Vinte

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— Você acha... — Severus sussurrou quando estavam em sua cama, prontos para dormir. — ... Que eu posso realmente ser filho do tal Braddock?

James suspirou. — Vocês não se parecem em absolutamente nada, pra ser sincero. Se formos julgar pela aparência, você é um completo estranho perto dele.

— Dizem que eu pareço muito com a minha mãe. — contou o mais alto. — Menos na altura.

O ômega gargalhou. — Realmente. Você é quase 20 centímetros mais alto que ela! Você tem quanto, um e oitenta?

— Um e oitenta e nove. — admitiu Severus, fazendo James engasgar. — O quê?

— Achei que não havia ninguém mais alto que Remus. — explicou. — Ele tem um e oitenta e cinco.

— Não é uma diferença muito grande. — Snape deu de ombros. — Quatro centímetros.

— Você é 14 centímetros mais alto que eu. — rosnou o menor, cruzando os braços e fazendo um biquinho revoltado. — Que saco.

— Você tem 175? É mais alto do que o Tom, já é alguma coisa. — riu ele. James o olhou e se perguntou como nunca havia reparado nas rugas pequeninas ao redor de seus olhos, ou como eles se fechavam completamente quando ele dava aquele sorriso aberto. — Você me ouviu?

— O quê? — percebendo que se distraira, o Grifinório corou. — Eu não ouvi, desculpa.

— Eu disse que... Não, não é nada. — ele balançou a cabeça, dando um pequeno sorrisinho de lado. — Vamos dormir.

O maior - 14 centímetros, humpf! - apagou as velas com um aceno de sua varinha e se deitaram, ambos de frente, seus corpos entrelaçados de modo que não sabiam dizer onde um começava e o outro terminava. James tinha o rosto enterrado no peito de Severus e este passava o nariz lentamente por seu pescoço, o arrepiando.

Sentiu o maior se afastando e ergueu o rosto, não podendo ver nada no escuro, mas conseguindo sentir os beijos molhados e chupões desejosos por seu pescoço e ombros, o fazendo morder os lábios para conter os gemidos e suspirar alto. As mãos pálidas e finas percorriam suas costas por baixo da camisa folgada e vez ou outra desciam para suas coxas, apenas acariciando enquanto beijava o pescoço que já estava vermelho do ômega lúpus. James gemeu baixinho quando um chupão mais intenso foi dado logo abaixo de sua orelha.

— Olha, descobri outro lugar!. — reparou o alfa da noite, rindo. — Vou me lembrar desse aqui também.

James se sentiu ligeiramente incomodado. Seu corpo fora inteiramente descoberto pelo alfa e se o questionasse, o Potter tinha certeza de que ele saberia dizer todos os pontos que precisava estimular para que o tivesse totalmente excitado. Ele queria fazer suas próprias descobertas, também. Queria poder saber onde tocar para deixar o alfa necessitado.

Quando James se ergueu e acendeu algumas poucas velas com sua varinha Severus franziu o cenho e se perguntou se fizera algo errado. O Grifinório parecia estar gostando bastante de seus toques, não conseguia pensar se fez algo que o deixara desconfortável. — O que foi? — perguntou confuso.

— Quero fazer uma coisa. — disse sem jeito. — Poderia se deitar, por favor?

Quando Severus se deitou no meio da cama, James escorregou até estar sentado em seu quadril, olhos âmbar nos negros. Lentamente ele retirou a camisa do maior a jogando longe, e a sua logo seguiu o mesmo caminho. Nus da cintura pra cima, o Potter se aproximou e beijou intensamente o maior, mordendo o lábio inferior dele e ouvindo um suspiro baixo, mas satisfeito, que o fez sorrir. Desceu os beijos para seu pescoço, sentindo as mãos do outro em sua cintura apertarem um pouco mais forte. Quando chupou e mordeu com um pouco mais de força foi capaz de ouvir um gemido baixo e rouco que fez seu corpo tremer.

A Rosa Dourada - SnamesOnde histórias criam vida. Descubra agora