ShortFic • Fantasia
Um segredo deixa de ser segredo quando existe uma pessoa que não deveria o saber.
Após fazer algo que não deveria ser visto, Taehyung se vê obrigado a dar um fim em seu obstáculo, mas o que fazer quando seu obstáculo na verdade...
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Kim Taehyung
Já era noite e eu precisava caçar. Tentei me segurar pensando que Margo me procuraria, mas ela não se lembrou e eu não podia mais esperar ou seria pior.
Na noite anterior, a primeira vez que ela me viu, eu não estava a observando, eu estava procurando. Ela me impediu de matar alguém naquela noite, mas dessa vez não seria possível, o instinto que me foi implantado falava mais alto. Mesmo após dois séculos, eu não conseguia impedir, a maldição era tão forte que se eu tentasse me deter ela retornava 2 vezes pior na próxima noite, por isso, parei de evitar.
Como em todas as noites de caçada, parei na janela do segundo andar da casa e permaneci ali observando com os olhos de águia e o olfato aguçado, apenas esperando o momento para atacar algum desavisado.
Depois de tantos anos tendo de sobreviver de sangue humano eu aprendi a me virar, a dar um fim nos corpos e a abafar muitos dos relatos. Infelizmente, o bairro onde minha casa se encontra, é conhecido por ser um dos mais perigosos pelos diversos sumiços de pessoas. Mas isso não impede que eu consiga me alimentar.
Todas as noites, nesse mesmo momento, as lembranças insistem em me atormentar e me fazem relembrar de tudo que passei, principalmente antes da minha vida mudar completamente. Lembro-me de cada detalhe, desde a Coreia até o momento que me mudei para Los Angeles e de cada olhar trocado, cada suspiro dado e cada palavra dita e escrita. Eu ainda podia sentir amor e ainda a amava. E amaria até o fim dos tempos.
Meus devaneios são quebrados e meus instintos assumem o controle, com o olhar focado identifico uma mulher na casa dos 30 anos andando de forma apressada, provavelmente sabe o que acontece por aqui, infelizmente ela seria o próximo relato. Com um sorriso ladino, saio lentamente da janela e caminhou até a escada, descendo-a, indo em fim, na direção a porta principal.
Arrumo meu terno e coloco as mãos no bolso, andando tranquilamente até a calçada onde a moça irá. A mesma passa por mim e seu perfume doce enjoativo invade minhas narinas, me fazendo abrir um sorriso com as presas aparentes e os olhos tomando a cor de vermelho sangue.
Começo a caminhar logo atrás da mulher, até a alcançar e agarrar seu pequeno pulso, que pude sentir totalmente acelerado. Quando seu rosto se voltou para mim e arregalou os olhos, eu disse:
— Com licença, senhorita! - E enfim ataquei seu pescoço com minha presas, apreciando todo o sabor do meu pecado.
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"— Margo, este é o momento, você precisa me escutar, eu lhe esclarecerei tudo.
Margo olhou em volta, não havia ninguém somente um vazio, um imenso vazio branco. A garota se perguntava onde estava e o que estava fazendo ali.
— Você está em um plano espiritual. - A voz respondeu ao pensamento - Estou aqui para te contar toda a história, a nossa história.
