Capítulo 30 (Revisado)

1.7K 96 4
                                    

Oiii olha eu aqui de novo! Leiam o capítulo enquanto ouvem essa música pois eu quase chorei escrevendo ele rsrsrs beijinhos, amo vocês !

*****

Passo uma eternidade apenas olhando o teto branco. Minha cabeça tenta aceitar a realidade que meu coração ditou desde a primeira vez que a vi. Eu senti que era ela. A pessoa que eu esperei durante meus 32 anos de vida. A pessoa que eu procurei em todas as bocas e corpos possíveis está aqui. No quarto ao lado. Mas, ela não é pra mim.

A coisa que eu mais quero desde que a conheci é ver ela sendo feliz. Mesmo que isso signifique nunca mais poder abraça-la. Cuidar dela quando estiver tendo pesadelos. Protegê -la dos trovões. Poder prestar atenção em cada detalhe do seu toque e da sua voz, mesmo quando ela está gritando comigo e me batendo.

Eu me apego a história de que o tempo concerta tudo, porém quanto tempo será possível para me fazer esquecer o amor da minha vida?

Eu tive coragem de sair da Paraíba para tentar meu sonho, lutar por aquilo que diziam ser impossível, só que agora eu não tenho forças para lutar por alguém que não vai me deixar entrar. Dentro dela é o lugar que eu mais desejo estar, fazer dela minha morada, meu refúgio.

Ah meu Deus... porque me deu de presente algo que não pode ser completamente meu?

Me viro para o lado e só aí percebo que estou em prantos. Meu pai me dizia que homens não devem chorar nunca, pena que eu nunca ouvi os conselhos do meu pai.

—Eu só preciso de uma chance meu Deus.  uma chance! Não deixe a mulher da minha vida ir embora, não deixe ela se casar com outro meu senhor, do resto eu prometo que cuido... –Aperto meus olhos e suplico em sussurro. —Não tire minha casa de mim...—Soluço.

Me sinto cada vez mais perto do sono e então me entrego completamente, para tentar aliviar todo o aperto que carrego em meu peito.

***

*Alexia:

Ando pela casa parecendo um fantasma. Perdi completamente o sono e o relógio já marca mais de duas da manhã. Não vi a hora em que os outros chegaram em casa, mais já estão todos em seus devidos quartos enquanto eu estou a ponto de enlouquecer.

Me sento no corredor com o celular na mão tentando falar com o Daniel. Eu tive um pesadelo horrível onde ele me traia com a Helena, na minha frente e logo após um acidente. Eu ligo e seu celular apenas chama. O que me deixa mais preocupada.

Penso em voltar para o meu quarto, mas eu estou com muito medo de ficar sozinha. Me levanto de onde eu estava sentada, e delicadamente abro porta do quarto do Edu.

Fecho lentamente e me escoro na mesma.

Como uma voyer observo cada detalhe dele. Suas costas musculosas totalmente relaxada exibida completamente por conta da sua posição de bruços. Metade do seu rosto afundado no travesseiro enquanto o cabelo liso cai pelo o outro lado exposto.

A boca entreaberta, sua expressão de bem estar, tudo, exatamente tudo me traz uma sensação angelical. É aquele tipo de pessoa que de longe exala sua essência pura. É o melhor coração que já vi. Eduardo é feito sob medida.

Só percebo que ele está acordado quando ele fala com uma voz rouca:

—Teve pesadelo de novo Ariel? –Se senta na cama, bagunça ainda mais o cabelo e eu apenas assinto. —Vem cá. –Me chama e eu me sento ao seu lado. —Quer conversar sobre isso?

—É o mesmo sonho. –Suspiro.—De novo. –Ele sorri. E passa seu braço pelo meu ombro em um meio abraço.

—Eu te disse que não precisa  ter medo de pesadelos. São apenas sonhos, sonhos ruins não se tornam realidade. –sua mão arruma meu cabelo atrás da orelha. —Vai ficar tudo bem, ok?

Assinto.

—Escuta, porque você não vai até o Rio? Passar um tempo lá. Rever seu filho, seu marido.

—A faculdade está me sobrecarregando mesmo se eu quisesse eu não conseguiria ir a lugar algum agora. –Digo.

—Então por que você não pede ao seu pai para trazer seu filho até aqui? Tenho certeza que seus pesadelos são por isso, por fazer meses que você não vê ele, Gabriel ainda é um bebê, por isso sua preocupação constante. –Olho para ele com uma cara de "Porque eu não pensei nisso antes" o que faz ele abrir um sorrisão mostrando seus dentes perfeitos. –Quer que eu te coloque na cama ou quer que eu apenas converse com você?

Dou de ombros, ele se levanta me pega no colo.

—Me coloca no chão!–Digo baixo para não acordar os outros.

—Vou levar você para o seu quarto, igual um pai faz quando o filho está com insônia.

—Realmente. –Ele me olha estreitando as sobrancelhas —Você é tão velho quanto meu pai!

Ele me joga na cama, e eu Exclamo um Hey!

—Eu não sou tão velho. Só tenho 32 anos, essa é a idade da sabedoria criança... –Cruza os braços.

—Ok, uhum... –Levanto as mãos em sinal de rendição.

—Anda, vamos para o seu quarto. Está tarde demais e você levanta cedo demais. Vai ficar parecendo uma zumbi.

—Eu não quero dormir. –Dou um sorriso triste ele se deita ao meu lado. Olha para mim e então diz:

—O que está acontecendo Alexia?

—Nada ué.–Respondo enquanto seus olhos cor de mel me analisam a procura de mentiras.

—Você sabe que pode me contar tudo não é? Tudo mesmo! –Segura minha mão. 

—Você acha que ele está me traindo? –Suspiro sentindo os meus olhos se enchendo de lágrimas.

—Ele quem? –Pergunta sem entender.

—O Daniel, obviamente.–Ele arqueia novamente a sobrancelha.

—Porque aquele filho da puta te trairia?

—Ele é um escroto. –Afirmo. Eduardo revira os olhos.

—Ele não tem motivos para trair você Alexia, –Passa a mão livre pelos cabelos. —Quero dizer. Se ele fizer isso ele é um completo idiota e não merece o esforço que você está fazendo.

—Eu deixei eles lá, praticamente abandonei.

—Isso não é verdade e não é motivo pra haver traição ruiva, a Débora fez exatamente a mesma coisa e o Thiago está aqui! Coloca uma coisa na sua cabeça princesa –Olha para mim de novo. —Traição é falta de caráter, você não deve se culpar por ele estar estranho, muito menos se ele estiver realmente te traindo! Existem milhões de páginas em branco esperando por um começo, então qual a necessidade de sofrer por um babaca da pior espécie feito o Grego. Eu sinceramente não gosto dele, pressinto que ele não é quem demonstra ser.

Sorrio e abraço ele.

---As vezes eu tenho a mesma sensação Edu. ---Confesso. ---Desde sempre na verdade.

---Eu acabo com a raça dele se ele machucar você.

—Você é o melhor irmão do mundo inteiro Edu! –Sussurro. —Promete uma coisa pra mim?

—Fala...

—Jura que se o Grego me fizer mal ce quebra a cara dele? –Edu gargalha e estica o mundinho.

—Tudo pela minha princesinha. Tudo mesmo...

***

O Príncipe Do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora