A vida de um solteiro

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Essa semana está sendo muito cansativa, tenho trabalhado dobrado por conta de uns problemas que aconteceram com alguns fornecedores. Mesmo com a ajuda do Evan e do Tomaz, isso tem sido bem difícil. Saio dos meus pensamentos, por um instante com o toque do meu celular, era da Emily, meu contato fixo de vez em quando, para quando eu não estou afim de conhecer gente nova. Acho que tenho mais pena do que tesão, não que ela seja feia, ela é incrível de gata. É uma velha amiga.
- Olá querido, vai me convidar para sair essa noite? Ela diz com voz de quem já tem tudo planejado.
- Eu acho que não, combinei de ver uns amigos hoje. Amanhã pode ser?
- Purf!! Ela bufa do outro lado do telefone.
- Então tá, só porque estava te esperando pra inaugurar minha hidromassagem. Ela rebate.
- Seu marido não é bom o suficiente pra inagura-lá? Pergunto com tom de ironia.
- Se aquele filho da **** quisesse pelo menos fazer outra posição, eu sugeria isso com certeza. Enfim, ele está chegando, preciso desligar. Tchau xuxu.
- Até mais.
No mesmo instante, Evan entra no meu escritório.
- Já assinou aqueles papéis? Preciso deles pra agora se possível, quero sair um pouco mais cedo hoje.
- Não vai querer se adiantar no trabalho hoje pra passar na frente de todos? Está doente?
Solto uma gargalhada enquanto pego os papéis na primeira gaveta.
- Hoje não, vou sair com a Magnólia, vamos comemorar 4 anos de casados. Ele diz com um sorriso enorme de empolgação, nunca vi ninguém tão apaixonado como ele pela esposa.
- Nossa cara, parece que foi ontem que quase te obriguei a desistir porque era uma má ideia, parabéns meu irmão.
Levanto e dou um abração apertado nele, é como um irmão pra mim de verdade.
- Ainda bem que não dei confiança pra você e casei.
Nós dois rimos.
- Eu admiro muitos vocês Evan, ela é uma pessoa incrível e vocês se aguentam a tanto tempo.
- Não aguento, ela me suporta.
Ele diz pegando a papelada em cima da mesa e fecha a porta atrás de si.
Bom, eu estou bem contente por eles, são como da família, as vezes paro pra pensar se minha vida de solteirão vale a pena e quando vejo tudo isso... percebo que vale sim. Hoje tem festa e vou arrastar o Tomaz comigo.
...

Chegou a noite, depois do banho e comendo alguma coisa da geladeira, escuto a porta do meu apartamento, abrindo logo em seguida um grito do Tomaz.
- Vamos campeão, parece uma garota, como tu consegue demorar tanto? Ele fala, apressado demais pro meu gosto.
- Vai a merda, só cheguei do trabalho a 2 horas, vamos pra onde hoje?
- Pra festa do Débora, ela convidou a gente a pelo menos um mês.
- A sim, que empolgação, a Débora tá solteira ainda né?
Pergunto levantando uma sombracelha, com curiosidade e maldade na voz.
- Nem vem, tô conversando com ela faz um tempão, vai atrás de uma pra você.
- Que vença o melhor!
Digo e dou um sorriso malicioso, vou vestir a blusa para irmos, porque estou precisando muito relaxar.
Saímos logo em seguida, ela mora em um apartamento de cobertura do seu pai, ele nem sonha com as coisas que acontecem lá, isso eu aposto. Não que ela deva satisfação já que tem seus 23 anos, mas depende exclusivamente dele para praticamente tudo.
Chegamos e já somos recebidos por seu enorme sorriso sempre simpático de batom vermelho, vestido rosa curto e justo, dando para ver todos suas curvas delicadas, no seu corpo magro, seus cabelos soltos e ondulados também chamam muita atenção. Ela corre pra um abraço triplo.
- Olá meus meninos, Adam você está um pedaço de mal caminho e Tomaz.. aah.
Ela para de falar e fixa um olhar nos olhos dele. Já sei que com essa não tenho chance. Bom tenho que aceitar que ele também tem seu charme, loiro, alto como eu, olhos azuis, se veste bem, só não é mais bonito. Ela sai da hipnose, abre o sorriso novamente e nos convida pra entrar. Assim que as portas do elevador chegam a seu apartamento e abrem, vejo pelo menos umas 50 pessoas, a música está alta e todos estão com drinques. Quando olho pra jacuzzi, tem um pessoal que com certeza gosta de exibicionismo. Conforme vou andando, vejo Tomaz e Débora se pegando no canto. Vou para o bar e peço um drink, logo uma garota senta do meu lado, deve ter seus 25, 26 anos, olhando pra mim com aqueles olhos azuis, mexe no cabelo curto e negro, se ajeita no banco alisando o vestido verde um pouco solto.
- Oi, sou Amanda e você é? Ela estica a mão para me cumprimentar.
- Adam.
Pego sua mão e beijo, ela se espantou um pouco, acho que não estava esperando por isso numa festa dessas, mas sempre gosto de deixar as mulheres a vontade, porquê são verdadeiras deusas.
- Chegou agora né? Te vi entrando e não consegui tirar os olhos de você. Está com alguém?
- Na verdade, agora estou com uma mulher linda sentada ao meu lado.
Paro e a encaro um pouquinho, isso deixa ela quase constrangida que desvia o olhar pra baixo com um sorriso. Ela não é tímida, mas parece que consegui o que queria.
- Eu adoro essa música, você quer dançar? Pergunto já me levantando com o drink na mão.
- Claro que sim. Ela responde abrindo um sorriso lindo. Tomo a bebida em um gole só, coloco a taça no balcão e puxo ela pela cintura. Vamos dançando separados mas bem próximos, está tocando uma música agitada então ela pula um pouco, quando se esbarra em mim "sem querer", novamente a seguro pela cintura, olho nos olhos dela e a beijo, ela retribui colocando as mãos nos meus cabelos, o beijo é quente e bem excitante, o gosto de novo é sempre bom.
A música acaba, a festa rola e ela ficou conversando comigo a noite toda, me apresentou para duas amigas que estavam com ela. A festa foi ótima, inclusive quando fomos para minha casa. Bom de uma coisa eu sei, a noite vai ser longa.

Eloá Onde histórias criam vida. Descubra agora