Introdução + Capítulo 1 completo (NÃO REVISADO)

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Introducao

Parta do principio

Tudo começou com um breu que foi clareando de dentro para fora em minha mente como um sonho. Porém, sentia algo me puxar semelhante a um aspirador, me sugava como poeira, lentamente e muito forte. A luz iluminou tanto que só via um imenso clarão, em seguida meu corpo começou a tremer semelhante uma britadeira frenética, fazendo um zumbido altíssimo que adelgaçou ao extremo os meus ouvidos, e me deixando incapaz de suportar. Foi quando abri os olhos suspirando fundo e percebi estar numa casa.

ADELGAÇAR

Transitivo direto e intransitivo e pronominal

tornar(-se) delgado, estreito; diminuir a Espessura de.

"as escavadeiras adelgaçaram o morro"

Quando foi que acordei? Observei ao redor, era meu quarto de um jeito diferente, como pode parecer estranho uma coisa que vejo frequentemente? Os cantos das paredes alteraram-se com coisas que as faziam brilhar, pareciam bolhinhas de sabão flutuando pelo ar, espalhavam-se pelo chão, pelo teto e também em minha cama de palha. Há algo sobre a cama que não conseguia identificar, então aproximei-me o bastante para observar.

AI MEU DEUS.

Ao ver meu próprio corpo jogado naquela cama, fiquei espantado sem entender como era possível me auto admirar. Assustado, não fazia ideia do que estava acontecendo, aproximei-me mesmo assim. Meus pés encetaram sair do chão me fazendo flutuar bem devagar; não me contendo no momento, usei a imaginação podendo ter controle e me levando com o pensamento para cima de meu corpo sobre a cama. No entanto, outra coisa estranha aconteceu. Uma luz emergiu em minha volta de um jeito airoso; muita coisa estranha ocorria naquela noite.

Ainda por cima do meu corpo um desejo ardente de tocá-lo surgiu, então estendi a mão sobre aquele rosto e antes que eu pudesse tocá-lo, dos olhos começaram a escorrer sangue. Eram estes meus verdadeiros olhos? Abalado pela comoção não conseguia acreditar, e as lágrimas que molhavam minha face caíam sobre o sangrento e evaporavam dando brilho semelhante purpurinas. Daí, o pior. A pele do meu corpo sobre a cama se rasgou como folha de papel, e do peito emergia uma claridade amarelada que logo me incapacitou de enxergar. Cobri o rosto com os braços quando aquela claridade tornou-se insuportável, porém, fui surpreendido com sua força que logo concedeu uma vasta explosão me lançando a quilômetros dali.

Observando o céu estrelado deitado sobre o ar, reflito. Impressão minha ou fui lançado para bem distante da minha casa? Novamente com poder da imaginação me movimentei o mais rápido que pude, e com toda a velocidade voltei até aquela casa. Eu estava voando, mas não sentia ventos por entre meu corpo, era algo estranha que me preenchia de energia e continuei sentindo essa sensação até chegar na entrada de minha casa. Ao chegar, notei que não havia nada de errado, a casa estava intacta e a porta encontrava-se fechada. Passei alguns minutos observando aquela porta velha de madeira, segurada por paredes de barro e teto de palhas. Ao tentar abri-la, minha mão transpassou-a como se não houvesse nada ali, foi absurdamente assustador. Aquilo prendeu tanto minha atenção, que nem percebi meus pés flutuarem; senti um turbilhão de sensações e a ideia estúpida de ser um deus logo tomou conta dos meus pensamentos. Percorri a sala de estar indo em direção ao meu quarto, fiquei como estátua diante da porta, querendo que traspassá-la também. Então fechei os olhos e com um impulso me lancei contra ela. Como pode? Eu olhava as minhas mãos a todo instante sentindo a deliciosa sensação de atravessar as coisas como fantasma. Porém, quando levantei os olhos...

- O que aconteceu aqui?

Pelas paredes de barro escorriam sangue, sobre minha cama encontrava estraçalhado meu corpo ensanguentado que derramava gotas de sangue no chão e faziam ruídos sufocantes.

Em Outro Mundo - O capitólio de MathiasDonde viven las historias. Descúbrelo ahora