Piece by Piece

Capítulo XI

Demorei, eu sei, perdão, está muito corrido aqui, tanto que nem vou conseguir escrever muita coisa nas notas kkkkk

Um capítulo inesperado para mim, não estava planejado, por isso não é um daqueles capítulos com revelações (vou deixar vocês digerirem a profecia um pouco mais aushuashuahsuah)

Muito obrigada à quem comenta e vota nos capítulos, vocês são os melhores, sério <3

A parte em itálico é um sonho/lembrança ❤

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Scorpius gritava em seu choro.

— Não não não, porque você chora? — Draco quase chorava junto com o bebê em seus braços, a ausência de uma noite de sono decente misturada com o desespero de "mãe" de primeira viagem assolava Malfoy que estava pela primeira vez sem Tilly para lhe ajudar.

Não iria chamar a elfa, Scorpius já estava com seis meses e desde então ela nunca havia folgado, Draco se tornou dependente demais e precisava se virar, ele era pai agora, oras!

Já fazia uma hora que o neném gritava e esperneava e Draco já havia tentado de tudo, leite, chá, massagem para cólica, fraldas trocadas, tudo o que havia listado para si depois de muitas pesquisas feitas no início da vida do pequeno Scorpius. Ele já derramava algumas lágrimas frustrado enquanto balançava seu corpo de um lado para o outro com o bebê deitado em seu colo.

— Não chora, não chora, não chora... — Ele já não sabia se repetia as palavras para si ou para o filho, andou até seu quarto e colocou o pequeno corpo deitado em sua cama, Scorpius agitava os braços e as pernas com força e as luzes começaram a piscar.

Malfoy olhou em volta preocupado, já havia percebido que a magia de Scorpius era mais descontrolada que o normal e não queria ter que explicar para bombeiros que seu bebê de seis meses explodiu a casa em uma crise de irritação.

Três batidas na porta fizeram o loiro pular de susto. Ele limpou as lágrimas em seu rosto e pegou o bebê choroso no colo de novo, se dirigindo até a porta, provavelmente era algum vizinho para reclamar do barulho — porque duvidava que um abaffiato tivesse resolvido aquele berreiro todo, já que muitas vezes a magia de Scorpius anulava certos feitiços — então suspirou fundo antes de abrir a porta.

Era um rapaz... homem... tanto faz, não devia ser muito mais velho do que Draco e ele carregava uma expressão preocupada que virou surpresa quando viu um rapaz de 18 anos abrir a porta com um bebê aos berros. Draco devia estar horrível, com os cabelos opacos e olheiras profundas, sem falar que ele havia perdido muito peso ultimamente e devia parecer um zumbi.

— Perdão, eu... — Ele pareceu procurar alguém atrás de Draco — Está tudo bem aqui?

Draco trincou os dentes irritado.

— Parece tudo bem para você?

O rapaz suspirou, parecendo não ter se irritado com a grosseria de Malfoy e passou a mão pelos cabelos escuros.

— Eu percebi, mas queria ser educado.

— Muito gentil da sua parte, mas não tenho tempo para isso. — Ia fechar a porta, mas a voz do outro quase gritou do outro lado.

— Eu posso ajudar com o choro, se quiser.

Ele abriu a porta só um pouco para olhar para o trouxa que brotou ali do nada parecendo prestativo e nem um pouco suspeito.