plugs anais, delegacias e maridos escritores.

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☆☆☆

- Vamos, não pode ser tão ruim assim! 一 pediu, mesmo que envergonhado, sinceramente.

- Jimin... - suspirei, incerto 一 Tenho medo do que pode dar.

A atual realidade era que eu estava casado, no segundo ano do meu relacionamento conjugal fechado e ainda me animava que ele tinha tanto aquela questão com desejo e a nossa felicidade em si. Afinal, sempre têm piadinhas sobre casais de muito tempo sobre como andam suas vidas sexuais e etc, porém, não conheciam realmente minha vida matrimonial com meu Jimin.

Éramos colegas do ensino médio, onde tudo parecia absolutamente confuso - onde também, a propósito, descobri mais sobre minha sexualidade e onde me confortava no mundo. Descobri então que era gay.
Jimin sempre foi o garoto popular e inconstitucionalissimamente mais requisitado que eu. Eu era apenas Kim Namjoon, o nerdzinho que era líder do jornal da escola, acarretando o peso de ser o melhor aluno do ensino médio pelos três anos seguidos. Jimin se atraiu pela minha pessoa no começo do segundo ano, onde tivemos que fazer um trabalho juntos para a peça anual. Temática do assassinato cruel de um pintor de quadros chamado Rupert. Jimin era o antagonista e eu seria apenas o que iria projetar uma cópia falsa de jornal para ser usada na hora da apresentação. Jimin e eu nos beijamos exatamente no mesmo lugar onde trocamos nossa primeira conversa verdadeira e, se eu não tivesse impedido suas mãos bobas, teríamos feito sexo ali mesmo.

Acabamos namorando, pelo terceiro ano inteiro, onde fui alvo de zoações, implicâncias, dentre outros. Jimin era sempre confrontado por namorar uma "bichinha magricela de quase dois metros de altura" e acabou entrando em perrengues por minha causa. Sabe-se lá deus quantas vezes eu que tomei suas dores e cuidei de seus machucados.

No ano seguinte veio a faculdade, e eu decidi que ser professor de anatomia seria meu próximo destino. Queria poder ensinar às crianças como era regrado o corpo-humano e tudo que poderia lhe acontecer. Sinais de doenças, como poderiam ser feitas anomalias, pois bem, era uma subsidiária da ciência humana. Já Jimin, como sempre, viu que o caminho que mais lhe agradara seria o da escrita, pondo em vista que era um ótimo compositor e eu ficava até sem jeito de como responder à suas cartinhas apaixonadas e completamente poéticas durante os dias dos namorados, mas, em contrapartida, todo o meio que deixasse meu menininho bem e feliz seria o meio da verdade, logo, ele ser escritor foi uma ideia que no tardar me agradou demais.

- Vamos, por favor Joonie! 一 reclamou bicudo, rodopiando um copo plástico com um café americano com gelo em seus dedos gordinhos e pequenos.

- Eu não sei se pode dar certo. 一 insisti, recebendo um suspiro baixo de certa frustração - É porque eu nunca... fiz isso antes.

- Você nunca sequer tentou enfiar um dedo lá? 一 perguntou meio alto demais, porém genuinamente curioso. Com as orelhas ardendo, eu neguei, abaixando a cabeça de modo tímido - Eu não vou te machucar, amor 一 ele usou sua palavra-chave contra mim - Eu vou tomar todas as medidas de cuidado, eu prometo!

- Ah, Jimin 一 reclamei, bebendo um pouco de café preto - Por que precisa disso para um livro?

- Eu não aguento mais te perguntar como é ser o ativo, Namjoon 一 reclamou na intimidade da mesa do café - Quero experimentar com você, quero saber seu gosto, seu calor.

- Pensei que com esses dois anos já soubesse... 一 tentei desviar o foco para si, recebendo um estalar de língua.

- Sabe o que eu quero dizer. Quero te foder, Namjoon.

Engoli em seco, desviando o olhar para meu notebook, pensativo, enquanto observava os esboços de minha próxima aula. Jimin degustava de um livro de poesias, e num pico de coragem, eu liberei:

parece, mas não é!Onde histórias criam vida. Descubra agora