Há pouquíssimo tempo, eu havia retornado da escola e pretendia desmaiar - me. Realmente estava com muito sono, por culpa de não ter dormido bem na noite anterior.
E mesmo estando exausta, com as olheiras amostra, prestava atenção em minha casa.
Um lar belo e satisfatório de viver - se, mas em boa parte do tempo deixava - me triste, por causa da constante solidão que passara a sentir. Isto vinha claramente da profunda falta que meus pais faziam."Todo mundo precisa trabalhar, só que os meu pais exageravam muito. Por que passar até duas noites fora de casa?"
Suspirei um pouco e a minha mente voltou em focar a dormir. No meu caso tratava - se da tarde inteira. A noite anterior um pesadelo fizera uma festa, o que fez - me assustar. Somente não adivinhei que iria sonhar com a mesma coisa seguidamente.
"Tenho a esperança que vão parar logo. Sei que vai..."
No instante que preguei os olhos a perturbação iniciou com aquelas cenas terríveis do meu passado quase esquecível.
Eu permanecia no carro destruído após o acidente, lutando para me mover, pois queria chegar até meu amado irmão e salvá - lo. Enquanto fazia o possível, ele gritava por mim, e quanto mais gritava seu sangue espalhava - se pelo chão formando uma poça em torno dos seus braços esticados, e sua cabeça ferida. Aquela voz atordoava, e muito.
"É triste dizer que neste sonho ruim, o acontecimento pareceu pior"
Quando acordei, tive a sensação de que queria vomitar, mas não o fiz.
E também não quis contar aos meus pais o que havia "sonhado". Pareciam muito cansados na ocasião que chegaram."Pelo menos voltaram hoje, pensei"
Na manhã seguinte, acordei revigorada, entre aspas, vamos assim dizer. Pois as lembranças daquele pesadelo ainda não tinham ido embora.
E ainda por cima, cada vez que as imagens vinham a minha cabeça tinha impressão de estar naquele dia novamente.Fiz o possível para pensar em outras coisas, mas não funcionava.
Na escola, não conseguia me concentrar nas aulas. As vozes de todos ao meu redor, parecia um murmúrio. E minha cabeça doía, mesmo que fosse um pouco.
Ainda bem, que havia alguém que sempre percebia como sentia - me.Ele chama - se Miguel. Nas várias vezes que precisei da sua ajuda, não negou apoio para mim. Infelizmente devo acrescentar que gostaria que não fosse somente amizade da parte dele...
Naquele dia, ele percebeu que algo estava errado comigo, e por isso veio até mim perguntar se encontrava - me bem, como geralmente fez em todos os nossos anos de amizade. E obviamente apenas respondi que havia tido um pesadelo.
" Talvez fui muito direta"
Ao dizer isso, ele insistiu que contasse para ele. Eu não queria, mas se não contasse aquilo, iria vir a ser o assunto da semana entre nós dois. Por isso não escondi as palavras, e desabafei.
— Eu... Sonhei com meu irmão que morreu. – falei um pouco mais relutante.
— O que foi que viu? - disse diretamente como geralmente fazia. Enquanto olhava nos fundos dos meus olhos com atenção."O Miguel pareceu preocupar - se de verdade outra vez.."
— No sonho pude ver ele todo ensanguentado do lado de fora do carro, pedindo ajuda. - eu estava quase chorando enquanto falava.
— Então sonhou com o acidente?
— É, sim...Foi assustador, ele gritava meu nome mas eu não podia fazer nada. Meu corpo não se movia. Eu não consegui chegar até ele.
— Pensei que seu trauma havia passado. - falou com uma voz de preocupação.
— Eu também. Não contei para meus pais ainda.
— Deve achar uma oportunidade. Não é de agora, que vem tendo esses tipos de "sonhos".
— Gostaria de poder voltar naquele dia e morrer no lugar dele.
— Hanna, não diga isso.
— Foi mal, mas se eu pudesse o faria.Depois que disse isso, Miguel se levantou da cadeira a minha frente e me abraçou.
" Fofo como sempre. Claro que ele não é o único assim"
— Por que está me abraçando?
— Você merece e precisa.Nossa amiga vendo a cena veio em nossa direção...
— O que aconteceu para estarem se abraçando?
— Nós vamos ver um filme na minha casa hoje, quer vir?
— Tudo bem.
— Te mando mensagem do horário depois.Falei isso porque não queria comentar sobre aquilo, mais uma vez. Ainda mais para ela, que era muito sensível.
— Nós vamos ver um filme na sua casa?
— O que?
— Hanna... - Miguel falou meu nome com grande entonação, nesse momento.
— Desculpa, mas foi o que veio a minha cabeça na hora. Você vai ir, certo?
— Vou.
— Só vai porque a Mirella também vai não é?
— Eu gosto dela, mas hoje estarei lá por você.
— Hum... - respondi com um leve sorriso fechado."Ele não fazia ideia de como aquelas palavras me deixavam feliz.
Eu gostava dele, mas nunca poderia ser correspondida.
Ele amava a minha amiga e não eu, superar esse amor que sinto é a melhor opção"
Ao entardecer foram a minha casa, e nós assistimos vários filmes juntos. Me diverti muito, como outras tantas vezes.
Miguel foi embora mais cedo, mas a Mirella ficou comigo.
Ela ía pousar na minha casa.
E eu estava torcendo para não ter nenhum pesadelo de novo, ainda mais com meu irmão. Era traumatizante.No fim resolvi não contar aos meus pais sobre o pesadelo, convenci - me que seria ruim falar com eles sobre o acidente. Era uma memória muito dolorosa.
Na noite mais tarde, meus pais ligaram no meu celular, avisando que não iriam voltar para casa, passariam o tempo no trabalho. Não foi surpreendente a notícia, apenas respondi então que tivessem uma boa noite.
Eu e Mirella nos divertimos muito, não foi tão ruim no fim das contas meus pais não terem vindo para casa. Eles não deixariam nós ficarmos acordadas até tarde.
Felizmente tudo terminou bem. E eu dormi tranquilamente.
Autora: - agradeço por ter lido! ✨
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