A Rosa Dourada - Snames

Capítulo Dois - Notícias Perturbadoras

Foi no jantar de uma terça-feira que tudo mudou.

Sentado com seu marido e amigos na mesa da Sonserina, James comia tranquilamente seu prato favorito - arroz, frango com batatas, salada e um delicioso copo de suco de laranja para acompanhar. Estava faminto e, por algum motivo, morrendo de vontade de comer aquela mistura. Ao seu lado, Severus também comia, de forma contida, a macarronada cheia daquela água vermelha e pedaços de carne cozida. Embora ele o garantisse que o líquido cheio de corante era ótimo para dar sabor a carne e ao macarrão em si, James queria vomitar só de ver.

Em um determinado momento do jantar, Severus, com toda sua vontade de morrer, tomou seu copo de suas mãos e o olhou de maneira provocante enquanto sorvia o líquido com ousadia. A boca do menor caiu em choque e seus olhos se estreitaram. — Quer morrer miserável? — questionou bravo.

Todos ao redor riram com a cena, alguns, como Tom e Remus, acharam aquela cena super fofa, principalmente com as bochechas coradas e inchadas do menor e o brilho no olhar do maior. Outros, como Lucius e Sirius, não puderam deixar de se surpreender com o comportamento do alfa. Era uma surpresa boa, todos viam claramente o quão bem James fazia para o amargurado Sonserino.

Sirius sorria enquanto comia, sua matilha estava segura e feliz e isso era tudo o que importava para ele. Achava que teria que duelar com Severus pelo controle, mas pelo visto, o outro apenas o deixava no comando, sem querer ser o alfa líder. O surpreendeu, mas era algo estranhamente bom.

O clima estava ameno até James enterrar o rosto nas mãos parecendo repentinamente pálido, causando um barulho consideravelmente alto ao apoiar os cotovelos na mesa. Severus perdeu a pose brincalhona e o encarou com preocupação. — James você está bem? — questionou.

— Me leva daqui por favor. — pediu baixinho, se apoiando no maior enquanto este puxava sua cintura para segurá-lo.

Seu cheiro então se intensificou e o maior rosnou para os alfas que olharam seu ômega com desejo. Se erguendo e o pegando no colo, apressou o passo para fora do Salão Comunal sendo seguido de perto por Régulus, Sirius, Lucius, Tom e Peter. O levou para a Enfermaria, onde por sorte Pomfrey estava cuidando de um único aluno.

— Só seis por vez! — exclamou ela, colocando o ômega desmaiado em uma maca e se virando irritada. Severus se moveu, conjurando uma cadeira e se sentando ao lado do esposo, sem desviar os olhos de seu rosto pálido. Pegou em sua mão e a sentiu gélida, o preocupando ainda mais.

— Vamos. — Lucius os puxou. — Vamos deixar eles. Podemos esperar do lado de fora.

E se foram sob o olhar negro e agradecido do alfa.

— Muito bem, senhor Snape, preciso que o solte por um instante enquanto faço o check-up. Será rápido. — obedecendo a Medibruxa, ele o soltou e entrelaçou suas próprias mãos, agoniado, esperando enquanto fitava a ponta da varinha da mulher beta passar pelo corpo do menor em um feitiço diagnóstico.

Poppy olhou para o pergaminho onde a pena de repetição antes escrevia, franzindo o cenho e dando um pequeno sorriso de canto logo após. Antes que ela pudesse dizer algo, porém, a porta se abriu e Dumbledore entrou com toda sua aura iluminada, olhando para o pequeno grupo com um olhar nunca antes visto em seus olhos. Um olhar raivoso e amargurado.

— Severus. Na minha sala, agora. — murmurou e saiu porta a fora, deixando o adolescente nervoso para trás.

— Vá garoto. — Pomfrey lhe confortou. — Vou cuidar das coisas aqui enquanto isso e continuar com os exames. Provavelmente quando você voltar ele já estará acordado.

Dando um último olhar para o ômega Severus se ergueu e se apressou pelo castelo, encontrando o diretor parado em frente a estátua que guardava a porta de seu escritório. Este se virou para o objeto e entoou: — Varinhas de alcaçuz.