para chutar a bola até a trave, Veronica já havia dado uns três passos para trás e eu pensei que aquele era o momento certo. Bom, poderia até ser o momento correto se meu pé não fosse torto e minha coordenação motora não fosse eleita a pior do mundo de acordo com a revista "eu mesma".

A bola fez uma curva que estava fora de meus cálculos, acertando contra a janela de vidro que se desfez em mil pedacinhos no chão de madeira. A primeira reação que tive foi a de abrir a boca e rezar profundamente para que eu passasse ao menos dessa noite.

Nunca te pedi nada, Deus. Pelo menos me deixe viver alguns minutos para que eu possa ver a cara de Veronica quando souber que nossos pais me matariam no chinelo e no grito.

Caralho, eu nunca nem beijei, vou morrer sem beijar! Não, não, não admito essa porra de vida injusta.

-VERONICA E ANTOINETTE, VENHAM JÁ AQUI, AS DUAS! -Pulo de susto ao ouvir o grito nada sútil de minha mãe.

F.O.D.E.O RAPEIZE.

Tento correr para longe, mas Ronnie me segura pela blusa. Apunhalada pela minha própria irmã, nunca me imaginei nesse cenário.

Dona Katy e Senhor Christopher nos olhavam com um semblante vermelho de raiva, como se estivessem prontos para cometer seu primeiro assassinato no jardim de casa. Deus, meu corpo seria comido pelo nosso cachorro!

-O-oi, mãe, pai.

-Nada de oi. Quero saber quem fez isso com a janela, e não sairão daqui até que me digam! -Minha mãe questiona me olhando como se pudesse me matar com o raio laser que sairia por ali.

Deixo meu caderno de figurinhas favorito para Bolacha Maria, meu cachorro e fiel escudeiro, afinal de contas ele nunca disse onde eu escondi o jarro favorito da mamãe que quebrei há um ano atrás.

Uma tia nada normalOnde histórias criam vida. Descubra agora