prologue.

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“𝑺𝒆 𝒂𝒔 𝒑𝒐𝒓𝒕𝒂𝒔 𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒑𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒇𝒐𝒔𝒔𝒆𝒎 𝒑𝒖𝒓𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒅𝒂𝒔, 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒔𝒆 𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒂𝒐 𝒉𝒐𝒎𝒆𝒎 𝒕𝒂𝒍 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒆́, 𝑰𝒏𝒇𝒊𝒏𝒊𝒕𝒐.”

Há muito tempo atrás, haviam dois reinos, ou bom, pelo menos tinha-se a ideia de que existiam esses reinos. Eram eles, céu e inferno, ambos superpotências, eles tinham reis muito severos e uma importância que era de se impressionar.
O rei do inferno, era conhecido por Kim Taehyung; reconhecido por vencer muitas guerras, e ter cabeças como troféus nos corredores de seu palácio, mas quem já visitou-o, disse que são só metáforas para deixar as pessoas com medo, e se ele realmente tiver, estão bem escondidas, e longe do tão amado público. Taehyung a princípio era visto como malvado, um monstro horrendo, que tinha chifres e um rabo esquisito, mas muito pelo contrário, ele era bonito, alto, e conseguia encantar as pessoas com somente um olhar.. como já diz um velho ditado, o mal é tentador, tão tentador, que atraía até, quem mais tentava resistir a isso.
Algumas lendas dizem, que os reis – do inferno, e do céu – já tiveram um relacionamento, que era extremamente secreto, porquê nos céus, era visto como um pecado se relacionar com alguém do inferno, seja homem ou mulher, mesmo que isso acontecesse com frequência no inferno, vários anjos iam em segredo se relacionar com demônios, porque tinham em mente que eles eram mais habilidosos na cama, e até mesmo nas pequenas coisas como beijos e pegadas brutas. Não se sabe ao certo o motivo da separação, e porque de não terem formado um reino só na época que estavam possivelmente juntos. Dessa forma, se tiver planos para visitar o inferno algum dia, não ouse de forma alguma, falar algo relacionado a isso com o rei por perto. você pode acabar sendo morto, e com a cabeça pregada nas paredes do palácio.

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alguns anos atrás

– Nós temos que parar de nos encontrar. Isso é errado – o de cabelos castanhos escuros disse.

– É errado, mas você gosta – disse o Kim, dedilhando a cintura alheia.

– Mas Taehyung você sabe muito bem que nossos reinos são opostos. Se souberem que estamos nos encontrando irão nos matar, ou sabe o que mais iriam fazer – suspirou entristecido. – Eu.. não sei se posso mais fazer isso.

– Jungkook você deveria parar de pensar nisso. Podemos falar de outras coisas como... unir ambos reinos, o que acha?

– Lá vem você com esse papo de novo. Você sabe muito bem que eu nem sou rei direito, o trono está vazio, esperando um dos sucessores do meu pai tomar o lugar.

– Eu confio em você, e eu tenho certeza que irá assumir o trono. Veja como seria perfeito, nós dois como reis – Taehyung disse, colocando o rosto na curvatura do pescoço do outro, podendo sentir o cheiro marcante de flores recém retiradas do solo, juntamente com um fraco toque de vinho branco. Para resumir tudo isso, ele tinha cheiro de primavera, noites de primavera. – Nós dois dormindo em uma só cama para sempre. Eu teria e seria dono desse corpo todos os dias da minha vida. Vamos lá amor.. diga que quer unir os reinos.

O Jeon não resistia, é claro. O tom e as ações de Taehyung se tornavam incrivelmente tentadoras, mesmo se estivesse falando de unir os reinos, que para Jungkook, era algo que o incomodava.

– Taehyung – disse em tom de voz baixo, rápido e curto, sentindo as mãos lhe tocarem as coxas alvas, igualmente ao restante da pele. – Você sabe tanto quanto eu que o sexo é maravilhoso, que eu amo cada momento que nós passamos juntos... Mas. – aquele mas era sem dúvidas, algo que assustava o Kim.

– Silêncio – Taehyung disse, deslizando os dedos pelos lábios do Jeon, com delicadeza. – Você sabe que eu não gosto de "mas". Nunca é algo bom. E toda vez que você fala esse "mas" você se veste, e vai embora, como se nada tivesse acontecido, e vai levando consigo uma parte minha que precisa de você.

