Único.

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Era torturante ver o seu namorado, — agora ex —, arrastar uma mala de roupas, que eram suas, para fora do apartamento no qual dividiam à medida que o enxotava junto. Seu desespero era imenso, lágrimas transbordavam os seus olhos na intensidade que suas mãos tremiam.

Aquilo era uma humilhação, e Eunwoo não poupava o tom de voz na hora de o xingar até o corredor, que era repleto de outros apartamentos. Com certeza os vizinhos daquele andar espionavam por trás da porta a dignidade de Jimin indo por água abaixo, por unicamente sua culpa.

— Você é uma vadia, Jimin! — O mais alto brandou novamente, raivoso, levando o Park a sobressaltar de susto com o baque de sua mala sendo jogada ao chão. — Eu não quero te ver nunca mais. Avise ao seu pai que a sociedade que mantivemos está acabada, eu não quero ter nenhum envolvimento com a família de alguém tão traíra quanto você!

Com um último grito, a porta foi batida em sua cara e o choro se intensificou. O ruivo não mais sabia o que fazer dali em diante. Queria bater na porta novamente, implorar para que Eunwoo lhe perdoasse porque não conseguiria viver sem ele… ou, na verdade, não conseguiria lidar com o olhar de ódio do seu pai quando descobrisse que havia sido jogado para fora de casa pelo filho do homem mais influente de Seoul?

Jimin não sabia, ele só tinha certeza que estava ferrado e perdido, literalmente.

Para onde iria?

O Park se sentia sem rumo e desnorteado. Aquilo não estava nos seus planos. Porra, não passou em sua mente trair seu namorado com um motoboy filho da puta que deixava a sua vida de pernas para o ar, literalmente!

Se considerava um puta sortudo por ter nascido em berço de ouro, por cursar a sua faculdade de administração e ser namorado de Cha Eunwoo porque, puts, quem não quer ter um Cha Eunwoo como namorado? Jimin não poderia crer na sua audácia porque a piada vinha quando ele se perguntava: puts, e quem não quer ter Jeon Jeongguk como amante? Aquele pobretão que se aproveitava da moto da pizzaria onde trabalhava para ir o buscar na faculdade na hora do almoço só para transarem em cima de um sofá velho porque a casa dele só era um vão e ele não tinha dinheiro para comprar um colchão de solteiro.

Jimin riu nasalado, diante a sua desgraça. Deveria ter resistido mais, acreditado que poderia continuar sendo fiel ao homem que dizia amar todas as noite e que fazia de tudo para lhe tratar como o príncipe que era. Porém, novamente abaixo do pivô de toda a desordem em sua vida, da respiração desregulada e pernas trêmulas, o ruivo esquecia que ele preferia os certinhos ao invés dos safados. Esquecia que a ambição por dinheiro deveria estar acima da forma que seu coração pulsava sem controle por um garoto mais novo sem grandes perspectivas e estudos.

Jeongguk era bruto, mas a forma que ele o fazia se sentir era incrível, e o ruivo não se referia apenas ao sexo que eles faziam. O mais novo era a cor dos seus dias cinzas e o propósito de suas rotinas chatas.

Enquanto o sofá rangia abaixo de si e suas pernas completamente afastadas o deixava exposto para que Jeongguk o tomasse entre elas, Jimin era depravado o bastante para comemorar a humilhação que passou com gemidos altos e esganiçados pedindo para o motoboy o comer com força, pois era assim que Jimin gostava, era dessa forma que ele se sentia satisfeito; quando o pau do mais novo ia fundo dentro de si e o fazia engasgar com a própria saliva, deixando as suas veias saltadas no pescoço avermelhado por tanto esforço.

— Ai, Jeon… — Sua voz era tão manhosa, digna da putinha que Jeongguk dizia reconhecer nele desde o começo. Desde que ele foi o entregar uma pizza à pedido do seu ex namorado e o moreno terminou se encantando pelo o homem pequeno e gentil.

As mãos menores recorreram as costas largas assim que uma gota de suor do mais velho pingou em sua clavícula, o fazendo gemer mais, quase em sua limite. Estava rouco, sem voz, pois o jeito que Jeongguk grunhia baixinho em seu ouvido enquanto o estocava como um animal selvagem o deixava em colapso, quase sem consciência.

— Você gosta assim, uh? — Sua bochecha foi lambida até que seu lóbulo foi capturado em um chupão gostoso à medida que sua coxa foi marcada numa aperto da mão grande do outro. Um murmuro escapou por entre os seus lábios maltratados e outra estocada funda o fez revirar os olhos, o levando a arquear suas costas, desesperado. — Sei que está aqui porque o jeito que aquele engomadinho faz nunca vai ser tão gostoso quanto o jeito que eu te como, assim, bem fundo e forte. — A voz grave soando soprada no seu ouvido era como mais um estimulante para que a sua pressão baixasse de tanto tesão, e um por um minuto ele se manteve assim, seu corpo indo para frente junto a brutalidade do choque do pau do Jeon o revirando por dentro, tocando cada mínimo espaço dentro de si. — Vai, responde! — A palma dele se chocando contra a sua coxa o tirou um pouco do torpor por conta do deleite que sentia, o fazendo gritar deliciosamente. — Você quer me sentir te satisfazendo assim sempre?

— Porra, sim! Eu...eu quero, Jeongguk — Jimin engasgou com a própria saliva, juntando forças para o responder, embora estivesse praticamente sem ar.

— Então, vem, rebola pra mim. — Agora Jimin percebia o quão o sorriso dele transparecia o cafajeste incorrigível que Jeongguk era. O moreno não queria apenas o foder, ele queria o Park para si por completo, sem o dividir com mais ninguém. — Eu amo sentir o meu homem quicando gostoso em mim.

E o ruivo ia porque, no fundo e deixando todos os receios de lado, ele sabia que amava pertencer unicamente ao motoboy, e Eunwoo apenas tinha contribuído para que Jimin finalmente percebesse isso.

FIM ⚪

Vim com essa pseudo-pwp porque resolvi migrar todas as minhas fics do Spirit para cá, o que não são poucas.

Espero que vocês dêem amor, votos e deixem um comentariozinho de brinde haha💕

Motoboy •Jikook•Onde histórias criam vida. Descubra agora