Capítulo: 11

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**POV AUSTIN MAHONE**

A manhã na cabana era fria e silenciosa, com o som ocasional de folhas sussurrando ao vento. Eu me sentei ao lado da cama de Lauren, observando seu rosto pálido e ainda marcado pela dor. Cada respiração dela parecia um esforço, e eu me sentia impotente, angustiado pela inatividade forçada. Já havia passado uma semana desde que chegamos à casa das bruxas vermelhas, e a expectativa estava começando a corroer meu ânimo.

- Não achas que ela está demorando a acordar? - Minha voz estava carregada de desespero, refletindo a crescente preocupação. Lauren ainda estava inconsciente, soltando pequenos resmungos enquanto a noite caía.

Normani, com sua presença reconfortante, entrou no quarto. Seus olhos, sempre gentis, estavam fixos na forma de Lauren. Ela tocou a testa de Lauren, seu toque era suave, mas sua expressão mostrava uma inquietação semelhante à minha.

- Ela vai acordar amanhã. - Normani falou com calma, tentando aliviar a tensão no ar. - Sugiro que a leve de volta para casa, será mais agradável para ela acordar lá.

Seu sorriso acolhedor não conseguiu dissipar completamente minha preocupação, mas me ofereceu um fio de esperança. Essas mulheres, com sua conexão mágica e habilidades impressionantes, haviam se mostrado extremamente prestativas. Eu estava começando a valorizar a amizade que estava crescendo com Karla Camila, uma bruxa cujo conhecimento e habilidades eram verdadeiramente fascinantes. Seu ensino sobre a cultura de sua família e os segredos das artes mágicas me davam uma nova perspectiva sobre o mundo dos bruxos.

Na verdade, isso estava me inspirando. Estou planejando escrever um livro sobre as várias facetas da bruxaria, explorando não apenas as práticas e crenças tradicionais, mas também aqueles seres lendários que têm sido parte das histórias humanas desde tempos imemoriais. A ideia de descobrir unicórnios ou tribos de trolls pode parecer um pouco fantasiosa, mas eu acredito que, se existimos, talvez eles também existam. A busca pelo desconhecido é o que torna a vida interessante.

- Arrumarei nossas coisas para partir. - Normani afirmou com um aceno de cabeça, saindo para começar a preparar nossa partida.

Enquanto ela organizava tudo, eu peguei o corpo de Lauren com extremo cuidado e a coloquei no banco de trás do carro, tentando evitar qualquer movimento brusco que pudesse piorar sua condição. Camila se aproximou, sua presença serena era um contraste com a inquietação que eu sentia.

- Que foi? - Ela perguntou, arqueando as sobrancelhas em uma expressão de curiosidade.

- Não vai me contar mesmo o teu papel na vida dela? - Eu perguntei, apoiando a cabeça no cotovelo para olhar para ela com um interesse genuíno.

- Não há nada de mais. - Ela deu de ombros, mantendo um tom casual.

- Sério? Sua falta de senso é agradável. - Eu a desafiei, tentando provocar uma resposta mais substancial.

- Hey! - Ela me deu um tapa amigável. - Eu tenho senso, okay? É só uma longa história que não seria nada agradável te contar agora. É menos preguiçoso te contar quando for a hora dela saber. - Ela sorriu, piscando o olho de maneira enigmática.

- Bah, conta outra! - Impliquei, ciente de que ela estava escondendo algo importante. - Eu sei que tem coisa séria rolando. Você não se daria esse trabalho todo para esquematizar um crime e atrair ela para cá, afinal, você poderia ter ido até ela sem problemas ou chatices e tal.

- Pra um bruxo, você tem uma ótima linha de visão. - Camila respondeu, lançando uma alfinetada que eu apenas sorri.

- E para uma bruxa da perversidade, você está muito sentimentalista. - Retribuí, alfinetando de volta.

Ela abriu a boca em descrença, acertando-me com uma série de tapas leves, o que me fez rir.

- Vaza logo daqui antes que eu te transforme em uma borboleta. - Ela ameaçou, seu tom brincalhão ainda escondendo uma faísca de seriedade.

- Vai te fuder! - Acelerei o carro, ainda dando dedo para ela. Ouvi sua gargalhada ecoar enquanto me afastava, e eu não pude deixar de sorrir também. A intimidade cria uma dinâmica interessante, não importa quão estranha seja.

Ao ligar o rádio do carro, me deparei com uma seleção surpreendente de músicas. Era uma mistura de Beyoncé, Britney Spears e outros artistas pop, algo que parecia completamente fora de contexto para a situação. A música me ajudou a descontrair um pouco e a levantar o ânimo.

- Ex's and the oh, oh, oh's they haunt me
Like gho-o-osts, they want me to make em all, all, all
They won't let go
Ex's and oh's - Gritei o refrão, tentando acompanhar a batida com todo o pulmão que tinha. - One, two, three, they gonna run back to me
'Cause I'm the best baby that they never gotta keep
One, two, three, they gonna run back to me
They always wanna come, but they never wanna to leave.

Mesmo tentando cantar com entusiasmo, a minha habilidade vocal não estava exatamente à altura. A sensação de desconforto era real, mas eu me divertia com a situação.

Assim que parei o carro diante da trilha que levava à floresta, uma sensação de mal pressentimento se alastrou por mim. Meus sentidos estavam em alerta máximo, e eu sussurrei uma magia de revelação em Laosiano, uma língua antiga que eu havia aprendido em minhas viagens.

- Antalai poedphoeny tuaoeng! - Sussurrei, esperando que qualquer ameaça fosse revelada.

Uma rajada de vento frio atravessou o ambiente, fazendo meus cabelos se erguerem e um arrepio percorrer minha espinha.

Fui até o banco de trás para pegar Lauren, e a caminhada até o chalé foi silenciosa e angustiante. A floresta parecia ter vida própria, cada sombra e som parecia se transformar em uma ameaça. A sensação de que Vedoromal poderia retornar a qualquer momento me fazia sentir um peso no peito. Eu precisava preparar um feitiço de proteção em torno do chalé, e teria que contar com a ajuda das bruxas vermelhas para garantir que o local estivesse seguro.

Finalmente, cheguei ao chalé, onde Lauren foi cuidadosamente colocada em sua cama no sótão. Fiz o possível para deixá-la confortável, certificando-me de que seus ferimentos fossem tratados da melhor maneira possível. Camila havia me dado instruções sobre como preparar um remédio de ervas e suco de cactos, que ajudariam na recuperação de Lauren.

Enquanto eu esperava que ela acordasse, a sensação de preocupação e impotência continuava a me consumir. Esperava que, ao despertar, Lauren não ficasse desanimada ao ver a perna imobilizada e os danos que havia sofrido. Ela precisava de tempo e de cuidados para se recuperar, e eu estava determinado a garantir que ela tivesse tudo o que precisasse para voltar ao seu melhor.

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