Dívida Criminal - adaptação noany

Capítulo 23

Dois meses depois:

Acordo com vários solares entrando pelas frestas da cortina e solto um palavrão. Respiro fundo e saio da cama, eu não aguento mais a rotina da minha vida, tem semanas que eu não vejo a rua e também tem alguns dias que eu não vejo nenhum dos meninos.

Ele foram numa missão e até agora nada, estava começando a ficar preocupada. Lin disse que era assim sempre, eles não entram em contato para evitar distrações.

Faço minha higiene e saio do quarto, a única coisa que eu tenho pra fazer é atormentar Lin ou a Yoon, até tem o Sam. Sim, Sam agora é encarregado de ficar de olho em mim e ele até que é legal, ainda vou arrancar um sorriso dele, ou não me chamo Any Gabrielly.

-Bom dia- falo alto assim que chego na cozinha e Heyoon sorri pra mim- estou faminta.

-você sempre está minha querida.

Mostro a língua pra ela e sento de frente ao balcão. Eu voltei a comer cem por cento bem e aquilo era ótimo. Eu já não tinha mais nenhum hematoma pelo corpo e meu cabelo já estava um pouco mais saudável.

Sam entra na cozinha e sorrio pra ele, ele apenas balança a cabeça e suspiro, ele e o Noah com certeza ganhariam numa competição de que não sorri por mais tempo.
-o patrão ligou, ele pediu pra dizer que você pode sair com a Lin hoje.

-ele está bem?- ignoro o que ele disse e ele apenas faz que sim.

Eu estava com saudades dele. Noah e eu temos uma "relação" um pouco complicada, eu ainda tenho um pouco de medo dele, vai que ele volta a aprontar, não dá pra confiar nele cem por cento, ele é muito instável.

Mas não tenho como negar que ele tem me feito bem, consigo ver que ele se esforça a cada dia que passa para ser uma pessoa menos ignorante e sem paciência comigo. Ele até sorri mais e solta piadinhas com duplo sentido.

Ainda não demos aquele passo, eu não sei se quero. Sou virgem, e por mais que não existam contos de fadas, eu sonho com uma primeira vez linda.

Sinto duas mãos cobrindo meus olhos e sinto meu corpo arrepiar. Mordo o lábio sorrindo e a respiração dele toca meu pescoço.

-adivinha quem é...

-o agente da minha condicional- gracejo e Noah libera minha visão.

-engraçadinha.
Saio da cadeira e o abraço- pensei que você ainda estava na missão- digo o olhando nos olhos- o Sam disse que você ligou.

Noto que Sam e Yoon já não estavam na cozinha.

-foi para te distrair.

Ele coça a nuca meio atrapalhado, era muito fofo ele tentando ser romântico.

-eu tenho uma coisa pra você- agora eu fiquei curiosa- eu não sabia se você ia gostar, a vendedora disse que você ia, mas eu não sei, eu te descrevi pra ela e ela... Quer saber, toma.

Era incrível como ele se embolava todo com as palavras. Ele me entrega uma sacola preta que até então eu não tinha notado e a pego.

Abro a sacola e tinha uma caixa azul, abro a caixa e me deparo com uma linda correntinha com um pingente de coração com lindas pedrinhas rosa.

-é lindo.

-você gostou mesmo? Se não, a gente pode trocar, ou...

-calma, é sério, eu amei- ele suspira aliviado e o puxo- coloca em mim.

Ele faz que sim e pega a correntinha. Fico de costa pra ele e coloco meu cabelo de lado. Noah passa a corrente pelo o meu pescoço e a fecha.
Ele deposita um beijo na minha nuca e arfo quando algo aquece. Ele segura minha cintura e me prensa contra o balcão. Ele desce os lábios pela lateral do meu pescoço e aperto a o mármore.

Noah pressiona o quadril dele contra o meu e morde minha orelha. Meu corpo estava tão quente. Viro de frente pra ele e encontro os olhos dele mais negros que o normal. Puxo o pescoço dele e o beijo com toda a vontade que existe em mim.

Noah me ergue do chão e me senta no balcão. Enlaço minhas pernas na cintura dele o puxando pra mim. Agarro a gola da camisa dele e o beijo.

Quem sou eu e o que fiz com a Any medrosa?

Noah aperta minha coxa e gemo nos lábios dele.

-melhor pararmos- ele se afasta um pouco e noto que ele está tentando não perder o controle.

Será que ele tem estado com outras? Não temos nada sério.

-é melhor- digo sentindo meu rosto esquentar.

Ele me ajuda a descer do balcão e volto a sentar na cadeira pra tomar café.

-Gabrielly, eu estava pensando- ele para por uns segundos e coça a nuca sem jeito- você quer ir jantar comigo mais tarde?
Paro de tomar o meu café e o olho. Eu não acredito que ele está mesmo me fazendo esse convite. Sinto as borboletas fazendo a festa no meu estômago e sorrio.

-quero.

...