who are you?

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A garota acompanhada de sua amiga caminhava apressadamente pelo local onde estava sendo realizado o evento

— A gente tá perdida, Emily!— proferiu num tom de desespero — como nós vamos voltar pra casa?

— Larga de ser dramática, Bia, qualquer coisa eu ligo pra tia deya.

— Ela não vai poder ajudar a gente, Emily! ela tá em Carazinho, e sabe onde a gente tá? em São Paulo!!!

— Cala a boca — a garota agora impaciente revirou os olhos e continuo puxando sua amiga

andava tão apressadamente que acabou por esbarrar em uma das inúmeras pessoas que havia ali

— desculpa! — a garota continuaria andando se o indivíduo não tivesse segurado seu braço

— emi? — levantaria a cabeça dando de cara com a última pessoa que gostaria de ver no mundo — Rafael...

ela não podia acreditar que ele estava ali depois de cinco anos. Ela que antes o amava como se fosse seu irmão agora nutria um sentimento de raiva e tristeza pelo garoto.
não podia deixar de notar que ele estava acompanhando de algumas pessoas, seus novos amigos é claro.

Você não tem tempo como costumava ter
Tem uma nova garota, novos amigos, completamente novo

— Me larga, Cellbit. — disse num tom baixo e carregado de fúria. Nunca a via chamado ele assim, mas era como se estivesse olhando para outra pessoa.

o garoto a via mudado, e muito. Estava com algumas tatuagens e tinha uma barba por fazer, carregava um olhar cansado e triste, por um momento sentiu pena dele e sabia que tinha algo de errado acontecendo.
é claro que ela acompanhou de perto todas as notícias que saíram depois do término dele, senti um frio na espinha só de imaginar ele tratando a ruiva daquele jeito rude como se fosse dono de tudo. Ela tentará ligar para o mesmo quando aquele furacão se formou mas foi em vão, ele nunca atendeu as ligações depois que se mudou, sem avisar, para são paulo.

Esse novo você, esse novo cara
Não o conheço, e nem quero

— Precisamos conversar — manteve seu aperto em meu braço como se quisesse me puxar para um abraço, mas exitou.

— Eu tentei conversar com você, mas pareceu que mudou de número tão rápido como se mudou pra são Paulo — puxou o braço com firmeza, dando de costas e voltando a caminhar pelo local.

É como se você estivesse morto para mim agora

Rest in peace, Rafael LangeOnde histórias criam vida. Descubra agora