Essa noite foi muito interessante. Fazia muito tempo que não saía da rotina, conhecia pessoas novas e me divertia no fim da noite. Mandei mensagem para Margô avisando que estou chegando, ela preferiu ficar na minha casa essa noite. Já eu, bom, vocês já sabem.
- Tem certeza que quer ir me deixar em casa? Eu posso ir sozinha. Pergunto amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo.
- Não será incômodo nenhum, é caminho para o meu trabalho pelo que você falou.
- Beleza, então vamos pra você não se atrasar. Falo enquanto pego minha bolsa. Que ressaca desgraçada, vou tomar um café no caminho para ver se desperto um pouco. Saímos do apartamento e vamos para o elevador, ele aperta o botão do térreo.
- Essa noite foi... simplesmente incrível.
Tomaz fala sorrindo e me puxando pela cintura. Ele me beija, um beijo rápido e refrescante com gosto de hortelã.
- Sim, foi uma noite bem legal.
Enfim chegamos ao térreo, vamos para o carro dele na garagem e saímos. A caminho de casa ficamos em silêncio, só ouvindo a música e as notícias no rádio do carro. Chegando em casa, ele para o carro e desliga.
- Então é isso. Sua casa é muito bonita.
- Obrigada.
- Você não me deu seu número ainda. Ele fala levantando uma sombracelha e estendendo o celular.
- Você não pediu meu número ainda.
Levanto a sobrancelha também. Em sinal de competição. Nós sorrimos e eu escrevo meu número.
- Mas falando sério, nos veremos de novo? Tomaz pergunta olhando pra o relógio.
- Sim, claro. Agora eu preciso ir, porque se não me atraso. Tchau.
- Tchau.
Desço do carro e quando vou abrindo a porta, escuto seu carro sair devagar. A primeira cara que vejo é da Margô com um sorriso enorme.
- Não, nem vem, tenho que me arrumar para não me atrasar.
- Eu já fiz café e assei umas torradas. Posso dividir com muita pena.
Ela fala e não fechou o sorriso ainda.
- Porque está tão feliz? Pergunto já vestindo meu terninho, dessa vez um rosa, com uma blusa branca por dentro.
- Porque finalmente vi você seguindo sua vida de um jeito mais quente. Não só no trabalho. Mas ainda não estou completamente feliz, quero detalhes.
- Bom, no caminho te conto. Ainda temos que buscar meu carro.
- Então temos todo tempo do mundo antes do trabalho.
- Primeiro vamos tomar um café bem rápido.
- Tá.
Enquanto merendo, fico lembrando dos momentos dessa noite, do início à hoje pela manhã. Desde aquele encontro no banheiro com Adam, até Tomaz me pegando no braço e me pressionando contra a parede do seu quarto.
- Vamos, o uber chegou. Margô fala me tirando do tranze.
- Só vou pegar minha bolsa. Corro, tranco a casa e entro no carro. Estamos indo buscar meu carro no bar. Ao chegar lá, entramos no carro e ela perturba por detalhes.
- Tá certo, assim que te deixamos em casa...Na noite anterior...
Passamos na minha casa, deixamos a Margô, troquei de roupa, mudei para um vestido mas confortável, mais folgado e fomos ao apartamento dele.
- Qual andar é o seu? Pergunto sorrindo.
- O sétimo. Ele responde enquanto as portas fecham. Tomaz me pega pela cintura, me puxa até me colar ao corpo dele. E me beija ardentemente, sinto o interior da sua boca quente, sua língua se envolvendo com a minha. Uma sensação quente corre pelo corpo. Ele coloca a outra mão nas minhas costas e vai passando as unhas, o que infelizmente me lembra o Erick.
Chegamos ao quarto dele e agora me sinto um pouco mal, como se estivesse usando ele. Peço um pouco de água e começo a repassar na minha cabeça o porque de eu estar aqui, solteira e fazendo uma coisa pra mim, pensando em mim, tenho que afastar ele dos pensamentos, já!
