Dança da morte

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Então elas dançavam
A sós no grande salão
O olhar penetrando a alma 
Uma da outra

Os passos firmes, mas delicados
A cada nota tocada
A cada passo rodopiante
Um corpo nobre e indigno
Cai ao chão

Elas rodopiam pelo salão
Enquanto a morte rodopia pelos reinos
A morte dança ao lado
Daqueles nobres que se diziam
Dignos de algo
Porém, agora não passam de carcaça

A música para, elas também
O silêncio se faz presente
As respirações ofegantes
Os olhares de cumplicidade
O beijo apaixonado

Reinos antes tão grandiosos
Agora em ruínas
Vidas roubadas sem piedade
Vidas que ninguém sentirá falta

A vida é uma dança constante
E quem for esperto, dançará junto
Para não cair por terra

As duas princesas sabiam disso 
Agora elas tem o poder da morte
Agora elas a controlam
Agora quem se opor ao novo reinado
A morte dançará ao lado

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