- E quem é você? - perguntou ele com os punhos cerrados- me perdoem, meu nome é Edmundo - ele levantou e andou pela sala enquanto falava - eu venho observando o seu pai a algum tempo, mas quando eu soube da sua vinda pensei que seria o momento e a estratégia perfeito para conseguir dinheiro. Tenho certeza que ele fará qualquer coisa pelo seu preciso filho, não é mesmo Sr.Bennett ?
Todos ficaram quietos, até eu falar.
- se você quer tanto o dinheiro dele - falei um pouco trêmula- então porque ainda me mantém presa? eu prometo que não contarei nada do que vi
Edmundo me encarou com um sorriso no rosto
- nós escreveremos uma carta para o pai dele com o valor do resgate, enquanto você... caso o seu resgate não valha a pena - ele olhou para o meu corpo, me fazendo sentir exposta - meus homens ficariam feliz em se divertir um pouco
- seu patife!! - o nobre ao meu lado se levantou, mas foi contido pelos capangas de Edmundo - meu pai é muito mais esperto do que você pensa! Ele encontrar um jeito de nos tirar daqui.
- pode ser, mas hoje vocês ficaram sem comer pelo resto do dia - Edmundo já estava de saída quando se virou - irei procurar mais informações sobre você, moça, talvez eu não tenha tido tanto azar assim. - e se foi junto com os seus homens.
Fiquei sem reação.
Eu ainda estava digerindo tudo o que ouvi.
O que eu vou fazer?
Como vou sair daqui?- então... - comecei - você é mesmo o Sr.Bennett?
Ele pareceu ter sido despertado de um amontoado de pensamentos, se virou devagar.
- sim, meu pai é o duque Bennett, e a Senhorita? Como se chama?
Onde é que fui me meter, senhor?
- Pra você é srta. Carter - resmunguei com raiva
se não fosse por causa dele... se eu não tivesse... Ah
- eu não esperaria menos que isso - falou com um pequeno sorriso tentando aliviar o clima pasado entre nós - então, conta-me mais sobre você srta.Carter
Ah, mas nem morta!
Cruzei os braços e olhei para um ponto fixo na parede
- a senhorita tem irmãos?
Olhei para o meu vestido (arruinado) e alisei o tecido
- tudo bem, já entendi que está culpando por isso, - ele apontou para a porta em que Edmundo saira - mas pra sua informação eu não pedi a sua ajuda, nem...- ele se levantou e tirou o blazer - gritei pelo seu nome... - em seguida tirou a gravata
- o que você está fazendo?! - perguntei sentindo meu rosto queimar
Ele me ignorou, abriu os botões da manga da camisa e o drobou até o cotovelo.
Ótimo! Além de libertino, ele é surdo
- ...então eu não tenho culpa se você está em perigo
- tudo bem! Você esta certo, eu deveria ter o deixado morrer enquanto tive chance
Ele abriu os três primeiros botões da camisa
- eles não iriam me matar já que precisam de mim para ganhar dinheiro, além disso eu estava indo muito bem até você chegar
- Ah claro, isso com certeza explica o galo na sua cabeça! E pode, por favor, vestir seu blazer! Não quero que minha última lembrança antes de morrer seja de você... você...
Do jeito que veio ao mundo
Gesticulei meus braços em direção a ele, sem dizer o que o que eu acabara de pensar
- ah - debochou - lamento estar violando as regras de etiqueta, mas aqui tá um calor do inferno!
Estava mesmo, meu pescoço estava molhado de suor e a camisa dele estava grudado em suas costas e revelando seus músculos...
Balancei a cabeça
Pensei em brigar com ele, mas tudo o que consegui dizer foi...
- libertino idiota
E assim continuamos até anoitecer, brigavamos e eu andava da janela até o sofá. A sala era ampla, decorado por um papel de parede azul mofado, não havia muitos móveis e durante todo esse tempo nenhum dos homens de Edmundo, nem o próprio Edmundo, abriram a porta.
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Alguém que me transborde (Em andamento)
RomanceDepois de testemunhar um sequestro e ser levada como refém, Olívia Carter terá que aguentar alguns dias na companhia do insurpotavel (e charmoso) Duque Bennett e entenderá que o amor pode ser muito mais praseroso do aqueles que estão em seus livros ...