Capitulo Único

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Ao contrário do que Percy pensava até os dias de hoje, Gabe não fora uma escolha cuidadosamente pensada por Sally para esconder seu cheiro dos monstros. Ela se quer havia pensado na possibilidade do homem e seu cheiro repugnante pudesse esconder seu bebê na época em que começaram a namorar e a verdade era que Gabriel Ugliano havia sido escolhido por outros motivos
Na época Percy tinha apenas cinco anos e ela não tinha mais condições de sustentar os dois. O emprego de garçonete que ela tinha na época não pagava o suficiente para o preço do aluguel, as despesas da casa e os preços exorbitantes que as babás exigiam para cuidar de seu "pequeno demônio", como elas costumavam chamar Percy, e ela sabia que se a situação continuasse não teria escolha se não mandar seu bebê para o lugar em que Poseidon queria que ele fosse desde o início, afinal ela nunca deixaria seu precioso filho passar fome, mas então Gabe apareceu
Gabe, com seu cabelo lambido a gel, as roupas um número menor do que ele deveria usar e uma barriga menor qual ele teria no fim de sua vida. Ele era rude, machista e um preguiçoso, e o tipo de homem que Sally jamais pensou que teria em sua adolescência, mas ele lhe emprestou o dinheiro necessário para pagar quatro meses de aluguel adiantado, então ela começou a namorar ele. O que importava ter que beijar e dormir com Gabe de vez em quando se isso significava que teria seu bebê por mais algum tempo?
Não era para ser para sempre, era por pouco tempo até ela arranjar um emprego melhor e poder sustentar Percy por conta própria, mas ai a lanchonete fechou e Sally perdeu o emprego. E novamente foi Gabe que a ajudou, oferecendo seu apartamento para moradia e ela aceitou. O que importava passar mais tempo na companhia do homem se Percy tinha um teto sob sua cabeça e comida na mesa?
Ela arranjou um emprego na Doce América então, e com Percy já tendo seus seis anos, ela usou seu salário unicamente para coloca-lo em uma escola particular, o que significava mais tempo dependendo financeiramente de Gabe. O que importava levar uns tapas aqui e ali se seu filho estivesse o mais seguro possível?
Foi quando Percy já tinha nove anos que Sally achou que poderia finalmente se livrar de Gabe, mas foi também quando Percy tinha nove anos que aconteceu com ela a coisa mais surpreendente desde descobrir quem Poseidon era realmente. Ali, parada em frente aos alcaçuz da loja em que trabalhava, estava uma deusa. Ela se apresentou como Héstia, a deusa da família, disse que estava ali em nome de seu irmão (ela não disse o nome, mas não foi difícil saber sobre quem ela estava falando) que pediu para agradece-la em seu nome pelo trabalho excepcional que estava fazendo em proteger o filho deles qualquer que fosse (Héstia disse que não sabia do que ele estava falando quando Sally perguntou, e demorou dias para que a mortal finalmente entendesse), não foi difícil tomar a decisão de permanecer com Gabe depois de saber disso. O que era uma existência miserável ao lado do "marido" quando a coisa mais importante de seu mundo estava a salvo dos terrores do mundo que ela e o pai dele o colocaram?
Percy era seu filho, seu filho perfeito que ela amava mais do que ela mesma, mas ele estava sempre em perigo. Poseidon a avisara no dia em que ela contou sobre a gravidez, ele contou sobre o Pacto e sobre os perigos de ser um Meio-Sangue, disse a ela para leva-lo ao Acampamento no mesmo dia em que nascesse, porque assim talvez ele fugisse da fúria de seus irmãos, mas Sally não ouviu nada disso, ele era seu e ficaria com ela.
Era egoísta, assim como foi quando ela ficou com Poseidon independente das consequências, mas Percy não sofreria pela decisões dela. Nunca, jamais
Então ela ficou com Gabe. E ela dirigiu um carro através de uma tempestade horrível sem ver nada. E se deixou ser pega pelo Minotauro para dar mais tempo a Percy. O que era alguns sacrifícios se isso significava a segurança de Percy?

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