°•Capítulo: 11•°

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Dulce Maria.

Eu: Por que não foi com seus pais? - Henry me encarou como se eu tivesse feito a pergunta mais estúpida possível.

Henry: Tenho que entregar o casaco de Andrew para ele.

Eu: Ah, sim, desculpe. - Comecei a tirar o casaco pesado de meus ombros. Henry revirou os olhos, dando um tapinha leve na minha mão esquerda.

Henry: Com todo respeito, não seja burra Dulce.

Eu: Que respeitoso. - Disse irônica, me sentei no banco de espera ao seu lado, Henry bufou uma risada e se afastou um pouco de mim.

Por mais que eu me sentisse um pouco triste, fiquei parada um pouco afastada dele, Henry não gosta muito de contato físico, e eu vou respeitar isso.

Eu: Sei que você não se importa com Mateus...

Henry: Não sou um monstro insensível, Dulce. - O encarei um pouco surpresa, Henry cruzou os braços se encostando na parede.

Eu: Mas você não gosta dele.

Henry: Como você pode ter tanta certeza disso?

Eu: Se esse for o jeito de tratar as pessoas que você gosta, não é muito agradável. Você foi um babaca no primeiro dia. - Ele levantou os ombros para esconder as orelhas.

Henry: É o meu jeito, ser estúpido é algo que contamina meu sangue. Foi mal. - Ele parecia sarcástico, um sorriso retorcido em seus lábios com desgosto.

Henry se remexeu desconfortável. Seus dedos começaram a roçar a pulseira de pedrinhas verdes e laranjas que estava em seu pulso.

Nunca parei para prestar atenção totalmente, mas agora que Henry estava sentado do meu lado, a iluminação boa, eu me lembrei que ele sempre usou aquela pulseira. Já faz mais de três anos.

Eu: Por isso você trata Andrew desse jeito?

Henry: Que jeito?

Eu: Henry, com todo respeito, não seja burro. - Repeti irônica. - Você age como um bastardo escroto com ele.

Henry: Andrew revida, então não conta.

Eu: O relacionamento de vocês é estranho.

Henry: É porque não temos um relacionamento.

Eu: Não foi isso que pareceu na primeira vez que eu vi vocês dois.

Henry: Dulce...

Eu: Juro que se você começar com o papinho de, com todo respeito. Eu faço você engolir seu próprio sangue. Junto com seus dentes.

Henry riu pela primeira vez parecendo verdadeiro.

Henry: Tudo bem. Troque de casaco comigo. - Não parecia um pedido. Ele tirou o próprio casaco e me entregou.

Eu: Por quê?

Henry: Anda logo, não tenho paciência.

Eu: Seu estúpido. - Troquei de casaco com Henry, a jaqueta dele também estava quente, então não me importei muito.

Henry vestiu o casaco de lã, enfiou a gola no nariz e inspirou o ar profundamente. Depois fez uma careta e me olhou parecendo horrorizado.

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