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As duas meninas eram novas, iniciando um novo ano em uma nova escola, mas nenhuma delas estava muito animada.

Um delas tinha quinze anos e a outra quase dezesseis anos por repetir um ano; a diferença de idade não era grande, mas isso parecia reforçado por sua aparência física, a mais jovem sendo mais baixa, enquanto a outra era mais alta e de textura fina.

A mais alta olhou desinteressadamente para o corredor vazio e com um pouco mais de atenção para a garota que estava a um metro dela.

Ela tinha olhos castanhos, cabelos escuros, um queixo quebrado, e seu olhar estava enterrado em solo recém polido.

Ambas esperavam que o diretor chegasse para apresentá-las a seus novxs colegas do clase e faziam isso há cerca de quinze minutos, nos quais não haviam dito uma única palavra ao outra.

Valentina não era conhecida por ser sociável, principalmente por dar o primeiro passo em uma conversa, mas, vendo que seu parceira também não avançaria, ela decidiu fazê-lo.

Ela a cumprimentou e estendeu a mão para a garota, que desviou o olhar do chão para a loira, retirando instável a mão do bolso, pegando a outra garota sem força.

      —Eu sou Valentina Carvajal, —ela se apresentou, apertando a mão dela.

A garota apenas levantou o rosto, olhou para ela e mostrou um sorriso quase doloroso, mas sincero nos lábios. Os olhos dela se estreitaram, fazendo-a ver algo terno.

  —Qual o seu nome? —Valentina perguntou, vendo que a garota não havia respondido.

Valentina se perguntou se a garota era tímida demais para falar.

A morena abriu a boca um pouco, mas não disse nada, ela soltou a mão de Valentina abruptamente para trazê-la à cabeça e arrumar nervosamente o cabelo.

Então, para confusão de Valentina, ela levantou a mão e gesticulou com ela, depois começou a levantar os dedos e a fazer um punho.

Valentina não entendeu o que estava fazendo, só podia olhar para a mãozinha macia de seu parceira.

Assim que terminou, a garota deixou a mão cair ao lado do corpo, olhando para a outra com as bochechas levemente coradas.

   —o que? —Valentina perguntou, e a outra garota suspirou profundamente.

   —Bem-vindas, meninas, —uma voz gentil os fez olhar para a mulher em um traje formal que se aproximou delas. —Sinto muito por fazer você esperar tanto tempo, minha secretária não pôde vir hoje e eu estive ocupado. —Ela se desculpou e olhou para as duas mães. —Eu sou a diretora Lucía Borges. Conheço você porque tive a oportunidade de conversar com seus pais, mas refresco minha memória. —Ela olhou para Valentina. —Teu nome?

   —Valentina Carvajal. —Ela disse com relutância.

   —Oh sim, Carvajal. —Eu lembro. Ela sorriu para ela e olhou para o menor ao seu lado. —E você é Juliana Valdés, eu lembro de você. —Ele sorriu ternamente. —Bem, prontas, meninas? Espero que voçes se adaptem bem. —Tenho a certeza de que, no curso que tiveram, haverá bons alunos. Venha, siga-me.

As meninas seguiram a mulher em silêncio por alguns minutos e, quando chegou à sala, bateu na porta e depois entrou sem esperar por uma resposta.

A turma ficou em silêncio ao olhar com curiosidade para as duas novas garotas.

A diretora cumprimentou o professor e depois olhou para os alunos.

   —Alumnos, Hoje dois novas colegas estão se juntando. Ela colocou a mão no ombro da garota mais velha. —Aqui é Valentina Carvajal, ela é da escola de Miraflores.

O fato de a diretora ter chamado sua velha escola fez Valentina revirar os olhos.

A mulher soltou o ombro para focar os outros na morena do outro lado.

   —Ela é Juliana Valdés. —Ela disse. —Ela vem do Texas, e eu quero que todos a tratem muito bem. Tudo o que fizerem com ela terá consequências. —Seu rosto ficou sério com essas palavras. —Juliana é burra.






