• Capítulo 1

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O dia amanheceu, mas o céu parecia mais escuro do que o normal, as grandes nuvens de chuva que se aproximavam alertavam de que uma tempestade estava por vir

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O dia amanheceu, mas o céu parecia mais escuro do que o normal, as grandes nuvens de chuva que se aproximavam alertavam de que uma tempestade estava por vir. Algumas pessoas corajosas ainda arriscaram sair apenas com um guarda-chuva e outras corriam para tentar não serem pegas pela chuva que no momento ainda permanecia calma, coisa que não continuaria pelo resto do dia.

Margo Collins, a cada trovão que dava se encolhia mais na cama, que mesmo sendo muito espaçosa sentia que ele apenas diminuía. Ela não havia conseguido dormir, a mente estava bagunçada e a chuva só piorava seu estado mental e de espírito.

Sem aguentar mais a inquietude, se levantou de uma vez lhe causando uma tontura que a fez cair novamente na cama e murmurar um xingamento enquanto levava a mão a cabeça. Margo se levantou e caminhou a passos lentos até o banheiro, se olhando no espelho e quase tomando um susto ao ver o próprio reflexo, seus cabelos escuros estavam emaranhados e as olheiras se destacavam na pele branca abaixo dos olhos castanhos.

Ela sabia que tinha que fazer algo com sua aparência, mas não queria e não tinha a mínima paciência para isso, então apenas penteou seus cabelos e deu um jeito no rosto, no caso só o lavando, naquele momento não era só o clima que estava nublado mas também o seu humor e aparência. Se sentia um pouco estranha pelo fato de não ter conseguido dormir direito e provavelmente pioraria já que não ia comer nada o dia todo, a não ser uma barrinha de cereal que estava no armário a algum tempo, o que realmente não ajudaria de nada.

Já fazia um pouco mais de uma semana que o viu e sua cabeça ainda não conseguia processar as informações que lhe foram depositadas, isso fazia em que seu humor durante os longos dias ficasse cem vezes piores. Na verdade, a garota simplesmente não queria acreditar em seus olhos, apenas queria convencer sua mente de que tudo aquilo foi obra das doses de álcool que teve o desprazer de beber.

A felicidade que antes era ressaltada em seu rosto, agora foi tomada por uma indagação sem fim que a consumia cada dia mais, as memórias incômodas que insistiam em voltar.

A morena cansada da bagunça em sua mente, foi até o seu guarda-roupa que estava quase no mesmo estado de caos e pegou sua calça jeans preferida e uma regata preta básica, juntamente com um moletom qualquer. Olhou no relógio em sua escrivaninha e arregalou os olhos, ao perceber o quanto estava atrasada, correu pelo quarto em direção a sala sem nem mesmo ter terminado de se vestir, a procura de seu all star branco.

Pegou sua mochila e foi até a porta principal procurando sua chave, frustrada por não achar voltou rapidamente ao quarto e avistou a mesma juntamente com papéis importantes que deviam estar em sua mochila, novamente correu pelo quarto e pegou os objetos, dessa vez olhando tudo em volta para ver se não esquecera nada.

Finalmente no carro, Margo conseguiu relaxar, pelo menos um pouco, ligou o seu carro e rumou até a empresa em que trabalha de meio período como recepcionista só para pagar sua faculdade, que por birra não permitiu que seu pai a ajudasse.

Parando no estacionamento após 15 minutos no trânsito, a garota de 21 anos suspirou para acalmar os músculos tensos, e em fim caminhou até o saguão da enorme recepção, onde se encontrava a outra recepcionista. Essa tinha em seu rosto uma carranca de reprovação voltada para a mais jovem, sem se abalar Margo foi até de trás do balcão e sentou-se em sua cadeira, colocando sua mochila na mesa e retirando os utensílios que iria usar.

- Você sabe que esta quase 20 minutos atrasada, não é? - Perguntou Sabrinne com as sobrancelhas levantadas.

- Não posso fazer muita coisa quando se está caindo o mundo lá fora, e o trânsito também não contribui.

- Continua com um humor péssimo, - falou olhando e sorrindo para um jovem que passou - Já passou uma semana que está assim e pelo que me disse nem sabe se aquilo realmente aconteceu ou só foi por causa da bebida. Fala sério Margo, você devia procurar algum especialista, isso não pode ser normal. - A ruiva olhou novamente para a garota ao seu lado, ela estava preocupada, como qualquer amiga ficaria.

Margo olhou nos olhos da melhor amiga e ficou feliz por ter alguém com quem contar além de seu pai.

- Você sabe que não tenho tempo. - Disse a mais nova com os pensamentos longe.

- Já te falei pra conversar com a Sofia, ela gosta de você, vai entender que é para uma boa causa. - falou se referindo a diretora que cuida do setor geral - Margo, escuta o que eu tô te falando, sabe que só quero o seu bem.

- Tudo bem, eu vou tentar organizar meus pensamento, caso eu não consiga procurarei ajuda, okay? Já volto, vou me trocar.

A mais velha mesmo não estando satisfeita com a resposta da amiga, se convenceu de que Margo já estava grande o bastante para tomar suas próprias decisões, entretanto mesmo com esse pensamento, Sabrinne não conseguia não se preocupar com a melhor amiga.

Margo decidiu que faria alguma coisa sobre o que viu na noite da festa, mesmo que parecesse um absurdo, ela iria investigar antes que enlouquecesse de vez. Andando em direção ao vestiário e sem prestar muita atenção, tropeçou em algo e só não foi ao chão pois foi amparada por braços que a levantaram, e antes que pudesse olhar e agradecer a pessoa, está já havia desaparecido pelo corredor, deixando para trás apenas um arrepio na menina.

Respirando de forma desregulada e ainda zonza pelo tropeço, decidiu ignorar o ocorrido, focar sua mente no assunto anterior em que pensava e continuar indo fazer o que era planejado antes que preocupasse mais à Sabrinne.

Ao voltar para a mesa respirou fundo e começou a fazer suas tarefas.

Elos De Maldição | K. TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora