Mal-entendidos

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Notas: Não sou muito de falar por notas por aqui, já que não tem um campo especifico.  Mas achei que desta vez deveria dar a informação: Eu alterei um detalhe da historia, é algo pequeno que não faz diferença para o enredo, mas evitaria que eu tivesse futuras dores de cabeça. No Spirit eu já fiz a alteração, aqui ainda irei fazer: Tanjirou começa a historia não mais com 17 anos, e sim com 18. Exceto Inosuke e Genya que já tem 18 também, os demais personagens irão completar no decorrer da fic.

Segundo: MANO, não acredito que consegui escrever 20 capítulos de uma fanfic. Logo eu, a escritora de one-shots. Eu fui malvada no capitulo passado terminando daquela forma e resolvi presenteá-los com um capitulo mais rápido que o costume. Espero que gostem, pois são 4k de palavras de puro GiyuTan. Nosso shipp principal merece, não é mesmo?

Boa leitura


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Sem palavras, era exatamente assim que Tanjirou estava. Sua boca abria e fechava e não conseguia palavras para alguma desculpa decente. Aquilo seria a última coisa que espera encontrar: O professor de história, Rengoku Kyojuro, saindo da casa do professor de literatura, Tomioka Giyuu.

Não conseguia raciocinar direito, a raiva subiu a cabeça, mas não poderia começar uma briga ali, também não era uma pessoa violenta para recorrer a um nível tão baixo. Por isso, vestiu o melhor sorriso que conseguiu, o mais falso.

— Está tudo bem? Kamado-san? — Perguntou Rengoku, com um quê de preocupação.

— Ah, sim, desculpe Rengoku-sensei. — Respondeu calmamente, precisou morder a bochecha interna e cerrar os punhos para se acalmar um pouco.

— Então... o que veio fazer aqui? — Tornou a perguntar, alternando o olhar entre o aluno e Tomioka, que não parecia muito tranquilo com aquela situação.

— Eu vim aqui entregar algumas atividades do clube de literatura, um dos alunos está doente e não pôde entregar semana passada.

Tanjirou nunca foi um bom mentiroso, mas, conforme o tempo passava ao lado de Tomioka, estava aprendendo a ser minimamente convincente. Claro, se fosse alguém com o mínimo de malícia, pegaria a mentira facilmente, mas, se tratando de Kyojuro, uma pessoa que não via tanta maldade assim nas pessoas, sempre procurando pensar o melhor de todos, não percebeu a mentira deslavada.

— Isso mesmo. — Tomioka confirmou. — Obrigado por ser tão prestativo, Kamado-san.

— Por nada, Tomioka-sensei. — Agradeceu, abrindo a mochila e tirando seu caderno de lá, como se fosse realmente entregar alguma coisa ao professor.

— Continue assim, jovem! — Rengoku elogiou todo empolgado, gargalhando alto, enquanto Giyuu fitava Tanjirou preocupado, e o ruivo sorria mascarando seu ódio interno. — Bem, eu já vou indo.

Kyojuro tocou no ombro do colega de trabalho, ato que chamou a atenção de Tanjirou, então sorriu para ele amavelmente, abraçando Giyuu forte, sendo retribuído igualmente. Rengoku ajeitou a pasta que carregava com os matérias da escola, e tocou o topo da cabeça do aluno, sorrindo com o largo sorriso mais brilhante que possuía.

— Até mais. — Disse, dando uma última olhada em professor e aluno, e seguindo adiante, onde estava seu carro.

Eles esperaram em silêncio até que o automóvel desaparecesse para começarem os questionamentos. Giyuu soltou um suspiro aliviado, para logo lançar um olhar em busca de respostas, alguma razão ou desculpa plausível no rosto do Kanado, para ele ter ido até sua casa sem avisá-lo, porém, seu olhar também carregava um quê de preocupação, tanto por ele estar lá depois do que aconteceu entre eles, quanto por Rengoku ter presenciado tudo.

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