Os Descendentes 2 -A Morte não é o Fim.

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Narrado por Lóla: 

Como dragão tateei a montanha e bem no final da cachoeira a alguns metros do lago, a entrada peguei meus irmãos, deixando apenas os protetores esperando lá em cima, os passei pela água e me transformei ali dentro.

-Vou na frente como um animal menor, e volto pra dizer quantos são!-falei.

-Não faça nada sem nos chamar!

-Tudo bem!

Me transformei em uma lagartixa pra poder andar no teto, ouço rugidos engasgados, segui o som, a alguns sombrios aquele lugar era luxuoso mesmo sendo as paredes de pedra da própria montanha. O local de onde vinham os rugidos era menor e na parte mais alta, caramba o que é isso?

Um monstro amarrado no altar, seu corpo duas vezes maior que um hominiorum, seu corpo paresia feito de piche, no lugar de narinas duas fendas, e urrava como se tivesse sendo torturado, som de ossos estalando, seus braços compridos com garras enormes. Me senti em um filme de terror. sua língua lambeu os seus dentes maiores, ela o desamarrou e tentou ataca-la. Mas avia algo, talvez uma barreira em que ele não conseguiu encostar em minha vó, ela estendeu p braço para tocar sua cabeça que ficava bem acima dela, mesmo ele tendo o corpo curvado.

-Quero que mate cada um dos descendentes dos Deuses, há o cheiro em sua memória, use isso para persegui-los e aniquilar, aquele projeto de Deusa também, quero todos mortos.

O animal urrou novamente levantando a cabeça e levantou a cabeça olhando em minha direção.

"Puta que pariu, melhor sairmos daqui!"

Corri pelo teto pontiagudo de rochas o mais rápido que pude, senti aquele monstro correndo atrás de mim em direção aos meus, tenho que pensar, como tira-los daqui, não consigo tirar todos em minhas asas, e o dragão quebraria a montanha e eu não saberia pra onde ela iria. Um portal é minha chance, preciso ser mais rápida. Me transformei em um lobo e corri sentindo o monstro em meus flancos, os meus me viram e ficaram espantados, saltei, me transformando e jogando um portal no mesmo segundo aos pés deles os fazendo cair na parte de cima da cachoeira.

-Vamos!-gritei.

Mas como não sei, o monstro conseguiu passar pelo portal caindo logo atrás, ataquei enquanto defendia todos com minha lança, Raio deu um razante batendo as patas nele e eu me transformei na harpia achando que ele tinha se distraído, o monstro pulou rasgando com suas garras uma de minhas asas, perdi a concentração voltando a me transformar e antes de eu cair Hunther me pegou pelo braço e me jogou em sua garupa, enquanto voávamos Ben abriu um portal no céu e saímos na fazenda. 

-Você está bem?-perguntou Hunther.

-Meu braço está aberto!

Eu sentia o meu sangue escorrer e minha triquetra ardendo por baixo da pele, a cura estava lenta eu estava perdendo muito sangue.

Saímos perto da árvore. Ben me pegou no colo, e me levou ao acampamento improvisado. Jasmin e Iago não estavam ali.

-Deixe-me ver!-disse Hunther rasgando a manga da minha roupa que já havia se reconstruído.

-Caramba!-disse Ben e Luna.

Cosmo me deu umas pitangas, e a ferida começou a fechar mais rápido.

-Eu não o encontrei!-falei. -Não o senti por perto.

-Nem eu!-disse Cosmo.- O levaram pra outro lugar.

-O que era aquele monstro?!-disse Luna.-Por que ele te perseguiu?

-Nos perseguiu.-corrigi.-Ele estava sendo torturado em uma espécie de altar, então ...

Jasmin e Iago saíram da árvore e vieram até nós, meu braço fechou. Contamos o ocorrido.

ーEla mandou esse monstro nos matar, até a você Jasmin.

ーNão se preocupe comigo.-disse ela.ー Conversei com minha mãe, não posso usar minha magia de Deusa para ajudar pois violaria o livre arbítrio. Mas posso lutar ao lado de vocês.

ーPelo visto vamos precisar. -falei

Ben estava visivelmente preocupado abaixado na minha frente.

ーPrecisamos ver onde estão precisando de nós!-falei.

ーVenham vou ensinar a vocês!-disse Vovó saindo da barraca.-Desenha um pentagrama aqui!

Ela nos mostrou o tamanho com as mãos Luna desenhou com a adaga um pentagrama de uns 50cm.

Estávamos todos em volta da vó.

ーEspíritos do ar eu lhes canto uma canção, espíritos do fogo mostrem aquilo que eu não posso ver!-ela cantou, então a chama de energia verde brilhou contornando o pentagrama, o ar dançou pela chama e vovó levantou a mão como se levantasse o fogo juntoーLuna, jogue apenas um pouco disso, e quando a fumaça trocar de cor cheirem o ar dançante, refaça o pedido.

Luna pegou um punhadinho e cantou a rima.

ーEspíritos do ar eu lhes canto uma canção, espíritos do fogo mostrem aquilo que eu não posso ver!-ela jogou o pó.

Senti duas pontas do pentagrama queimar e acho que os outros também, pois todos tocaram o local, o fogo de magia cresceu e como em uma dança a fumaça ficou roxa e lá estava uma cidade sendo atacada por um monstro que saia da água a noite, serpenteando um barro pelas ruas e casas.

ーSei onde é!-falei reforçando a imagem em minha mente para lembrar bem o local e não sair em um lugar errado.ーSelfoss!

ーIsso fica na Irlanda!-disse Jasmin.

ーEstão prontos?-perguntei me preparando para abrir o portal.

ーQuero ir junto!- falou Cosmo.

ーComo se sente?-perguntou Luna.

ーBem!

ーCuidem-se!-disse vovó me jogando um beijo.

Abri o portal, saímos em cima de uma ponte, o sol já havia se posto no horizonte e aproveitei para me transformar.

''Vou procurar!''-falei na mente deles.

A cidade é pequena, em volta de um rio. Caramba, parece uma cobra, só que a anaconda dos filmes é um bebê recém nascido do lado dela. ''Ao Sul'' -falei e lá estavam Luna com Ben em Raio ーJasmin corria com Iago pulando e correndo velozes, Cosmo estava quase ao meu lado em Sirius.

ーCéus eu não sabia que uma coisa dessas poderia existir!-disse ele.

Hunther se aproximou com Fúria irritada ao ver aquilo.

ーVamos cercá-la e atirar!-disse Hunther.

ーA boca dela parece ter um milhão de dentes!-disse Luna.

ーFora que é nojenta!-disse Cosmo.

ーCosmo e Luna vocês vão pela direita, Lóla e Ben vocês pela esquerda, Eu vou pela frente.

''Perfeito!''

Ele desceu para instruir Jas e Iago. Ben pulou de Raio e o peguei. Dei um rasante para a esquerda, Ben puxou uma flecha, pelo som da magia eu sabia que tipo de arma ele impunha.