Aviso:
Em épocas passadas era mais do que normal se casar com primos, ou familiares.
Também as pessoas eram bem menores, 1,70 era uma altura muito alta lá
Pode conter gatilho 🌻________
Últimas cenas...
- Estou a ver, está quase insuportável tua presença - resmunga, revirando diversas vezes os olhos. Bovoary deu de ombros para o ar e se afastou alguns passos do homem. Este que apenas encarava tudo calado vendo e estranhando a ação.
-SPrimeira pessoa: Olívia Bovoary
Coloque a música 🌻🌻
- Se afastes Satanás, não tocarás no filho escolhido de Deus - respondeu uma voz calma e potente, segurando uma espada de prata cintilante; um único toque e aquilo seria o suficiente para me causar sérios problemas. - Criatura má, se apossou do corpo desta pobre mulher, mas desse tu não irás espalhar os vestígios dessa alma corrompida.
- Estou a ver, esta quase insuportável tua presença. - Reviro os olhos, sentindo a queimação em minha carne ficando ainda maior e minha garganta se fechando. O corpo, agora possuído por mim, continha diversos sistemas e pontos de ligação; um conjunto de órgãos. Mas veja bem, aquele era um corpo morto, tudo o que eu estava fazendo era retardar o processo de decomposição e aquilo exigia poder demais para ao menos sobrar força, imagine ficar na presença daquele ser, um anjo. A presença era forte demais para um ser humano aguentar, e eu estava sentindo tudinho.
- Está infectando a todos com seus sentimentos ruins. Este lugar cheira a erro, quase não suporto o fedor que teus amigos deixam. - No ponto em que me encontrava era possível ouvir as batidas aceleradas que meu coração dava; sentia o ar entrando e saindo de forma quase imperceptível . Era angustiante. O cheiro podre do corpo fez lágrimas saírem pelos olhos que eu usava, os dedos delicados se fechavam e abriam em minha garganta.
Estava doendo mais do que pensei aguentar. Eu podia ouvir o som da carne se enrugando, do zumbido das moscas que vinham em encontro ao cheiro horrível. O salgado das lágrimas que ainda me fazia perceber que eu estava ali. A dor era tão real que eu sentia tudo e estava fraca demais para fazer algo sobre.
- Não gosto quando vocês falam meu nome... - sussurro, dando passos para trás e me virando de costas, mexo minha cabeça para os lados tentando me manter sã, em pé, viva! Eu precisava ficar viva, era necessário.
- Mas não foi este que ganhaste de teu criador, Satanás? Tu desonras o grande título que ganhaste, e és agora símbolo de blasfémia - diz a voz calma ficando um tanto aguda, me fazendo sentir uma leve brisa passar quando este bateu suas tão avermelhadas e puras asas.
No momento o que eu sentia chegou a um ponto em que eu via e acompanhava até meus cílios batendo um no outro, de forma lenta e pesada. As lágrimas começaram a secar, toda a água do meu corpo parecia ser drenada aos poucos. Meu sangue nas veias estava circulando devagar demais. Meus joelhos estavam rangendo em dor e cansaço.
- Tu és outro ignorante que decidiu morrer por eles e não viver por mim. Blasfémia é morrer por motivos tão insanos. - Minha voz saiu baixa, rouca e seca. Doeu falar; doeu como nunca. Por um momento decidi engolir minha própria saliva, e senti aquilo rasgando a pele. Eu queria descansar, fechar os olhos e voltar a respirar normalmente, aquele pouco de fôlego que saia eram os últimos vestígios de força que meu espírito podia oferecer.
E meu espírito estava agitado, cansado, raivoso e a dor pela falta de minhas asas foi a gota d'água para que eu me encontrasse caída no chão.
- Engana-te tu, ser do mal que achas ser mais digno de que esta criação dos céus. - A voz pareceu carregar uma profundidade maior mostrando ao meio fio uma onda de irritação. Anjos são seres celestiais, que igualmente aos humanos, também são possuidores de sentimentos, todos os bons para Deus e os ruins para mim. E eu vi quando sua espada se tornou fogo, exibindo um contraste forte entre as chamas e as asas de sangue. - Digo a ti, que pouparei minhas forças santas, pois tua vinda é do propósito de Deus. O livre arbítrio está descontrolado e o maior decidiu demonstrar sua mágoa. Todos os escravos, crianças, mulheres e brancos puros que morrerão serão levados ao céu e conhecerão a alegria eterna. E os pecadores enfrentarão seu destino mais cedo. E tu, tens a missão de levar o reino deste, que se auto- proclama rei, a destruição! A morte anda ao teu lado, mas digo como mensageiro que na cruz tu pegou a chave da morte, quero dizer, roubastes do verdadeiro rei, mas ele a pegou de volta e por isso que, quando tudo acabar tu terás tua punição por roubar corpos.
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E SE O DIABO USASSE SAIA?
Historical Fiction" E SE O DIABO USASSE SAIA?" Durante a época da monarquia, a peste negra lavou o chão das ruas da Inglaterra de sangue, deixando um rastro de mortos pelo país. Os ingleses, ainda se recuperando da pandemia, foram acometidos por uma inexplicável m...