Una de ellas tenía quince años y la otra casi dieciséis por haber repetido un año, la diferencia de edad no era mucha pero ésta parecía reforzada por su apariencia física, siendo la menor más bajita, mientras que la mayor era más alta y de textura delgada.

La más alta miró con desinterés el pasillo vacío, y con un poco más de atención a la chica parada a un metro de ella.

Tenía ojos cafés, cabello oscuro, barbilla partida y su mirada estaba enterrada suelo recién lustrado.

Ambas esperaban a que la directora llegara para presentarlas a sus nuevos compañeros, y llevaban haciendo eso desde hacia unos quince minutos, en los cuales no habían dicho una sola palabra a la otra.

Valentina no era conocida por ser sociable, y menos por dar el primer paso en una conversación, pero al ver que su compañera tampoco avanzaría, decidió hacerlo ella.

La saludó y extendió una mano a la chica, quien cambió su mirada del suelo hacia la rubia, sacando insegura su mano de su bolsillo, tomando la de la otra chica sin hacer fuerza.

   —Soy Valentina Carvajal —se presentó estrechándole la mano.

La chica sólo alzó el rostro, la miró y mostró en sus labios en una sonrisa casi penosa pero sincera. Sus ojos se achinaron haciéndola ver algo tierna.

   —¿Cómo te llamas? —preguntó Valentina, al ver que la chica no había respondido. 

Valentina se preguntó si la chica era demasiado tímida para hablar.

La morena abrió la boca un poco pero no dijo nada, soltó la mano de Valentina bruscamente para llevársela a su cabeza y acomodar su cabellos de forma nerviosa.

Luego, para confusión de Valentina, ella alzó la mano e hizo un gesto con esta, entonces comenzó a alzar sus deditos y hacer un puño.

Valentina no entendió bien qué estaba haciendo, sólo pudo mirar la suave manita de su compañera.

En cuanto terminó, la chica dejó caer su mano al costado de su cuerpo, mirando a la otra con las mejillas algo ruborizadas.

   —¿Qué? —preguntó Valentina, y la otra chica suspiró pesadamente.

   —Bienvenidas, chicas —una voz amable las hizo mirar a la mujer de traje formal que se acercó a ellas —Lamento hacerlas esperar tanto tiempo, hoy no pudo venir mi secretaria y he estado atareada —Se excusó y miró a las dos de forma maternal. —Soy la directora Lucía Borges. Sé de ustedes por que tuve la oportunidad de hablar con sus padres pero refrésquenme la memoria. —Miró a Valentina. —¿Tu nombre?

   —Valentina Carvajal. —dijo sin ganas.

   —Oh, si, Carvajal. Ya recuerdo —le sonrió, y miró a la menor a su lado. —Y tú eres Juliana Valdés, de ti si me acuerdo. —Sonrió con ternura. —Bien, ¿Listas, niñas?, espero se adapten bien. Estoy segura que lo harán, en el curso que les tocó hay buenos alumnos. Vamos, síganme.

Las chicas siguieron en silencio a la mujer por unos minutos y al llegar al salón ella tocó la puerta, luego entró sin esperar respuesta.

La clase hizo silencio para ver con ojos curiosos a las dos chicas nuevas.

La directora saludó a la profesora para luego mirar a los alumnos.

   —Chicos, chicas... Hoy se integran dos nuevas compañeras. —apoyó una mano en el hombro de la mayor. —Ella es Valentina Carvajal, viene del colegio Miraflores.

El que la directora hubiese nombrado su antiguo colegio hizo que Valentina rodara los ojos.

La mujer soltó su hombro para centrar a los demás en la morena a su otro lado.

   —Ella es Juliana Valdés. —dijo. —Viene desde Texas, y quiero que todos la traten muy bien, cualquier cosa que le hagan tendrá consecuencias.  —Su rostro se había puesto serio con esas palabras. —Juliana es muda.










Mute | Lesbian {Juliantina & Marvera}Onde histórias criam vida. Descubra agora