Por favor, não!

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Capitulo 14 - Por favor, Não!

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Derek ao respirar o ar da cidade e fechar seus olhos conseguindo ignorar o barulho continuo dos motores dos carros e das aeronaves e ao abrir novamente os olhos ele viu que precisava estar ali.

Já estava preparado para o que ia vir, já que passou a viajem inteira pensando no que iria falar quando o chegasse de surpresa e pela outra parte ainda era uma incógnita. Começou a andar junto com os últimos passageiros que vieram no mesmo voo ate chegar na esteira das bagagens, não queria ser o primeiro ou o ultimo a pegar a mala. Silenciosamente a esteira foi ligada e mais e mais malas foram depositadas e nenhuma delas era a de Derek, que apenas se ligou que a sua estava ali quando ela deu três voltas completas e era a única na esteira.

Pegou sua mala a depositando no carrinho e foi em direção à saída do desembarque procurar um taxi.

— Para onde vai meu jovem? – perguntou o taxista de pele morena, cabelos grisalhos e de estatura baixa e um sotaque forte do sul que era mascarado pela bala de goma que estava em sua boca, o que fez Derek estranhar e pensar o que o um homem do sul estaria fazendo no centro do pais.

— Para a rodoviária por favor. Escuta o que um homem do sul esta fazendo aqui em Denver? Desculpa se estou sendo evasivo.

— Não tudo bem, gosto de conversar com meus clientes. Faz o tempo passar... – ele olhou pelo vendo que seu cliente estava lhe olhando e aquele olhar era de querer saber sua historia ele sorriu e iniciou – Nascido e criado no sul do Texas, em uma comunidade mexicana e como todo mundo eu tinha meus sonhos de crescer e ir pra cidade grande, quem não gosta da cidade grande não é? – olhou para Derek de novo que apreciava a paisagem de aparência desértica dar espaço a bairros e respondeu o ao taxista – Eu tinha esse sonho já meu pai... não tinha esse sonho, para minha sorte era que minha mãe também tinha esse desejo de ir pra cidade grande e os anos foram se passando e minha mãe faleceu subitamente e ela e meu pai era muito ligado um ao outro e não deu outra meses depois foi a vez de meu pai e que depois disso me forçou a sair da minha cidade e ir seguir meu sonho, sem mulher ou filhos isso me ajudou bastante e o resto o senhor já da pra perceber. – olhou mais uma vez e viu o jovem balançando a cabeça e com um sorriso sem mostrar os dentes em seu rostos.

Sem perceber ele voltou a falar de sua historia contou alguns casos engraçados de sua família ate chegar no destino de Derek.

— Que historia em digna de um livro – brincou deixando o motorista com um sorriso no rosto.

— Apenas você acha isso meu jovem. Outros nem estão ai, por mais que meu caso seja parecido com outros que tem pelo mundo ai a fora, mas cada um gosta de se sentir especial com o drama que tem. E qual seria a sua?

— A minha? – riu sem graça – Bem a minha é uma historia de um pai e um filho e que seu pai te expulsa de casa por você ser o que você é bem acho que isso é um bom resumo já que eu cheguei onde eu queria chegar. Obrigado Humberto - falou em um espanhol enferrujado saindo do carro.

O motorista saiu rapidamente do taxi para se despedir de Derek.

— Espero que você encontre sua felicidade e o que veio fazer aqui espero que consiga consertar. – sorriu para ele e adentrou ao carro, sem antes de ouvir a resposta do outro, indo pegar um novo cliente que acenou para ele.

— Eu já encontrei Humberto, já encontrei! – sorriu de volta e tomou seu rumo para dentro da rodoviária.

Olhou em sua volta e o pouco movimento no local não lhe estranhava, já passara por esse trajeto varias e varias vezes e sabia que aquele horário da manha era pouco movimentado para saída de ônibus. Diferente da chegada que eram mais e mais ônibus chegando com trabalhadores de outras cidades da região.

É física  ou química?Onde histórias criam vida. Descubra agora