Pai de primeira viagem - II

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Em frente ao enorme portão da mansão Agreste, um grupo de jovens se entreolhava com certa apreensão. Nenhum deles queria tocar a campainha.

— Você deveria tocar a campainha logo, Marinette... — Nino comentou.

— Eu? Por que eu!? — Ela já estava completamente vermelha só por pensar que seria babá de Adrien por um dia.

— Porque você vai tomar conta dele hoje!

— E você é o melhor amigo dele!

Vendo que aquela discussão não daria em nada, foi Alya quem tocou a campainha. Diferente das outras vezes em que fez isso, não havia a voz da assistente Sancoeur ou o guarda-costas mal-encarado de Adrien para atender.

— Tem certeza que era aqui? — A morena cruzou os braços.

— Reconheceria aquela voz desanimada em qualquer lugar... — Marinete ergueu os ombros — E ela até me mandou instruções bem precisas do que fazer e avisou várias vezes que precisamos manter discrição sobre o Félix.

— Isso ela não precisava nem avisar, quem seria louco de contrariar a robô líder do movimento das máquinas assassinas? — disso Nino.

— Ei! — Alya deu um leve soco no ombro dele — A Nathalie é uma alienígena de raça superior tentando achar formas de vida para atingir a supremacia interestelar...

— Robô do mal. — Nino devolveu o soco com um empurrão fraco, e assim os dois continuaram com a brincadeira e discussão "robô x alienígena".

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Gorila estava quase implorando para que alguém chamasse a polícia ou a máfia Russa. Ele, vestido à caráter para fugir do país com os possíveis pacotes de café alucinógeno que o chefe estava levando nas malas, não precisava passar por tal vexame em uma pista tão movimentada como aquela – diga-se de passagem, ainda com leve congestionamento.

Enquanto o grandalhão colocava toda a bagagem do Agreste no acostamento para encontrar o motivo dos miados, um pequeno desastre aconteceu: a calça do uniforme, tecido não muito elástico em corte Slim, resolveu despregar a costura e deixar bem evidente para todos os "expectadores" a samba-canção com estampas de carrinhos.

— Não temos o dia inteiro! — Gabriel grunhiu entrando no carro mais uma vez.

O grandalhão resmungou meia dúzia de palavras feias enquanto continuava o processo de desocupação do veículo da melhor maneira que conseguia, com uma das mãos tentando tampar o rasgo. Sabia que aquele gato maldito só apareceria quando bem entendesse, mas precisava obedecer ao chefe.

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Adrien finalmente abriu a porta de entrada da mansão.

Estava com a chave do portão na mão e iria abri-lo, coisa que não se lembrava de já ter feito antes. Imaginou todas as coisas divertidas que poderia fazer se fugisse de casa sem ninguém para ir procurar por ele – talvez até conseguisse levar o irmão junto, afinal, todos gostam de aventuras!

Porém, bastou que ele olhasse para os "visitantes" para deixar a ideia de lado:

— Cara! — o loiro gritou, correndo o mais rápido que conseguia de encontro ao amigo.

— Cara! — Nino ergueu os braços, esquecendo-se completamente da competição com Alya.

— Caaaaara! — Adrien disse uma vez mais, ansioso ao ponto de se atrapalhar com a fechadura do portão.

Mãe SolteiraOnde histórias criam vida. Descubra agora