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5 anos depois.
Los Angeles, Califórnia.

Me digam que eu não sou a única idiota que existe que já quase morreu atropelada porque se distraiu ao andar na rua.

— Cuidado por onde anda, vadia! — Grita o motorista do Audi A4 que quase bateu em mim, logo antes de enfiar o pé no acelerador e sumir pela rua.

Reviro os olhos.

Eu sempre vou me surpreender com a simpatia dos californianos.

Me mudei para Los Angeles quando eu tinha 18 anos para investir na minha carreira de modelo, aqui a estrela das pessoas brilha. Nunca me arrependi de ter deixado Dallas, mas às vezes sinto saudade do povo acolhedor de lá.

Atravesso a rua em direção a casa em que moro com mais duas amigas, ambas também seguem a carreira de modelo. Ao chegar no jardim, percebo pessoas paradas na soleira, mas não consigo identificar quem são até chegar no primeiro degrau da escadinha que fica em frente a porta.


— Hey, perdedores! — Exclamo, extasiada, ao ver alguns amigos que não via há, pelo menos, dois meses. Os cinco rapazes se viram para mim e um deles, o moreno mais baixo, diz:


— Se eu soubesse que você estaria em casa teria recusado o convite da Syd.

— Vem cá, Zach. Também senti a sua falta. — Falo, ao me aproximar e deixo a sacola com cervejas que eu seguro no chão para abraçá-lo.

— É bom te ver, estranha. — O loiro com cabelos encaracolados, Jack, diz ao que passo a abraçá-lo após soltar Zach.

Me vejo ansiosa para o próximo abraço. Meu estômago revira um pouco e meus olhos se enchem de lágrimas, porém finjo que está tudo bem e prossigo.

— Oi. — E só isso é o suficiente para me fazer abraçá-lo com força. Eu senti falta da voz dele. — Ei, você vai me esmagar. — Diz Corbyn, meu melhor amigo.

— Cala a boca e aceita o meu amor. — Ao desfazer o abraço, ficamos sorrindo um para o outro por alguns segundos, até que volto a minha atenção para os outros dois garotos ao seu lado, os quais eu sei quem são mas nunca tive o prazer de conhecer pessoalmente.

— Hey, eu sou o Jonah. — O moreno alto diz, com um sorriso simpático.

— Daniel. — Diz o seguinte, um loiro com os olhos mais lindos que eu já vi na vida.

— É bom finalmente conhecer vocês. - Sorrio em cumprimento. — Vamos entrar? Essa cerveja não vai gelar sozinha. — Pego novamente a sacola e passo pelos meninos, ao que tiro o molho de chaves do bolso e abro a porta. Sinto Corbyn se aproximar e pegar a sacola da minha mão, o mesmo me lança um olhar cúmplice.

Ao entrar em casa, ouço de longe a voz de Sydney, uma das minhas housemates, cantando Man Down, da Rihanna.

— Syd, os meninos chegaram! — Grito e poucos segundos depois vejo a garota brotar pelo caminho que dá até a cozinha com um sorriso enorme no rosto. Ela vem até nós e cumprimenta os meninos, depois dá boas vindas aos que não conhecia também.

𝒄𝒍𝒊𝒄𝒉𝒆 ↺ corbyn bessonOnde histórias criam vida. Descubra agora