Ainda sou eu

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Olá, me chamo Olyver, é um prazer te conhecer.
Eu sou um homem de 1,69 cm de altura, 67 kg, 25 anos de idade, cabelos loiros acima do ombro, e de olhos castanhos claros. Sou casado à seis anos com um homem que eu não sei nem se me ama. O nosso casamento foi arranjado, meu pai foi quem planejou tudo. Meu pai era um homem ruim, nunca nos demos muito bem. Meu marido é um homem arrogante, de poucas palavras, mas no fundo é um homem bom. Admito que durante os seis anos que estamos juntos, a maioria das vezes estávamos brigando. Eu devo dizer que sinto sim algo por ele, talvez por morarmos juntos algo aqui dentro se acendeu. Eu não me lembro totalmente da minha mãe, confesso que minha memória é bem seletiva, não é de tudo que eu me lembro. Um exemplo é sobre ontem, a única coisa que me lembro é de acordar pela manhã, depois disso não lembro de nada amais. Esses apagões acontecem desde eu não me lembro, pode se dizer que desde sempre. Falando sobre minha mãe, ela tinha uma mania estranha de me chamar de Nayene às vezes. Talvez os apagões de memória sejam coisa de família, mas não posso afirmar nada, mas isso é uma hipótese.
           Eu tenho um sonho, ser pai... mas sempre que falo disso o Maycon (meu marido) me pede para parar com esse assunto, diz que estou ficando louco. Uma criança poderia trazer felicidade para nossa casa. Imagine só, crianças correndo no quintal, brinquedos espalhados, brincadeiras e sujeiras, gargalhadas e lágrimas, há, criança faz falta.

Número 3

Amália, sim... esse é o meu nome. Eu não sou muito de conversar, sou mais de ficar lendo livros do que ficar batendo papo. Fato, eu não sei o que estou fazendo, escrever pra mim é algo quase impossível. Não me recordo do motivo pelo qual tive a ideia de começar a escrever em um diário, mas, nem se eu quisesse eu me lembraria..., desde pequena eu tenho alguns apagões de memória, chego até a esquecer de pessoas e todo o resto.
             Caderno velho na mesa, caneta em minha mão, mas as palavras me faltam. Em meio a esses apagões eu deixei um bilhete aonde eu digo que devo continuar escrevendo em meu diário. Porém, surge a questão; aonde está o diário?. Já sei que da próxima vez tenho que ser mais específica. Enfim, aonde quer que seja que eu tenha começado a escrever eu não faço a mínima ideia, e tenho plena convicção de que não irei me lembrar. Como eu já havia lhe dito, sou péssima com palavras, mas vou tentar esclarecer/contar algumas coisas sobre mim. Como já se sabe, meu nome é Amália, nasci em uma cidadezinha pequena. Minha família sempre foi muito nobre, com poder sobre inúmeras terras. Meus pais eram pessoas rigorosas, mas meu pai era uma peça e tanto. Meu pai sempre foi o mais arrogante se pode assim dizer. Um homem frio, que pouco demonstrava seus sentimentos. Minha mãe era semelhante ao meu pai, sempre fechada, calada. Meu pai desde de sempre foi um ótimo homem de negócio. Devo admitir que o melhor negócio dele foi o meu casamento. Sou casada a exatos seis anos com o homem que amo. Maycon é um homem calado, mas eu o considero quase perfeito. Há algum tempo a nossa relação deu uma esfriada, então eu tive uma ideia pra lá de louca; acrescentar alguém em nosso relacionamento pra vê se as coisas dão um energizada. Isso aconteceu, mas, mais uma vez eu não me lembro.
              Bom, pra quem não gosta de escrever eu já ultrapassei o limite. Por hoje é só.

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