O começo de tudo

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Pov Alanys

Último fim de semana de paz que eu teria antes de começar toda aquela correria da escola, atividades chatas, professores pegando no meu pé, pressão escolar e tudo mais. Não me levem a mal, eu sou uma nerd assumida, mais aquilo é de enlouquecer qualquer um.

Olho pro despertador e vejo que são 08:30, vou pro banheiro e faço minha higiene matinal, visto uma roupa e desço pra tomar café da manhã com meus pais, chegando lá vejo minha mãe no fogão e logo sinto um cheiro de queimado. Mamãe é péssima em qualquer coisa que envolva cozinha.

- Bom dia Mãe!
- Bom dia filhota, dormiu bem?
- Dormi sim, problemas aí?
- Eu não sei por que eu ainda tento querida, sou péssima nisso. Ela bufa chateada.
- Heyy Mãe, você não precisa saber cozinhar, a senhora é a melhor dançarina de Londres, isso só prova que o que aquelas revistas de fofoca ridículas dizem é mentira, a senhora não é perfeita, a perfeição não existe. Lembro ela.
- Eu sei querida, é que, você e o seu pai fazem parecer tão fácil.
- Falando nele, onde está? Pergunto.
- Foi dar uma caminhada com o Ryan, eles estavam reclamando que estavam fora de forma. Rio nasalado, aqueles dois não tem jeito mesmo.

O café da manhã ocorreu tranquilo, eu e a mamãe ficamos rindo das paranóias do papai e do senhor Gosling. Logo depois eu subi pro meu quarto, tomei um banho rápido, coloquei um short e uma blusa que era maior que eu mesma e desci. Mamãe estava vendo TV, avisei a ela que estava indo pra casa ao lado e sai em busca de pertubar uma das únicas pessoas que me aturam.

Bati na porta e a tia Rachel atendeu, logo me puxando para um abraço.

- Oi querida, como está?
- Estou bem tia, vim ver a Mônica.
- Está lá em cima, pode subir.
- Obrigada tia. Dou um beijo no rosto dela. E saio em direção ao quarto da minha melhor amiga.

Chegando lá, vejo-a olhando algumas roupas no closet dela, parecia estar em dúvida com algo.

- Bom dia flor do dia. Falo sentando na cama.
- Oii, bom dia. Qual você acha melhor? Me mostrou duas calças, uma escura com rasgos nos joelhos e outra mais clara e lisa.
- Depende, pra onde vai? Pergunto.
- Primeiro dia de aula Alanys, não é óbvio? Revira os olhos entediada.
- Você sabe que hoje ainda é sábado né? As aulas só começam segunda maluca.
- Eu sei, mais eu já quero estar preparada. No dia não quero ficar revirando roupa desesperada.
- Eu acho, só acho mesmo, que você deveria controlar essa sua ansiedade.
- Falou a calma né. Bufa e volta a ver as roupas.

Ela ficou lá dentro por mais 5 minutos, e voltou com o olhar de derrotada e se joga na cama.

- Já sabe quando os meninos chegam de viagem? Perguntou.
- Amanhã a tarde. Falei deitando na cama.
- Quem diria que aqueles idiotas fariam tanta falta. Falou respirando fundo.
- Eu que o diga. Respondi.
Estávamos falando dos cinco idiotas que chamamos de amigos, eles decidiram viajar pra New York, pra se aventurarem na bela cidade. Nem pra levarem a gente. Aaaafff.

- Falou com a Deb hoje? Perguntou ela.
- Ainda não, vim direto pra cá. Falei
- Vamos lá? Ela propôs.
- Vamos. Respondi.

Nos levantamos e fomos lá pra baixo, avisar a Tia Rachel.

- Mãe, estamos indo lá na Deb. Falou o projeto de gente do meu lado.
- Tudo bem querida, cuidado e não demorem.
- Sim senhora. Nós duas fizemos uma saudação. Ela riu e nós saímos em direção a casa da maluca da Deborah.

Estávamos andando pra casa da Deb quando vimos algo que nos chamou a atenção. Um caminhão de mudanças parado a alguns metros das nossas casas. Acho que teremos novos vizinhos. Pensei.