– É porque todas as vezes é a mesma coisa, eu não posso ter certeza de tudo Taehyung, eu não posso simplesmente chegar lá no meu pai, e falar a ele que quero assumir o trono para poder unir os reinos – disse, enraivecido, sentindo a voz falha, consumida pelo choro. Ele sabia o que tinha que fazer, sabia que nunca iria se perdoar, e sabia que iria estar fazendo algo horrível. – Eu só.. não gosto de falar sobre isso.

– Ei, calma, não precisa ficar assim okay? – Percebendo aonde aquilo estava levando, resolveu encerrar aquele assunto, dando início a um beijo meio torto e sem jeito.

Ambos lábios se tocavam de uma maneira graciosa, se encaixando perfeitamente. Taehyung fazia aquilo como um experiente. Deixou uma mordida fraca nos lábios alheios, enquanto segurava a cintura alheia com firmeza.

Jungkook apenas aproveitava as mãos do outro percorrendo seu corpo, sabendo que não poderia mais demorar a fazer aquilo. Estava deixando a sede de poder o consumir. Não iria aguentar por muito tempo aquela farsa. Deixou as lágrimas saírem, finalmente, por não suportar engolir aquilo toda santa vez que beijasse o Kim. As lágrimas salgadas uniram-se ao beijo, mesmo que não tivesse nada explícito que tivesse feito o Jeon chorar.

– Taehyung – disse, se afastando e ficando de pé, enquanto passava as mãos nos lábios, na intenção de limpá-los. – Saiba que, isso vai doer mais em mim, do que em você. Mas eu preciso fazer isso, eu tenho que fazer isso, mesmo eu não querendo. Eu tenho que honrar o meu povo, tenho que ser o rei. Eu sinceramente não achei que fosse me apegar a você dessa forma. Era pra ser uma tarefa simples, desde o começo. Não estava planejado que nós dormissemos juntos, também não estava planejado que eu me apegasse tanto a você ao ponto de me apaixonar, e ter esses desejo excessivo de querer te ter só pra mim. Eu menti pra você, eu te usei, mas saiba que eu me arrependo muito, fique ciente disso. Vai doer mais em mim, do que em você, mas eu preciso fazer isso.

É claro, que Taehyung não estava entendendo nada. Não fazia ideia do que Jungkook estava falando. Mas as palavras pareciam tão seguras, que ele tinha medo do que significavam.

– Do que.. do que você está falando? – disse o Kim, também ficando de pé, com as asas acanhadas.

Em passos rápidos, Jungkook se aproximou de Taehyung, podendo ver a feição apavorada do mesmo em sua frente.

– Você está me assustando, Jeongguk. Diga-me, do que você está falando?

O Jeon, só teve tempo de tirar um pequeno frasco dos bolsos de seu casaco. Taehyung sabia muito bem o que aquilo era. Ele já tinha usado antes, para bajular as pessoas, e tirar delas a verdade da pior forma possível. Era uma espécie de droga, que tinha o intuito de apagar as pessoas por completo, fazendo com que não ouvisse, não sentisse dor, e não acordasse por um bom tempo. Ele não entendia o motivo da pessoa que ele mais confiava naquele momento, estar fazendo aquilo.

– Eu tenho que fazer isso pelo meu reino, Taehyung. – Com um movimento brusco, e jamais imaginável, O Jeon empurrou o Kim com uma força imaginável, diretamente ao chão, arrancando um gemido rouco do outro. Dessa vez, era ele quem estava por cima, mas não era dessa forma e nem naquele clima que ele imaginava que um dia seria.

Retirou com certa pressa a rolha do frasco, ouvindo Taehyung implorar para que ele não fizesse isso, estava em desespero. Em meio a tantos gritos e pedidos para que aquilo parasse, decidiu despejar o líquido espesso de uma só vez na garganta do Kim, que já não poderia fazer nada, a não ser, sentir os olhos pesando, e o corpo amolecendo aos poucos.

– Seu reino é realmente mais importante do que eu? 

E aquelas foram as últimas palavras do rei do Inferno, antes de tirarem sua liberdade, e deixarem somente cenas de uma possível carnificina, mas diferente de uma, havia sido somente uma pessoa envolvida – ou parcialmente – Sangue de cor escura despejado por todos os cantos do quarto. Um corpo desacordado, e penas negras por todo chão.

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⏰ Última atualização: Jun 13, 2020 ⏰

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Entre Céu e Inferno - TaeKookOnde histórias criam vida. Descubra agora