VI

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Joana saira radiante para seu primeiro dia de aula, mal esperava para ver ao vivo e em cores como eram as esvolas no século XVIII.
a escola era bonita, pequena mas bem aconchegante. Não era igual da que vira na série de Anne, mas gostara bastante de que fosse diferente, assim podia ter lugares para explorar. Assim que Joana entrou, tirou seu chapéu e pendurou, uma menina com cabelos dourados escuros, quase castanhos, presos em um meio rabo por um grande laço rosa, Olhos verdes, mas não tão verdes quanto os seus eram, e usara um vestido rosa cheio de babados e com mangas que iam até a metade dos antebraços e uma gola alta. A garota sorriu para Joana e estendeu a mão:

-Sou Fabiana Melta. Você deve ser a nova Blythe. Mamãe me falou sobre você.

-Eu sou Joana. Muito prazer em conhece-la. Espero que sejamos amigas.

-Já lhe considero como minha mais nova amiga. Quer conhecer as meninas?

-Eu adoraria, sorri.

Fabiana levou Joana até um canto da sala, onde tinham um grupo de meninas. Joana observou todas as salas, e o grupo de meninos a olhara fixadamente.
As amigas de Fabiana a cumprimentaram com abraços e beijinhos e a pediram para sentar. Menos uma. Ela usara um vestido amarelo pálido com babados e bordados de flores. Pareciam caros. Tinha cabelos presos em meio rabo com um laço.(aliás, todas as meninas usavam laços). Eles eram tão claros que mal dara para ver onde sua testa termina e o cabelo começa. Eles tinham cachos definidos, definidos até demais, e Joana lembrara da primeira vez que fez babyliss e esquecera de pentear os cachos e ficara com molas espaçadas no cabelo. Seus olhos azuiz acincentados fitaram Joana:

-E você é?

-Joana. Joana B-Blythe. Era estranho se apresentar com um sobrenome que não lhe pertence, ainda mais esse sobrenome. -E você?

-Luiza Velt. Ela disse empinando o nariz.

Ela me lembra Josie Pye, Pensou.

-É verdade que você é orfã?  Perguntou uma menina com cabelos negros presos em uma trança grossa com franja. Seus olhos eram azuis, mas não tanto. Suas bochechas eram bem rosadas e pela sua pele parecia que passara bons dias na praia. Usara um vestido da cor de seus olhos, e tinham mangas bufantes como o de Joana

-Ivanna! Falou Fabiana.

-Está tudo bem, Fabiana. Eu não sou orfã, Os blythe são minha família agora.

-É verdade que você veio do brasil?  Os olhos grandes e castanhos de uma menina brilharam. Ela tinha cabelos negros também, mas estavam soltos, com um laço no topo da cabeça. Usara um vestido verde pálido com listras cinza. tinha mangas compridas e uma fina renda no final. Se chamava Mariana Lewis.

-Sim?  Joana respondeu com outra pergunta.

-Que tudo? eu sempre quis conhecer o Brasil.

-Lá é bonito mesmo, Disse Joana com um sorriso amarelo. Se lembrara da matéria de história, nesse tempo o Brasil devia ser Idependente, devia ter acabado de livrar as escravidão.

A aula começara e o professor pediu para que Joana se apresenta-se. Ela se apresentou e sentiu que o professor a olhara com um rosto estranho. Mas precisamente ele olhava para seu busto.

Na hora do recreio as meninas se juntaram novamente, todas dividiram o lanche e as meninas se encantaram com o bolo de chocolate com cereja de Joana. Menos Luisa Velt.

-Não, obrigada. Chocolate engorda.

-Eu como chocolate a vida inteira e sempre fui magra, Disse Joana. Acabou o bolo. Vou colocar a cesta junto com meu chapéu.

Joana colocou a cesta com seu chapéu e quando se virou deu de cara com um menino. Ele era bonito, muito bonito. Tinha olhos azuis da cor de um mar e cabelos da cor do mel. era bem mais alto que Joana, aliás, tudo era mais alto que a pequena menina de 1,55.

-Olá.

-Oi. Você é a nova Blythe, certo?

-Sim, prazer. Joana Blythe, sorriu.

-Prazer. Nathan Lewis.

-Irmão de Mariana Lewis?

-O próprio. Sorriu.Seu sorriso era tão lindo, todos os dentes em seu lugar e todos tão branquinhos.

-As meninas estão me esperando, nos vemos algum dia, Nathan.

-Até breve. disse, beijando sua pequena e dourada mão. Bonito colar.

-Obrigada.

Joana saiu e voltou para o círculo de meninas. Todas as olhavam abismadas, como se vissem um fantasma.

-O que foi?

-O que estava falando com meu irmão? , disse Mariana.

-Nada. Ele apenas apareceu atrás de mim e me cumprimentou. Só isso.

-Ele beijou a sua mão. Luisa parecia furiosa.

-É o que meninos educados fazem, não?

-Ele é o futuro noivo de Luisa. Seus pais combinaram casamento com eles dois assim que nasceram, Explicou Ivanna.

-Uh, parabéns. Pelo menos alguma de nós já tem um futuro marido pronto.

-Você não pode conversar com ele, nem pode olhar para ele, ele é o MEU futuro noivo. E ele não gosta de órfans do Brasil que não usam laços e tem um colar brilhante vulgar! Luisa se levantou e saiu, pisando duro.

O recreio acabara. E as meninas voltaram para suas mesas. O professor ainda estava na despensa, e Nathan veio falar com Joana, que permaneceu imóvel.

-Vá embora, eu não posso falar com você. Joana tentou sussurar o mais baixo e com menos movimentos labiais possiveis.

-Porque, oras?

Joana permaneceu imóvel, e então Nathan se abaixou e aproximou-se mais, e tocou os olhos de Joana

-Azeitona?

Joana nem pensou 2 vezes e bateu na cara de Nathan com a primeira coisa que estava em sua frente: Sua lousa. Foi tão forte que a mesma se partiu em duas:

-Vá embora, eu não posso com você!

-Mas agora falou. Disse Nathan pegando sua lousa e trocando pela Lousa de Joana, partida no meio.

Joana of Ingleside Onde histórias criam vida. Descubra agora