❦ mais ninguém | iwaoi

Mesmo que não venha mais ninguém

❦ Alguns avisos antes de começar:
• A história foi inspirada pela música "Mais ninguém" da Banda do Mar;
https://youtu.be/61jSSF3Vu54?si=pw23DTc5g95QdnKf
• Ambos os personagens possuem 18 anos de idade (é perceptível durante a história, mas prefiro deixar avisado, pois vão ter cenas de beijo mais pesadas);
• Pequena (minúscula mesmo) menção à kagehina;
• A fanfic foi postada por mim em outras plataformas também.
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Iwaizumi Hajime sempre se considerou como uma pessoa que sabia controlar suas emoções, sempre tomando as decisões mais racionais, raramente deixando seu lado mais emocional tomar as rédeas de suas ações. Resumidamente, Iwaizumi Hajime era um cara durão.

Bom, menos quando o assunto era relacionado à Oikawa Tooru.

Quando era sobre Oikawa, a vida de Iwaizumi virava de ponta cabeça. Toda vez que o garoto estava por perto Iwaizumi travava, com minis Hajime's correndo de um lado para o outro dentro de sua cabeça tentando saber como agir enquanto seu cérebro dava mortais para trás e seu coração, piruetas. Talvez não literalmente isso, mas esse era o espírito.

Você deve estar se perguntando agora sobre como Oikawa Tooru poderia ser assim tão especial para mexer tanto com o coração do cara mais durão da face da terra. Pois bem, eis a sua resposta:
Oikawa Tooru era o grande rei — ou um grande idiota, para os mais íntimos. Ele, para quem não o conhecesse, era um dos melhores jogadores de vôlei da prefeitura de Miyagi e também era o cara mais popular do colégio Aoba Johsai. Já, para os amigos, era um capitão pé-no-saco, mas que sempre tentava fazer aflorar o melhor de seu time. Porém, antes de ser qualquer uma dessas coisas, ele era o melhor amigo e confidente de Iwaizumi. E foi assim desde sempre.

Os dois se conheceram num parquinho quando eram crianças. Não foi nenhum daqueles momentos mágicos vistos em filmes, com fogos de artifício e coisas bregas assim. Nada disso. O que aconteceu foi o seguinte:
Oikawa pediu para ser amigo do menino com cara de bravo com a blusa do Godzilla. E chorou quando Iwaizumi disse não. Em outras palavras, ele abriu o berreiro. E quando Hajime aceitou o pedido, arrependido por ter sido tão grosso com o menino por puro receio de fazer novos amigos — e também desesperado porque o menino à sua frente tinha começado a soluçar e todos ali presentes começavam a observar a situação —, parou de chorar no mesmo instante, finalmente tendo conseguido o que queria.

É, ele era desse tipo mimado também. E funcionava toda vez, porque Iwaizumi preferia tomar um tiro a ver Oikawa chorar, por mais que, por um motivo especifico — e bem depravado —, Iwaizumi não se incomodaria em vê-lo chorando, até gostaria, para falar a verdade. Mas quem poderia culpá-lo? Ele era só um homem apaixonado, afinal.

E Hajime tinha consciência disso — o resto de seus amigos também, menos Oikawa. Ele compreendeu sua paixão no início do ensino médio, quando percebeu que reparava demais no melhor amigo e que o ciúmes que sentia da atenção que Oikawa recebia não era inveja, era apenas porque queria a atenção de Tooru somente para si mesmo.

Ainda assim, já no seu último ano do ensino médio, Iwaizumi ainda não havia se declarado para Oikawa. Não é que ele achasse que Oikawa fosse heterossexual e por isso tivesse receio de confessar sua paixão. Claro que não. Só alguém imbecil para não notar que Tooru gostava de homens. O problema era justamente o contrário, já que se Oikawa fosse hétero, Iwaizumi não se permitiria ter qualquer tipo de esperança, assim conseguindo seguir em frente. A rejeição doeria menos se não existisse nenhuma possibilidade de que eles pudessem ficar juntos.

No entanto, depois de anos guardando esse sentimento para si, Iwaizumi tinha um plano para se declarar. Não era um dos melhores planos, porque ele também era um idiota quando se tratava do melhor amigo, mas já era alguma coisa.