- Será que tem um filho gato? O ser ao meu lado perguntou.
- E eu lá sei Mônica. Não sou vidente. Falei
- Aaiii GROSSA.
- Você e suas perguntas bestas. Rio
- Você e sua chatice comigo. Ela dá língua.

Continuamos a andar até a próxima rua, onde nossa garota mora.
Chegando lá, vimos o Diretor Downey, quer dizer Senhor Robert, acho que nunca vou me acostumar a chama-lo de Robert, como ele vive pedindo fora do ambiente escolar.

- Bom dia meninas, como vão? Ele nos nota e pergunta.
- Bom dia senhor Downey, estamos bem sim. Falo por nós duas
- Animadas pro começo das aulas? Ele pergunta.
- Sim bastante Diret... Senhor Downey. Mônica se corrigiu.
- Que bom meninas, creio que estão procurando pela Deborah, ela está lá em cima, podem subir. Assentimos e entramos. Não vimos a Tia Mari pelo caminho, deve estar no quarto ou na cozinha.

Fomos em direção ao quarto da Deb, e lá estava ela, na sua escrivaninha, lendo pela milésima vez a saga de Harry Potter.

- Você não cansa não? Perguntei entrando.
- Não tem como cansar de uma preciosidade dessas minha cara Alanys. Ela fala olhando pra nós.
- Você me assusta garota. Falo. Ela ri e marca o livro na página que estava lendo.
- É só eu que tô num tédio infernal? Mônica fala respirando fundo.
- Daqui a pouco ele acaba acredite. Falo me referindo as aulas.
- Mudando de assunto, que tal se formos tomar sorvete na praça hoje? Estou sentindo falta do sorvete do senhor Martin. Deb fala
- Boa idéia, tá fazendo um calor absurdo hoje. Mônica fala.
- Então vamos. Falo já me levantando.
Nós provavelmente somos três doidas por estarmos indo tomar sorvete as 10 da manhã? É somos sim. Penso

Descemos e fomos na cozinha avisar a Tia Marisa que estávamos saindo. Ela deixou, mas omitimos a parte do sorvete, porque se não ela não iria deixar com certeza. Rimos e saímos em direção a praça ali perto.

Chegando lá, apostamos corrida até a sorveteria do senhor Martin, onde fica o melhor sorvete da cidade por assim dizer. Deborah chegou primeiro e eu e Mônica ao mesmo tempo. O senhor Martin viu nossa maluquice e riu.

- Olá meninas!! Como vão? Ele perguntou cessando o riso.
- Estamos bem, melhor ainda se tomarmos o sorvete do senhor. Respondo
- O mesmo de sempre? Ele perguntou. Assentimos e ele pediu pra sentarmos que logo entregaria a nossa mesa. Decidimos ficar do lado de fora, aquele parque era tão bonito que nós queríamos aproveitar a vista.

- Tá, mais é só eu que tô vendo aquele cara super gato ali? Mônica perguntou.
Olhei pra onde ela estava olhando e vi um cara de mais ou menos 23 anos andando na rua. Ele era realmente bonito, nunca o tinha visto por aqui, e olha que a cidade é pequena. Deve ser novo na cidade.
- É bonito mesmo. Respondo.
- Bonito?? O cara parece um deus grego Alanys. Mônica fala indignada.
- Aiii meu deus ele tá olhando pra cá. Mônica berra. Olhei novamente pra ele, e sim ele realmente estava olhando pra cá, mais precisamente pra Deb.
- Ele tá olhando pra você! Cutuco ela.
- Vocês estão sonhando isso sim. Ela fala corando. Aii tem coisa. Penso.

Fomos interrompidas pelo senhor Martin que trazia nossos sorvetes. Agradecemos e começamos a comer.
Olhei de novo pra direção do homem misterioso e ele não estava mais lá. Estranho muito estranho. Pensei comigo mesma.

Voltamos a conversar sobre coisas banais e depois voltamos pras nossas respectivas casas.

Então meus amores foi isso. Espero que gostem.
Me perdoem os erros.

Um beijoo

Laços de uma juventudeOnde histórias criam vida. Descubra agora