Eu me deito na cama enorme e macia dele, logo em seguida ele aparece na porta sem blusa, que pecado. Meu Deus!!!Hoje...
Chegamos a empresa e estamos uns minutos atrasadas.
- Eu tô adorando sua narração de pensamentos, mas quero mais.
Margô fala cada vez mais entusiasmada, ela me alegra com esse jeito louco dela.
- No almoço de conto, temos que correr para o escritório. Se não já sabe, carão dos chefes! Nos separamos e fomos trabalhar, na hora do almoço vamos para um restaurante/refeitório que fica de frente com a empresa, e volto para a história.Na noite anterior...
Bebo a água enquanto ele se senta na beira da cama. Coloco o copo no criado mudo. Levanto e coloco meu celular numa poltrona no canto do quarto, quando me viro ele está na minha frente. Ele coloca meu cabelo atrás de uma orelha delicadamente e me beija lentamente. O ritmo do beijo aumenta e quando dou por mim, estou tirando o vestido e o salto, ele me pressionando contra a parede. Coloco minhas pernas ao redor da sua cintura e posso sentir o seu volume rígido contra minha parte. Ele me segura pela bunda, para de beijar minha boca e começa a dar beijos rapidamente no meu pescoço, seguidos por mordidas leves, eu fico de olhos fechados e puxo um pouco seu cabelo macio e leve. Sinto meu corpo todo arrepiar, estamos suando e seu corpo é bem quente. Ele me olha com aqueles olhos azuis e me sinto desejada.
Tomaz me leva para a cama onde me joga e vem beijando meus pés e vai subindo, beija minhas coxas e subindo, pressiona os lábios contra a minha calcinha, dando beijos mais demorados uns segundos e sobe mais um pouco. Vai mordendo minha barriga até chegar novamente a minha boca. Onde me beija com vontade, eu passo minhas mãos nas suas costas, sentindo os músculos por cada centimento.Hoje...
- Eloá, desculpa interromper. Mas você realmente lembrou do Erick?
- Pior que sim. Não sei, foi do nada e sem lógica. Mas eu te juro depois esqueci completamente. Foi só um lapso momentâneo, já que fazia tempo que não fazia isso com mais ninguém.
- Bom, isso é ótimo então. Mas você acha que pode rolar alguma coisa mais pra frente? Sei lá, vocês saírem sozinhos? Ou sei lá, ficarem de novo?
- Acho que não, eu não quero nada agora. Sair mais de uma vez conscientemente, é o mesmo que começar a criar expectativas aos poucos. Prefiro ficar na minha, de vela pra você e o Lucas.
- Sim, tava exatamente pensando em te chamar pra jantar com a gente amanhã.
- Eu até queria ir, mas já combinei com meus pais...
- Nossa, você vai contar sobre a loja amanhã? Você tem certeza que não quer que eu vá junto?
- Eu tô bem. Se eu te levar juntos, vão usar isso pra dizer que eu não consigo nem falar sozinha, imagina comandar um negócio.
- Está bem, mas não acha que eles vão surtar no restaurante e fazer uma cena? Ela fala e pede a conta.
- É por isso que marquei em um restaurante. Para evitar esses tipos de costrangimentos, eles não vão passar essa vergonha em público. Pelo menos eu espero.
Pagamos a conta e voltamos para o trabalho. Finalmente a Margô esqueceu um pouco de ontem, ela ia querer detalhes mínimos, se foi bom, quanto tempo durou, se eu cheguei lá e reticências.
Quando saio do trabalho, percebo que dormir menos de 3 horas não foi uma boa idéia, estou destruída. Preciso tomar um banho e dormir, por muitas horas pra compensar. E foi isso que eu fiz.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Eloá
RomanceAdam é um homem que lutou para ter tudo o que conquistou, educado, inteligente e ótimo nos negócios. Não tem tanta experiência com amor, na verdade nenhuma, por enquanto. Eloá é uma mulher linda, inteligente, apaixonada por moda, sonha em lançar sua...