Capítulo VII

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Pessoinhas, ando meio cheia de dores de cabeça ultimamente, apesar de ter me empolgado muito começando a escrever esse capítulo, acho que dei uma cansada no final e espero que me perdoem por ele não acrescentar nada de útil para a história (talvez)...


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Harry acordou sentindo o corpo pesado, a cabeça latejava de forma fraca, afinal não havia bebido tanto assim na noite anterior.

Lembrar dos acontecimentos o acordaram de vez, fazendo-o revirar-se na cama e soltar um suspiro pesado.

Draco ia lhe contar alguma coisa.

Fora um momento breve, poucos segundos em que percebeu nos olhos cinzentos o que parecia ser uma tempestade de fúria, súplica e desespero. Draco havia baixado a guarda, estava prestes a se abrir com o outro e Scorpius apareceu. Quando Malfoy pegou o filho nos braços, pareceu se dar conta do que estava prestes a fazer e voltou a colocar aquela armadura invisível de gelo. Harry percebeu que perdeu a chance de conseguir qualquer informação que Draco lhe daria.

Mas claro que ele não iria deixar para lá aquele assunto.

Desistiu de ficar na cama. Por mais que fosse seu dia de folga, achou que o melhor seria voltar para o Ministério, ainda mais depois da pressão que seu chefe lhe colocou. Só não precisaria sair correndo, poderia apreciar um lento café da manhã antes de sair para trabalhar.

Tomou um banho demorado sentindo o corpo inteiro relaxar, fazia tempo desde a última vez que lavou os cabelos com decência. Usou o condicionador que ganhou de Gina que lhe dera um ultimato dizendo que se ele queria ter cabelos longos, precisaria cuidar deles direito, mas ele nunca usou o produto porque logo depois eles terminaram e ele deixou esquecido em um armário qualquer do banheiro.

Soltou um suspiro com a lembrança.

Minutos mais tarde, desceu as escadas notando o silêncio no andar em que Draco e Scorpius dormiram. Provavelmente eles já estavam em pé e fazendo o desjejum.

Não foi nenhuma surpresa quando chegou perto da entrada da cozinha e ouviu uma gargalhada alta de criança. Deu um sorriso. Aquele era um som que ele já havia se acostumado e gostava bastante.

A surpresa veio mesmo quando ele viu a cena que se desenrolava em sua cozinha.

Não tinha nem sinal dos elfos domésticos pelo cômodo, apenas pai e filho em uma cena digna de comercial de manteiga. Draco mexia algum tipo de massa pastosa em uma bacia e Scorpius dava pulinhos na cadeira segurando um vidro de creme de chocolate com avelã. A bancada escura tinha leite, farinha, ovos, entre outros ingredientes.

— Eu não sei a quem você puxou. — Draco fazia uma careta que divertia o filho — Gostar tanto assim de doce. Prefiro mil vezes uma coisa salgada no café da manhã.

— Papai gosta de coisa salgada em qualquer refeição. — Scorpius fala balançando as pernas curtas no ar, estava sentado em um banco alto se escorando na bancada que havia no meio da cozinha — Dinda Pansy falou isso.

Draco revirou os olhos, mas não respondeu, Pansy devia ter razão.

Harry se sentiu estranho, a cena era surreal demais e ao mesmo tempo... acolhedora.

— Vai ficar admirando a beleza dos Malfoy ou vai me ajudar no café da manhã, Potter? — Draco fala sem nem olhar para o outro que havia parado na entrada e não tinha se pronunciado em nenhum momento.

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