Os dois seguiam suas próprias vidas, sem nada de tão especial, Luce não tentou experimentar outras bocas nem o Phil tentou sentir outras coxas, Luce pensava nele, Phil pensava nela, os dois ainda continuavam apaixonados, havia completado um mês.
Depois de concluída sua faculdade de Administração, foi a Luce que o Phil sonhou dando o maior apoio, voltando para casa com ele e festejando mais uma meta cumprindo-se. Ele a desejou, os dois deitados olhando o céu estrelado depois de uma transa gostosa nos fundos de casa no meio da grama.
Mas ao invés de qualquer coisa que houvesse imaginado, simplesmente saiu com os amigos e um grupo de meninas, cada um com o seu par, mas ele dispensou a menina.
Tomaram até o Phil embebedar-se e vomitar tudo, chegando em casa chapadão, assustando os pais, foi jogado na cama e dormiu até as 15hs do dia seguinte.
Enquanto isso, Luce trabalhava duro, não teve nem pausa para o almoço, após fiscalizar as entregas e pedidos, subiu para ficar na frente da tela do computador, digitando dados e separando novas remessas, trabalhar a fazia esquecer, nem o nome mencionarei aqui e agora, vai que ela recorde, não quero eu causar-lhe sofrimento.
Quando chegou em casa iam dar quase 22hs, apenas tomou banho e comeu uma maçã, jogou-se na cama e orou à Deus:
- Pai, te agradeço por mais um dia que está a me oferecer, felizmente tudo deu certo e fico feliz por isso. Abençoa meus pais, a Caialla e a Alícia, abençoai também ao Phil - ela deixou escapar uma lágrima - sei que eu e ele não estamos mais juntos, mas ainda gosto dele e espero que tudo dê certo em sua vida, faltam poucos dias para o natal e creio que ele já tenha terminado a faculdade! Queria muito estar com ele, mas apenas te peço encarecidamente que o conforte e o dê todas as alegrias possíveis depois dessa conclusão. Não sei se estou pecando o deixando e não voltando atrás, sendo que quase o amo ou o amo e não sei ao certo, mas... - ela começava a se atrapalhar e começou a chorar - perdoai meus pecados senhor, mas acima de tudo, perdoai o quão falha fui com o Phil, eu o quero, guarde ele e cuide dele, Senhor! Boa noite! Amém!
Fungou algumas vezes entre os soluços e dormiu.
Phil continuava acordado.
Em seu pensamento estava ela, e por incrível que pareça, ele não se reprimia em pensar, em lembrar, em querê-la.
Precisava vê-la.
Colocou em mente, levantou aturdido da cama e começou a jogar roupas na mochila jogada no fundo do armário. Mas que merda ele estava fazendo?
Que porra estou fazendo?, pensou
Que se foda!
Separou um pacote de preservativos, ele queria usar todos com ela e seria lá, ele estava convicto de que a teria, reconciliariam-se e tudo ficaria bem. Agora ele tinha coragem para enfrentar toda sua família e as amigas-irmãs de que que tanto ela falava, teria coragem de viajar três horas de carro e procurar ela por cada canto da cidade.
- Mããããããããe! - ele gritou do quarto, estava quase louco de emoção.
A) ele havia concluído seu curso, B) ainda estava loucamente apaixonado, C) não havia nada que o prendia, D) seus pais apoiariam sem dúvidas, E) "Eu quero ela", desculpem-me, mas ele não parava de pensar isso, não pude deixar de apontar.
Seus pais estavam dormindo, mas a euforia dele era demais para respeitar qualquer sono, ele queria sair de casa agora mesmo.
- Mããããããããe! - ele gritou de novo e aproximou-se do quarto dela, agora entreabriu a porta e colocou a cabeça dentro do quarto de seus pais: Mãe? - perguntou baixinho.
- Mas que diabos, Philip! - ela berrou.
- Calem a boca, bando de porra! - dessa vez foi o pai.
Essa família morava em meu coração, não havia como negar.
- Ouçam! - Phil ligou a luz do quarto e sentou-se na cama.
- Olha o horário, meu bebê! Você inventa de que te escutemos logo agora?
- Por favor - ele pediu a mãe.
- Fala, seu resto de foda!
Ele riu do pai.
- Estou indo ver a Luce, a convencer a voltar para mim.
- Pode ir - o pai deitou a cabeça no travesseiro.
- Filho... - a mãe respirou fundo e sorriu - essa menina vale mesmo a pena?
- Estou a praticamente um mês sem sexo, sem beijo, só pensando nela, ela vale muito a pena.
- Realmente - o pai comentou pegando no sono.
- Eu acho lindo isso - a mãe comentou beijando seu filhote no rosto - eu apoio! Lute pelo que ama, seu pai fez o mesmo.
- Eu sei - ele disse concluindo a conversa, sabia que a mãe inventaria de contar toda a história de novo.
Que o Edgar e ela se viram em uma praia, ele era surfista e trabalhava na cabana da praia! Que ele agarrou a Carmen e a deu um beijão, que foi paixão a primeira vista, que ele correu muito atrás dela e como Carmen só estava de passagem pela cidade litorânea, ele teve que buscá-la longe.
- E olhe meu bebê - ela dizia - Você é o fruto desse amor.
Philip já estava na porta para sair do quarto, quando a mãe gritou ele.
- Mas não está pensando em ir agora, está?
- Vou deitar, cochilar e depois sigo viagem.
- Você sabe onde ela mora?
- Procuro.
- Vem cá!
A mãe chamou o filho e o abraçou, desejou que Deus o acompanhasse, depois Phil beijou a testa do pai, sabia que sairia bem cedo.
Phil deitou-se e rolou de um lado para o outro até pegar no sono, quando acordou eram 5hs, ele levantou-se e colocou uma bermuda e uma blusa gola pólo, saiu de casa com a mochila nas costas e a carteira no bolso, daria tudo certo, ele sentia.
Quando ultrapassou a placa de "Volte sempre" ele sorriu, voltaria sim e seria com ela.
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Quando vira amor
De TodoDepois do término de seu namoro, Luce sente a necessidade de seguir em frente, o imprevisível acontece e ela viverá de cabeça para baixo tentando se dar bem na vida tanto profissional quanto amorosa, mas o que fazer quando se encontra alguém que te...