Capítulo 87

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Evans já considerava a batalha ganha, quando batidas educadas ecoaram pelo quarto, fazendo Scarlett recobrar a consciência.

- Scar? - Chamou Kate, ao não ter resposta.

- Oi? - Perguntou, após se separar de Evans.

- A costureira está aqui. Eu pensei que você talvez quisesse encomendar alguma coisa. - Disse, destraida.

- Eu quero. Rosalie precisa de roupas novas. Avise que eu já vou.

Kate assentiu, e Evans tentou atacar a esposa de novo, mas deu com a cara no colchão. Scarlett se desvencilhou do marido, empurrando-o pro lado e se sentando rapidamente. Evans arregalou os olhos, incrédulo.

- Scarlett! - Chamou, exasperado.

- O que? - Perguntou, tentando recuperar sua respiração.

- Vai me deixar assim? - Perguntou, e Scarlett não precisou olha-lo pra saber que o marido estava no auge de sua excitação. Ela havia sentido isso antes de empurra-lo.

- Você que começou com isso. - Evans rosnou, passando a mão nos olhos. Odiava quando Scarlett o rejeitava. Ela se levantou, e se virou pro marido - Não vê que me tortura com isso, também? - Perguntou, aflita - Acha que eu não quero me entregar a você? - Evans observou ela, se segurando pra não puxa-la de volta. Ter ela ali, dizendo que o desejava, não melhorava a situação - Pelo amor de Deus. Não falta muito, agora. Não nos machuque tanto, por Deus. - Pediu, e o rosto dela queimava de desejo.

Scarlett saiu do quarto e Evans suspirou, se preparando pra mais uma ducha fria.

Quanto a Hunter e Alba, vamos ser práticos. Haviam se apaixonado. Alba preencheu em Hunter todo o vazio que havia em sua alma, deixando-o pleno, completo. E Hunter mostrou a Alba um sentimento que ela não sabia que existia, apenas havia ouvido falar. Um sentimento que fazia ela pensar nele antes de si própria. Isso era o suficiente pra Hunter. Mas não parecia ser pra Alba.

- Se case comigo. - Pediu, exasperado, após passar um bom tempo pensando, na janela.

- Eu... o que? - Perguntou, confusa, olhando-o.

- Se case comigo, Alba. Seja minha esposa. - Pediu, e a decisão parecia completamente agradável saindo de seus lábios.

- Hunter, não é assim. - Disse, engolindo o "sim" voraz que lutava pra escapar de seus lábios.

- Não é assim porque você insiste que não. - Retrucou, observando a morena se afastar dele, caminhando pelo quarto.

- Eu sou uma prostituta, Hunter. - Disse, virando-se pra ele. Havia dor em sua voz - Sou uma prostituta. Uma mulher de vida fácil. E você... - Ela suspirou, exasperada - Não seria justo. - Se condenou.

- Eu sei o que você é. Eu sei. - Ele deu ênfase ao "eu" - Mas o mundo não. Case-se comigo, e eu lhe levarei embora comigo. Lá ninguém te conhece. Seu passado será passado, e ninguém vai remexe-lo. Será minha mulher, só. - Insistiu, olhando-a.

- Até que alguém me reconheça. Um cliente, talvez. - Rosnou, e Hunter viu o olhar dela se inundar. Não queria machuca-la - E então, o que faremos, Hunter? Vou ter de me esconder? - Perguntou, metaforicamente.

Ela viu Hunter atravessar o quarto como um raio, e antes que ela pudesse se afastar, ele estava segurando seu rosto, mantendo-a fixada a si.

- Nunca. Não ao meu lado. Quando você é uma Johansson, ninguém a questiona, ninguém a ameaça. Sendo minha mulher principalmente. - Ela gemeu e tentou se soltar, sem sucesso - Escute, eu sei o que você foi. E eu não me importo. Eu... eu me apaixonei por você, sendo você quem é. Não importa mais. Se case comigo, Alba, e nada mais vai importar. Você vai ser a minha vida, daqui pra frente.

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