(1942 palavras)
Aquela energia que vinha dos céus saturava, corrompia e desfazia toda a terra ao redor da barreira. Nas profundezas da montanha, o sangue do escolhido banhado pela constante luz da lua, se espalhava por completo, tomando todo o interior da ilha. Os cristais consumiam aquela energia e brilhavam como minúsculos reservatórios, seu brilho era hipnotizante, além de um zumbido surdo que tomava todo o ambiente.
A Cerbeva, ainda brilhava protegendo e ocultando de todos, o que acontecia ao redor. Contudo, as entranhas de Em'zo se dobravam, seus instintos gritava que havia algo errado. O suor descia sem controle de seu rosto, cada grito, sussurro ou batida lhe tirava a paz, buscava com todo afinco descobrir o que estava para acontecer, mas não havia mais o que se pudesse fazer.
Do lado de fora, o fluxo de energia começava a se esvair e ao cessar, Cerbeva deixou seu brilho e revelou a belíssima noite e a poderosa descomunal Lua. A salvos dela, todos começaram a festejar. Entretanto, a Lua lá do alto se achegava ao seu presunçoso e desmerecido trono no meio do céu. Ela olhou para baixo e seu sorriso dizia:
– Está feito! – A luz da lua esgueirou-se pelas ranhuras de Vulcano, até chegar nos cristais que tanto zelava.
Sua luz os energizou ainda mais. Como se forçando sua absorção. Em ínfimos instantes, os cristais se partiram e joraram fora toda energia que coletou, causando diversas explosões descomunais, que devastariam nações. Parecia que o próprio Vulcano clamava enfurecido.
Sua fúria engolia tudo em sua frente, consumindo a terra deixando para trás apenas pó e um odor de carvão e enxofre. A luz da lua concentrava a energia da onda em um pequeno feixe de cor verde. Ela lançou essa descarga contra o istmo que a ligava ao deserto de Si, criando um canal entre eles, e destruiu a base da península abaixo do mar, eles foram recortados como um desenho, tão minuciosamente que a terra mal se mexeu.
A terra simplesmente evaporou, era como se fosse um papel molhado, a areia virava vidro, a água evaporava e as rochas derretiam sendo engolidas pelo mar amedrontado — Mas tarde essa descarga elétrica ficou conhecida como Eletromotrix.
Enquanto o mundo era despedaçado e reconstruido, havia festa e comilança, alegria e bebedeira dentro da Cerbeva. Ninguém fazia ideia do caos exterior.
A Lua, cansada de apenas assistir, desceu da sua poltrona confortável e convocou seus súditos, o vento voraz do oeste e as nuvens tempestuosas do nor-nordeste. Os céus se fecharam, fazendo cair chuva ácida e atiraram raios para dentro da montanha, atormentando-a.
Furiosa, ao invés de sangrar fogo, ela explodiu, lançando uma onda maciça de energia, que desligou a barreira imediatamente, contudo, quase que instantaneamente, religou na força máxima, as torres de conversão se acenderam dramaticamente, era tanta luz que davs ate para saboreá-la.Parte daquela energia cuspida da montanha, invisível aos olhos, marinava os corpos das pessoas, preparando-as. Enquanto a outra parte daquela energia passava limpando e queimando o resto da terra ao redor, purificando-a.
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O fim dos meios
Ficción GeneralEm um universo onde a paz reinava suprema, um Ser misterioso emerge das sombras, ameaçando a estabilidade de todos os reinos. No entanto, sua ascensão parece seguir um padrão conhecido, como se fosse um capítulo previsto na história do universo. Des...