Por quê...?

94 6 19
                                    

    Minha história não teve um começo muito feliz...

    No dia em que nasci espíritos rancorosos vagavam pela cidade, buscando por alguma mentes frágil para se apoderar... Como podem imaginar, sim, eu fui a escolhida.

    Meus pais, assim que souberam, não suportaram a ideia de ter que me criar e eu fui posta em um orfanato especial. Merlin, uma suposta "feiticeira" era a dona do lugar. Ela foi a responsável por me pôr sob controle, pois antes daqui, eles sempre voltavam para controlar meu corpo. Obviamente, aproveitavam da força que eu tinha por ser uma gigante. E não, eu não tenho um tamanho de uma agora pelas pílulas que a Merlin me fazia tomar todo santo dia.

    Tudo bem, eu compreendo, até porque eu não tinha a menor vontade de destruir alguma coisa.

     Enfim, foi adotada e devolvida umas 17 vezes. Já estava acostumada, então nem me importava mais. Preferia estar no orfanato, pois lá, a Merlin cuidava de mim como uma filha, ou talvez eu fosse somente mais um experimento para ela. Não sei, mas também não me importo.

     Todos os dias para mim eram ruins, até que uma mulher loira e bem forte, por sinal, apareceu lá e disse que me levaria. Merlin avisou a ela sobre "minha condição" e, mesmo assim, ela sorriu para mim e disse que não tinha problema, que iria cuidar de mim do mesmo jeito. Não sabem o quanto eu  estava  com vontade de chorar quando ouvi isso...

— Ei, garotinha... Não chora. Você tem que ser forte daqui para frente, ok?

    Aquela mulher foi a primeira que havia me abraçado em toda a minha vida. Ah, e por sinal, eu só tinha 6 anos de idade.

— Me diga... Qual o seu nome?

— Di-Diane...

    Estava nervosa naquele momento. Quase nunca falava com ninguém e ela conseguiu colocar palavras para fora da minha boca.

— Muito bem, eu me chamo Matrona. A partir de de agora seremos como duas irmãs, tudo bem?

     Matrona passou uma de suas mãos no meu cabelo e se levantou, olhando para Merlin, que apenas assentiu com seu rosto.

      Desde este dia, tenho vivido com a Matrona em sua casa. Aqueles espíritos quase nunca apareciam, pois ela me ensinou a conseguir controlar minha própria mente antes que eles o fizessem. Também me ensinou a lutar e usar minha magia de gigante. Sim, ela era uma também.

       Esta felicidade sem o incômodo destes espíritos perturbando a minha durou apenas 9 anos. Ao completar meus 15 anos de idade... Eles voltaram a fazer "aquilo" e estavam mais fortes.

        Eu estava em Camelot, mas, quando um dos alunos tentou me tocar, a raiva me preencheu, fazendo com que eles conseguissem tomar parte de meu corpo, mesmo eu ainda estando consciente. Quase matei ele e graças a este "incidente", tive de ser transferida.

        E aqui estou... Em Liones. Confesso que agradeço à aquele maldito aluno, pois aqui foi o primeiro lugar que consegui amizades verdadeiras e... um amor.


[5 anos atrás]

Ahhh... Primeiro dia de aula... E eu não estou nenhum um pouco animada! — Cubro meu rosto com um travesseiro para a Matrona não ouvir meus gritos.

     Certo... Olá! Esta sou eu! Me chamo de Diane e sou uma  garota de 15 amaldiçoada desde o nascimento. Yey!

— Dianeee! Já está pronta, querida? — Perguntou Matrona atrás da porta.

— Já vou! — Respondi de má vontade.

     Infelizmente, não tenho escolha. Terei que ir para a escola. Aff... Eu preferiria viver isolada do resto da sociedade!

      Levanto-me da cama e vou até o banheiro tomar uma ducha e me arrumar para o primeiro dia de aula em Liones.

      Assim que termino tudo, desço até a cozinha e me sento na mesa que já tinha o café da manhã posto.

— Obrigada pela comida... — pego um garfo e começo a pôr a comida para dentro.

— Acordou mal-humorada hoje, hein?

— Como não... Se lembra do que aconteceu em Camelot? E se isso acontecer de novo? O que eu faço!

— Torçamos para não acontecer então...

— Não sei como você pode ficar calma perto de mim depois daquilo, Matrona...

— Você é minha irmã mais nova. Não tenho porque te temer.

— Te amo, Matrona...

— Também. Agora pegue sua mochila e vá para o carro. Eu vou pegar a chave aqui.

— Ahan... — faço o que ela mandou e entro no carro.

     Assim que olho para o retrovisor, vejo meus olhos ficando negros e me assusto.

— Não... Não... Por favor, de novo não...!

— Cheguei. — Vejo Matrona entrar no carro e advirto ela.

— NÃO ENTRA!

— Hein? O que foi, Diane?

— Não está vendo?! Meus olhos estão-... — Olho novamente para meu reflexo e não vejo nada. Estavam normais... — Ahhh...

— Não se preocupe... Isso deve ser coisa da sua cabeça. — Ela me abraça e, logo em seguida, dá partida no carro.

— Espero que você esteja certa...

[Um tempo depois]

É aqui, Diane. Bons estudos e tente não passar raiva, está bem?

— Uhum... Tchau...

— Tchau. — Vejo o carro dela indo embora e me viro para minha nova escola. — Ahhh... Espero que tudo ocorra bem desta vez...


TO BE CONTINUED...


Opa! Eae, pessoal? O que acharam desta nova história? Sério, eu literalmente pensei nela do nada no meio da madrugada e quis começar a escrever e este foi o primeiro capítulo! Ou melhor... O prólogo. Espero do coração que vcs tenham gostado 🥰

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 30, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Sentimentos...Onde histórias criam vida. Descubra agora