Eloá

O começo

Erick entra no quarto logo atrás de mim, tranca a porta e me beija forte, me vira de costas, levanta meus cabelos até ver minha nuca e beija meu pescoço levemente. E diz com a voz rouca ao meu ouvido.
- Deite-se Eloá.
Antes que eu possa fazê-lo, ele tira minha blusa e antes que eu perceba também estou sem sutiã, me deito como ele mandou. Ele não demora e vem por cima de mim. Me toca levemente mas com as mãos bem seguras e fortes.
- Isso Erick, assim. Que delícia, continua. Digo delirando de prazer com o toque de suas mãos macias e tão reconfortantes.
- Tá, só mais um pouco, mas em algum momento vai ser sua vez de ficar por cima, tem que ser bom pra mim também. Diz Erick, esperando a massagem dele a meses.
- Só mais um pouco amor, estou cansada depois de um dia todo trabalhando naquele escritório chato, preferia quando ficava na loja escolhendo roupas para as clientes e me divertia mudando o visual da maioria.
- Eu sei que tá sendo difícil pra você se adaptar, mas você tem que crescer na empresa da sua família meu bem, porque algum dia ela vai ser sua. Diz Erick tentando me animar com a ideia de ser a líder de uma corporação da qual eu só queria a parte menos burocrática.
- Bom, vou continuar com meus planos de futuramente abrir minha empresa, criar minha marca e lançar uma nova moda. Vai ser tudo muito incrível. Só não sei como vou contar isso para os meus pais.
- Você não tem que pensar nisso agora, você é dona da sua própria casa, já tem seus 25 anos e tem uma vida boa, além de se sustentar sozinha, fora que são planos futuros e embassados ainda. Tem que se preocupar em orgulhar eles agora com o seu atual emprego.
- Eu sei disso, mas talvez eu possa fazer as duas coisas ao mesmo tempo. E também não quero ser só alguém que "se sustenta", quero ser reconhecida pelos meus méritos e meus planos não são tão futuros assim, você sabe que já tenho muita coisa no papel. Só preciso dar o primeiro pas... Aí tá me machucando.
- Desculpa, tava distraído com umas coisas do trabalho, vou ter que viajar depois de amanhã, provavelmente só volto daqui a duas semanas.
- Nossa, isso tudo? Porque eles tão fazendo você viajar tanto ultimamente? Isso já está passando dos limites.
- O que eu posso fazer? As campanhas são em outras cidades, é meu emprego, não posso simplesmente dizer não.
Bom, eu não insisto no assunto porque ele sempre se irrita, fora que vai ser bom para eu conseguir colocar uns papéis em dia e ver a Margô, minha amiga mais próxima desde que começou a trabalhar na loja dos meus pais junto comigo, a uns 6 anos.
- Vou pra casa, tenho que resolver umas coisas e marquei de me encontrar com o Frédéric. Diz Erick já se levantando.
- Mas já? A gente acabou de chegar. Não deu tempo de te aproveitar ainda. Falo com uma voz manhosa.
- Eu te vejo depois de amanhã, antes da viagem. Erick se despede com um beijo na testa e sai.
O dia foi bem cansativo, me enrolo na cama e caio no sono.

...

Acordo cedo, saio para correr com a Margô, como de costume.
- Eu acho que notei algo de estranho no Erick, ele está sempre no mundo da lua esses dias, será que devo me preocupar? Pergunto para ela.
- Você não perguntou a ele? Disse Margô franzindo a testa levemente.
- Perguntei, ele falou sobre o trabalho ou coisa assim. Mas fiquei com medo de ter alguma coisa acontecendo e ele não me contar.
- Aposto que você está só se maltratando como sempre, vai ficar tudo bem. Até você anda bem cansada do trabalho ultimamente, dê um tempo que isso passa.
Diz ela com um lindo sorriso, desde que nos conhecemos, ela é sempre a pessoa mais positiva e alegre ao meu lado, me apoiando em tudo, uma amizade que não tem preço.
Terminamos a caminhada, saio para trabalhar e o dia corre igual, assim como o resto da semana. No sábado a noite, depois de tomar um banho bem relaxante e me deitar com um balde de pipoca nas mãos, coloco um filme. Depois de alguns minutos recebo uma mensagem de texto.
É do Erick, dizendo: - Precisamos conversar.